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Sentindo na pele: conhecendo o bodyboarding com as melhores do mundo

Sentindo na pele: conhecendo o bodyboarding com as melhores do mundo

O repórter Vinícius Lima viveu a experiência em um esporte tradicional nas praias capixabas com a pentacampeã mundial Neymara Carvalho, e Luna Hardman, bicampeã mundial Pro Jr.

Publicado em 31 de março de 2025 às 13:11

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Vinícius Lima
Estagiário / vinicius.rodrigues@redegazeta.com.b

A equipe de Esportes de A Gazeta encerrou a segunda temporada do AG Esportes Verão, uma série de reportagens e vídeos explorando modalidades que fazem sucesso nas praias do Espírito Santo. E, neste último episódio, o repórter Vinícius Lima foi até a Barra do Jucu, em Vila Velha, e na Praia d'Ulé, em Guarapari, para conhecer de perto o bodyboarding, esporte tradicional no litoral capixaba.

Para esta matéria, contamos com o maior nome da história do esporte: Neymara Carvalho, e sua filha, já realidade da modalidade no cenário mundial, Luna Hardman. AS duas contaram sobre suas trajetórias no bodyboarding, expectativas para a nova temporada, como é o relacionamento entre mãe e filha dentro d'água, além de desmistificaram informações sobre o esporte.

Mãe e filha campeãs

Neymara Carvalho é a maior atleta da história do bodyboarding. Aos 48 anos, ela é a que mais vezes venceu a competição a nível mundial, sendo pentacampeã do mundo na modalidade. "Fui começando com circuito municipal, estadual, até chegar no circuito brasileiro e, depois, a etapa tão sonhada de Pipeline no Havaí. E desde então correndo o circuito mundial com o objetivo de ser campeã. Consegui duas vezes e, após o nascimento da Luna, me mantive no esporte e consegui ser mais três vezes campeã mundial", relembra Neymara.

Perguntada sobre o segredo da sua longevidade, a bodyboarder disse que enxerga o esporte como a coisa mais fundamental da sua vida. "Eu encaro o esporte como a minha profissão mesmo e, por isso, que eu me mantenho há tanto tempo no esporte. Não é um lazer, apesar de eu gostar, e ser também um lazer para mim, porque eu amo o que eu faço, é a minha profissão, por isso que eu estou há tanto tempo", concluiu.

Luna, que segue os mesmos caminhos da mãe para ser uma campeã, já se estabeleceu na cena do esporte como uma realidade tendo conquistado por duas vezes o campeonato mundial Pro Jr. "Ela sempre foi a minha maior referência crescendo ao longo dos anos, mas para mim sempre foi muito natural, eu não via ela como a grande estrela que ela é. Para mim, ela sempre foi minha mãe. Quando eu comecei realmente a competir, a entrar mais nesse mundo, eu fui reparando o quão grande ela é para o esporte em geral, e foi gerando um pouco mais de pressão. Mas, ao mesmo tempo, eu desde pequena aprendi a lidar com isso e eu sempre quis ser mais diferente para seguir o meu caminho, para as pessoas verem que eu tenho um valor", disse a atleta.

Sentindo na pele: conhecendo o bodyboarding com as melhores do mundo(Fernando Madeira)

Origem do bodyboarding

O bodyboard é a prancha de entrada de muitos que se tornam surfistas, e muitas vezes é o preferido pelos pais das crianças, que pensam em uma maneira mais segura para os filhos brincarem no mar. Mas tudo começou com Tom Morey, quando lançou a prancha em 1971, no Havaí. Embora existam relatos do século XV em que polinésios já surfavam deitados em pequenas tábuas rudimentares.

No Brasil, o primeiro bodyboarder estabelecido foi Marcus Cal Kung, que iniciou a sua trajetória no ano de 1973. Kung foi o responsável pela criação da primeira associação legalmente registrada da modalidade no mundo, a Associação Master de Bodyboarding do Rio de Janeiro, em 1984. 

Depois disso, a década de 90 foi mágica para as bodyboarders do Brasil, com diversos títulos mundiais para o país, que se tornou um celeiro de talentos e chamou a atenção do mundo. As brasileiras ganharam títulos mundiais em todos os anos entre 1990 e 2004, uma hegemonia que só foi quebrada em 2005, mas brevemente retomada em 2007, justamente com Neymara Carvalho.

Neymara comemora o pentacampeonato mundial de bodyboarding
Neymara comemora o pentacampeonato mundial de bodyboarding, em 2009. (Flávio Brito/Divulgação)

O que você precisa para começar?

"A gente tem várias escolinhas no Estado, de norte à sul. Então, a primeira coisa é procurar uma escolinha, ou um professor particular, mas que saiba realmente noções básicas do esporte. Aí, você vai precisar de uma prancha, que não precisa ser necessariamente uma profissional para iniciar, então você tem uma escala de preço bem menor do que uma prancha profissional, um pé-de-pato, e o estrepe para segurança, para você não perder a prancha quando pegar uma onda", disse Neymara, aconselhando àqueles que desejam começar no bodyboarding.

Uma prancha de bodyboard pode varia de R$ 150 até mais de R$ 2 mil, em casos de pranchas profissionais de mais alto nível; já o pé-de-pato varia entre R$ 90 e R$ 470; enquanto o estrepe sai de R$ 100 até R$400. Todos os valores dependendo da marca, modelo e local de compra. 

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