Conquistando prestígio em competições de esqui na Europa, os capixabas Leopoldo e Carlotta Pignaton Fagnani carregam a bandeira do Brasil e do Espírito Santo em disputas do alto escalão do esporte.
Os gêmeos de 12 anos, naturais de Vitória, moram na Suíça há nove anos e fazem a maior parte do treinamento na Itália. Os jovens explicam que se apaixonaram pelo esporte graças ao incentivo do pai, que também é esquiador.
“Nosso pai, além de esquiador é professor de esqui, então esse amor é mesmo uma coisa familiar, até porque nossa mãe também é uma pessoa que lida muito com o esporte”, diz Carlotta.
Os jovens explicam que o maior desafio em praticar o esqui está em conciliar o tempo das atividades com a vida escolar. “O nosso tempo é muito corrido, temos escola e outras atividades ao decorrer do dia, o que acaba sendo um ‘empecilho’ para termos horários fixos para certos compromissos”, conta Leopoldo.
Vivendo na Suíça desde os três anos, os capixabas contam que visitam o Brasil constantemente, mas que após a pandemia de covid-19 o fluxo de viagens diminuiu. Com a fixação no país europeu, investiram em treinamentos para competições de esqui e chamaram a atenção da Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN).
“Nosso pai é amigo de um professor de um clube de esqui na Itália, e aí fizemos um teste para entrar nesse clube quando tínhamos oito anos e desde então não saímos mais”, explica Leopoldo.
Para os capixabas, lidar com as emoções ainda é uma dificuldade antes de competições importantes. “A ansiedade é um grande desafio. Ainda não temos a inteligência emocional necessária para lidar com certas coisas e alguns momentos de pressão, mas a gente se cobra bastante para conseguirmos bons resultados”, complementa Carlotta.
Com o desempenho dos jovens, a CBDN os convidou para que pudessem representar o Brasil nas competições oficiais de esqui ao redor do mundo.
A família capixaba também explica que a janela de uma competição para a outra pode ser bem extensa. Então, a maior parte do ano é voltada para treinamentos técnicos e físicos para ajustar o rendimento e fazer testes com novos equipamentos.
“Apesar disso, quando estamos em período de competições, o calendário é bem apertado. Por exemplo, de dezembro a abril (quando a neve está propícia para a prática do esporte na Europa), então às vezes temos duas ou três grandes competições em cada semana”, explica Brunella Pignaton, mãe dos gêmeos.
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