Em uma reunião da 136.ª sessão da Assembleia Geral do Comitê Olímpico Internacional (COI), em Lausanne, na Suíça, o Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio-2020 confirmou nesta sexta-feira (17) que todos os locais de competição, a Vila Olímpica e as instalações de imprensa estarão disponíveis para utilização em 2021. Com tudo liberado, a agenda de competições também manterá a base programada originalmente.
Após o anúncio em março passado do adiamento da Olimpíada, que começaria no próximo dia 24, para o próximo ano por causa da pandemia do novo coronavírus, o COI e o Comitê Organizador começaram a trabalhar para viabilizar tudo para as novas datas do evento. A cerimônia de abertura, no reformado estádio Nacional de Tóquio, será em 23 de julho de 2021, mas as competições serão iniciadas dois dias antes.
Em 21 de julho, às 9 horas locais (final da noite do dia 20 no Brasil), em Fukushima, os Jogos Olímpicos começarão com uma rodada da fase de grupos do softbol. De acordo com o Comitê Organizador, poucos eventos tiveram seus calendários alterados por conta do adiamento.
O maior desafio dos organizadores era mesmo assegurar a disponibilidade da Vila Olímpica em Tóquio. Isso porque cerca de 25% dos 4.000 apartamentos já tinham sido vendidos e seriam entregues após as Paralímpiadas, que se encerrariam no dia 6 de setembro de 2020. De acordo com a imobiliária que negociou os imóveis, algumas unidades haviam sido negociadas por valores na casa de R$ 7,7 milhões. Os proprietários agora só terão acesso aos imóveis um ano após a previsão inicial.
Outro ponto abordado na reunião foi com relação aos ingressos já vendidos. Segundo o Comitê Organizador, todos são válidos para 2021, mas quem quiser pode receber o dinheiro de volta a partir do final de setembro.
Questionado sobre os custos da operação que viabilizou a utilização de todas as instalações um ano depois do previsto, os organizadores disseram que ainda estão fazendo o levantamento de todas as despesas.
Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador, insistiu no conceito de "simplicidade" nos Jogos de Tóquio-2020. "Serão diferentes de qualquer outro. Temos que nos concentrar na simplicidade. Todas as partes devem revisar seus objetivos", afirmou.
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