O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, que acontecerão em 2021, estuda flexibilizar as regras de entrada dos atletas no país. A ideia é que eles não tenham de passar pela quarentena obrigatória de 14 dias, de modo que possam realizar sessões de treinamentos e atividades, sem prejuízos físicos e técnicos às competições.
Atualmente, o Japão exige o isolamento de pessoas que chegam de uma lista de diversos países, entre eles o Brasil. Sem a quarentena, os atletas terão de evitar deslocamentos e não poderão ter contato com a população local.
- Os atletas têm de ser protegidos e se entrarem em contato com o público podem se infectar. Temos também de proteger os cidadãos de possíveis infecções - explicou Toshiro Muto, presidente do Comitê Organizador.
De acordo com o protocolo, os atletas só poderão se deslocar entre o aeroporto, os locais de alojamento e as instalações esportivas para treinos e competição. Todas as rotas terão de ser registradas.
Essa e outras medidas foram anunciadas nesta quarta-feira, após reunião do Comitê. Os esportistas de fora do Japão serão submetidos a testes de Covid-19 quando chegaram à capital. Eles ainda terão de ser testados em suas nações de origem, antes da viagem, e o deixarem o país. Mas a qualidade da testagem preocupa.
- Dependendo do país, a confiabilidade dos testes ainda é um problema. A precisão dos testes pode não ser uniforme - disse Muto.
O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, conversou com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, por telefone, sobre os procedimentos a serem adotados para assegurar que os Jogos sejam viáveis. O japonês prometeu cooperar estreitamente na execução de um evento seguro. No início da semana, Bach voltou a falar em tom otimista sobre os Jogos, mesmo sem a garantia de aprovação de uma vacina a tempo do evento.
- Por um lado, as últimas semanas mostraram que podemos organizar grandes eventos esportivos de forma segura, mesmo sem uma vacina. Por outro, temos que perceber que mesmo os métodos de teste e vacinas não são a 'bala de prata' que resolverá todos os nossos problemas - disse o dirigente.
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