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Morte de peixes no Rio Santa Maria ainda é mistério um mês após suspensão da pesca

Morte de peixes no Rio Santa Maria ainda é mistério um mês após suspensão da pesca

No fim de agosto, mais de uma tonelada de peixes foi encontrada morta às margens do rio, além de capivaras, cobras e outros animais da região, prejudicando moradores e pescadores que têm o local como fonte de renda

Publicado em 1 de outubro de 2024 às 14:13

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João Barbosa
Repórter / [email protected]

Mais de um mês após a suspeita de contaminação da águaaparição de mais de uma tonelada de peixes mortos e suspensão da pesca no Rio Santa Maria, órgãos ambientais do Espírito Santo e das cidades margeadas pelo rio ainda não sabem o que causou a morte dos animais.

O rio, que além de fonte de renda para mais de 320 pescadores da Capital e de Cariacica, é também uma das principais fontes de abastecimento hídrico de cidades da Grande Vitória. Com o trabalho comprometido, os profissionais de pesca pedem por respostas.

“O laudo deveria ter saído em trinta dias, mas nada ainda. Tem pescadores com embarcações maiores que vão para locais mais afastados [para que possam pescar], mas a maioria aqui está parada”, informou o pescador Waldemar Andrade.

Pescadores da Ilha das Caieiras e Cariacica denunciam poluição do Rio Santa Maria
Pescadores da Ilha das Caieiras e Cariacica denunciam há um mês mortes de peixes causadas por suposta poluição do Rio Santa Maria. (Fernando Madeira)

Segundo ele, os profissionais de pesca não receberam suporte dos órgãos públicos nem da empresa apontada como suspeita de contaminar a água, situada às margens da BR 101 no bairro Padre Mathias, em Cariacica.

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Estamos sem trabalhar e sem renda. Mais de um mês depois, a situação é a mesma. Está díficil

Waldemar Andrade
Pescador da Ilha das Caieiras
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O que dizem os órgãos ambientais?

Pescadores da Ilha das Caieiras e Cariacica denunciam poluição do Rio Santa Maria
Pescadores da Ilha das Caieiras e Cariacica denunciam mortes de peixes causadas pela poluição do Rio Santa Maria. (Fernando Madeira)

Diante das suspeitas dos pescadores, em 29 de agosto, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) coletou amostras para testes na água, sinalizando um prazo de até trinta dias para “averiguar o caso da mortandade dos peixes”.

Vencido o prazo e novamente questionado por A Gazeta, o órgão informou que “segue aguardando o resultado das análises laboratoriais da água do Rio Santa Maria”, sem esclarecer uma nova data para a conclusão das pesquisas.

Também questionada, a Prefeitura de Cariacica, município que sedia a empresa apontada como suspeita de contaminar a água do rio, informou que aguarda o resultado das análises laboratoriais da água “para verificar se será necessário adotar medidas e quais serão aplicadas”.

A Prefeitura de Vitória, que, por sua vez, é local de partida da maioria dos pescadores afetados, também foi procurada e não se manifestou sobre o assunto até o fechamento desta reportagem.

Assim como na época do início da suspeita dos pescadores, a reportagem de A Gazeta também procurou pela empresa apontada como responsável pela suposta contaminação do Rio Santa Maria. Entretanto, assim como na primeira oportunidade, a organização não atendeu às ligações realizadas para o telefone informado na internet. O espaço segue aberto para manifestação.

Morte de peixes no Rio Santa Maria ainda é mistério um mês após suspensão da pesca

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