O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, disse em entrevista ao "L'Équipe" publicada neste domingo que o cancelamento dos Jogos de Tóquio teria sido uma opção "mais fácil" para a entidade do que o adiamento para 2021, selado em acordo com os japoneses.
A afirmação se justifica pela questão logística e financeira. Além de redefinir garantias de instalações esportivas e da Vila dos Atletas, hotéis, transporte, bilheteria e voluntários, o COI projeta gastos de U$ 650 milhões (cerca de R$ 3,5 bilhões). Apesar das dificuldades, Bach afirma que compromisso é com a realização dos Jogos.
- Cancelar os Jogos por força maior teria sido mais fácil para o COI e teríamos a receita de seguros. Mas estamos lá para organizar os Jogos, não para cancelá-los - declarou o dirigente.
O alemão cobrou colaboração dos organizadores e das federações internacionais na missão de reorganizar os Jogos.
- Temos que ver se podemos fazer melhorias no plano diretor, fazer esforços nos serviços que oferecemos aos participantes, no transporte. A crise mostrou que precisamos de mais solidariedade no esporte, mas também na sociedade. Espero que isso leve a uma melhor cooperação entre as Federações Internacionais e os principais organizadores de eventos - afirmou Bach.
Na semana passada, a imprensa japonesa publicou que os japoneses estavam perto de garantir todos os locais esportivos para 2021, mas ainda há impasses a serem solucionados em relação à Vila dos Atletas e ao Tokyo Big Sight, o centro de imprensa.
A Olimpíada está marcada para acontecer entre 23 de julho e 8 de agosto, mas ainda depende de como a pandemia do novo coronavírus avançará pelo mundo. Muitos acreditam que a realização dos Jogos está condicionada à disponibilidade de uma vacina. Uma pesquisa realizada este mês apontou que 77% dos japoneses acreditam que o evento não deveria ser realizado em 2021.
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