Um esporte praticado principalmente em praias com declive, que envolve correr em direção a uma onda, lançar rapidamente a prancha e pular sobre ela (drop), para então surfar a onda (wrap), e que combina surf, skate e snowboard, o skimboard tem como um dos destaques o atleta Romário de Sousa, capixaba nascido em Colatina e morador de Vitória.
Fera da modalidade, Romário mira o título do Campeonato Brasileiro. Neste fim de semana, o capixaba disputa a segunda etapa desta temporada, em Ubatuba (SP). Na primeira etapa do torneio, que aconteceu em Saquarema (RJ), Romário foi o campeão. E a última e decisiva bateria vai acontecer nos dias 13 e 14 de julho, na Praia de Carapebus, na Serra. Por isso, Romário é o grande favorito a conquistar o troféu do Brasileiro nesta temporada.
"Quero escrever meu nome na história do skimboard capixaba, com mais um título de expressão. Estou determinado a dar o meu melhor para alcançar esse objetivo", afirmou o capixaba.
Após o encerramento do Campeonato Brasileiro de Skimboard, não haverá nenhum outro torneio. "Infelizmente não temos nenhum outro campeonato de skimboard agendado no Brasil. No entanto, existe o Campeonato Mundial de skimboard, que terá todas as suas etapas realizadas no exterior. Gostaria muito de representar o Brasil participando do Mundial, mas isso ainda é um sonho que requer bastante planejamento e tempo".
Além disso, ele precisa conciliar as demandas de professor de Educação Física com as competições. "Manter um alto nível como atleta é bastante difícil, principalmente mentalmente". E, por outro lado, ele lamenta não poder dedicar-se exclusivamente ao esporte, bem como a ausência de um órgão regulamentador da prática. "Infelizmente, a Bolsa Atleta não é possível devido à falta de uma instituição maior que responda pelos atletas de skimboard. Mas confesso que, se eu parar, nada disso faz sentido na minha vida. Eu amo esse esporte, ele me mantém motivado e conectado com a qualidade de vida que o mar e a natureza nos oferece".
Romário começou no skimboard por acaso. "Antes de conhecer o skimboard, eu estava começando a surfar e certo dia, fui à Regência com alguns amigos sem avisar minha mãe. Lá, sofri um acidente ao surfar, cortei o supercílio e ela me proibiu de surfar. Um vizinho, sabendo da minha situação, me deu uma prancha menor e eu consegui convencê-la a me deixar praticar skimboard, um esporte feito na beira da água que oferece menos riscos do que o surfe, já que ficamos próximos da areia, onde é mais fácil de ser observado. Hoje eu aproveito a orla como se fosse meu quintal".
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