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Central vai usar imagens de satélite para monitorar desmatamento no ES

Central vai usar imagens de satélite para monitorar desmatamento no ES

A Central de Monitoramento de Florestas (CMF), implementado pelo Idaf, conta com tecnologia avançada e permite o acompanhamento rápido das alterações na vegetação do Espírito Santo por meio de imagens de satélite

Publicado em 28 de agosto de 2024 às 11:53

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A preservação da vegetação nativa do Espírito Santo conta, a partir de agora, com uma aliada. A Central de Monitoramento de Florestas (CMF), inaugurada terça-feira (27), tem como propósito supervisionar e fiscalizar áreas de florestas e matas do Estado, além de administrar os alertas de desmatamento ilegal. 

A central, implementado pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), conta com tecnologia avançada  que permite o acompanhamento ágil das alterações na vegetação, possibilitando a rápida identificação tanto das áreas desmatadas quanto dos responsáveis por ele.

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O monitoramento de áreas desmatadas pode ser mais ligeiro através de ferramenta elaborada pelo IDaf. (Divulgação/Idaf)

Segundo João Marcos Chipolesch, subgerente de Regularização Ambiental do Idaf, a central de monitoramento de florestas opera em uma sala equipada com cinco workstations de última geração, capazes de processar imagens de alta qualidade. O espaço também conta com um telão composto por seis monitores de 55 polegadas para a análise de imagens e dados.

“O monitoramento das florestas é realizado com base em imagens de satélites disponíveis a cada mês. Com o processamento dessas imagens e a utilização do índice espectral NDVI (Índice de vegetação por diferença normalizada) é possível mapear e identificar as áreas desmatadas ao longo de todo Estado”, ressalta Chipolesch.

Objetivo é zerar desmatamento

O diretor geral do Idaf, Leonardo Monteiro, aponta que a central de monitoramento de florestas é fundamental para combater o desmatamento ilegal no Espírito Santo. “Essa nova ferramenta será um divisor de águas que veio para somar ao trabalho já realizado de forma habilidosa e séria pelos nossos fiscais. Estamos seguindo as diretrizes do governo do Estado, com o objetivo de zerar o desmatamento ilegal". Segundo Monteiro, os que insistirem no cometimento de crimes poderão ser identificados rapidamente e penalizados na esfera administrativa.

A ferramenta também será utilizada para monitorar os passivos ambientais do Programa de Regularização Ambiental (PRA), além de fiscalizar áreas embargadas, em processo de reflorestamento, e dados relacionados à defesa agropecuária.

De acordo com Monteiro, a central de monitoramento faz parte de um conjunto de ações do Programa Estadual de Monitoramento e Combate ao Desmatamento ilegal, lançado em junho deste ano.

“Além da central, o programa é constituído por quatro eixos principais: institui multas diárias para infratores que desrespeitarem embargos; impede a concessão de crédito financeiro para proprietários que tenham áreas desmatadas irregularmente ou embargadas; e começa a implementar ações para a criação do ‘selo verde’, documento que reconhece que o produtor está em dia com as obrigações ambientais, concedendo prioridade para crédito bancário e serviços do Estado, estimulando a exportação de produtos para países que já exigem a comprovação de que o produtor produz sem causar danos ao meio ambiente”, diz.

O CMF foi implementado pelo Idaf com recursos do governo estadual e do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) da 2ª Promotoria de Justiça Cível de Guarapari.

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