Inclusão, desenvolvimento e protagonismo. Essas palavras definem a segunda edição do ArcelorMittal Wahine Bodyboard Pro, que desembarca no Espírito Santo para marcar a abertura do Circuito Mundial Feminino da categoria entre os dias 21 e 29 de abril, na Praia do Solemar, na Serra.
Sob o comando da capixaba pentacampeã mundial de bodyboard, Neymara Carvalho, o evento deste ano supera 120 atletas inscritas e tem uma premiação total de 35 mil dólares, o equivalente a, aproximadamente, R$ 175 mil.
No evento que abriu a programação do torneio, Neymara destacou a importância do protagonismo feminino no esporte. “Quero dar voz às mulheres e mostrar que merecemos isso e que podemos estar onde a gente quiser. Uma competição como essa fomenta o esporte entre as mulheres e incentiva cada vez mais a participação delas”, diz a atleta.
Além dos cinco títulos mundiais, Neymara também é dona de dez títulos nacionais de bodyboard. Ciente de sua influência no esporte, ela frisa que ter o Wahine Bodyboard Pro no Estado é de suma importância para as futuras categorias. “Ter a abertura do Circuito Mundial de 2023 no Espírito Santo é muito importante para essa visibilidade do Estado e das práticas esportivas como um todo, além do fortalecimento do esporte feminino”, afirma Neymara.
Ao lado da capixaba estava a japonesa Sari Ohhara, vice-campeã da prova em 2022. Sari destacou a relevância da competição, e destacou a alegria em retornar ao Espírito Santo. “Estou muito feliz de estar aqui no Wahine BodyBoard, pois é um evento muito importante para o esporte. Esse ano eu vim com mais duas colegas japonesas, para reforçar a conexão do Japão com o Brasil, e isso deixa tudo ainda mais especial, porque nós nos inspiramos muito no estilo brasileiro”, diz Ohhara.
Em 2022, a competição promoveu uma bateria voltada apenas para atletas PCD. Com o sucesso da prova, a organização do evento decidiu abrir as portas para mais competidoras, além de promover uma premiação em dinheiro, que não havia sido distribuída no último ano.
Entre as atletas, a capixaba Letícia de Oliveira, de 14 anos, faz sua estreia no mundo das competições de bodyboard, e será a única representante do ES entre as atletas PCD. Para ela, o torneio promovido por Neymara Carvalho é uma importante ferramenta de inclusão social. “É bem necessário para que nossa causa seja ainda mais conhecida, porque muitas pessoas não têm noção que existe a possibilidade de pessoas com deficiência estarem em uma competição”, explica Letícia.
A pernambucana Carla Cunha, também estreante na competição, estará pela primeira vez no mar capixaba, e afirma que o esporte supera as barreiras do preconceito. “As pessoas precisam entender que a maior limitação não está no nosso corpo, mas sim em nossa mente. Se trabalharmos isso, e olharmos para as competições com igualdade, todos terão a chance de praticar o esporte, sem discriminação”, frisa Carla.
Em 2023, as atletas com melhor colocação terão premiações ainda melhores que a do último ano. Entre as profissionais, quem estiver no lugar mais alto do pódio leva 20 mil dólares (R$ 100 mil). Na categoria Master, que reúne atletas mais experientes, a campeã fatura 10 mil dólares (R$ 50 mil). Na Pro Júnior, com as atletas mais jovens, a melhor colocada garante 3 mil dólares (R$ 15 mil). Os outros dois mil dólares (R$ 10 mil) em premiação serão distribuídos entre as melhores colocadas na categoria Open e entre as atletas PCD.
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