Para quem gosta de arte e natureza, o Museu Vale tem uma programação especial com as exposições “Folhear”, que começam na quarta-feira (5), no Dia Mundial do Meio Ambiente. Os eventos acontecem, simultaneamente, no Parque Botânico Vale, em Vitória, e na Reserva Natural Vale, em Linhares, Região Norte do Estado.
Os visitantes poderão contemplar esculturas gigantes desenvolvidas pelo casal de artistas Felipe Barbosa e Rosana Ricalde, com curadoria de Ronaldo Barbosa, utilizando folhagens dos próprios espaços de preservação da Mata Atlântica.
As obras têm como uma das inspirações a topiaria, técnica de jardinagem para dar formas esculturais às plantas, criando assim um ser único, que se conecta com a natureza, transformando-se ao longo do tempo.
As exposições também contarão com o projeto educativo desenvolvido pelo museu em parceria com a arte-educadora Janaina Melo, “Fabulando Folhear: entre palmeiras e seres imaginários”, com atividades ligadas à arte e natureza, para as visitas mediadas, oficinas e formação com professores e educadores.
As mostras têm entrada gratuita e ficarão abertas de 5 de junho a 8 de setembro. Em Vitória, o funcionamento do parque é de terça-feira a domingo, das 8h às 17h. Em Linhares, a visitação fica disponível também de terça a domingo, das 8h às 16h.
As visitas educativas para escolas podem ser agendadas no telefone (27) 9 9252-7525.
“A exposição Folhear aproxima o público de temas como a preservação e a consciência da nossa relação com a natureza de forma lúdica, conectando arte, educação e sensibilização ambiental. Essa integração do Museu Vale ao Parque Botânico e à Reserva Natural Vale, espaços que são referência na preservação da biodiversidade, é muito significativa. Ela reflete a atuação da Vale no sentido de fortalecer cada vez mais uma atuação sustentável e em sinergia com as questões ambientais do nosso tempo”, disse Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale e diretor de Clima, Natureza e Investimento Cultural da Vale.
O casal de artitas Felipe Barbosa e Rosana Ricalde, que assinam as mostras, são autores também da exposição Jardins Móveis, com materiais infláveis, que atraiu mais de 98 mil visitantes em 2017. Desta vez, eles desenvolveram três grandes esculturas - a maior tem aproximadamente 4 metros de altura e 10 metros de comprimento.
Rosana Ricalde explica que o maior desafio foi pensar em um trabalho que pudesse usar elementos encontrados nos espaços de preservação, porque os componentes da natureza não são completamente controláveis. Já Felipe Barbosa conta que o propósito da exposição é instigar o mistério, a fantasia e a imaginação.
“A nossa ideia é que o visitante tenha uma experiência lúdica em harmonia com a paisagem. Queremos abrir um espaço para a imaginação, de modo que cada visitante consiga tomar para si uma narrativa diferente”, conta.
O curador da exposição, Ronaldo Barbosa, explica que a obra dos artistas foi feita para dialogar com o espaço e, sobretudo, causar algum estranhamento, que pode ser considerado um dos objetivos da arte contemporânea.
“A princípio quando você chega até o espaço, a escultura se mistura à paisagem, mas quando fixa o olhar percebe que é um elemento estranho ao ambiente. As folhagens são ressignificadas pelos artistas e transformadas em “pele vegetal”, como descrevem, para a criação do ser fantástico, inaugurando um novo contexto para os elementos naturais”, afirma Ronaldo Barbosa.
A exposição contará ainda com o projeto educativo “Fabulando Folhear: entre palmeiras e seres imaginários”. Nas atividades, crianças, jovens e adultos terão a possibilidade de criar, inventar e descobrir relações que atravessam a arte e a natureza, a partir de visitas mediadas, formação com professores e educadores, e oficinas práticas e experimentais para grupos diversos.
Desenvolvido em parceria com a arte-educadora Janaina Melo, atual diretora de Museus da Fundação Municipal de Belo Horizonte, o objetivo do projeto educativo é discutir sobre os processos de formação, experimentação e conexão da arte com a natureza. O Museu Vale também realiza, desde 2005, o Programa Aprendiz, que promove formação em áreas ligadas à montagem de exposições, para jovens de comunidades da Grande Vitória, em parceria com o Senac.
Durante o período de montagem e instalação da exposição Folhear, os jovens têm a oportunidade de participar de aulas e oficinas com curadores, pesquisadores, professores e demais profissionais ligados às disciplinas de curadoria e arte, cultura e direito à cidade, e preparação de espaços expositivos.
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