O resíduo da extração de mármore no Espírito Santo poderá ser usado na produção de pelotas de minério de ferro da Samarco, joint venture controlada pela Vale e BHP Billiton. O objetivo é usá-lo junto com o calcário em uma das usinas do Complexo de Ubu, em Anchieta, no Sul do Estado.
O Espírito Santo é o maior produtor de rochas ornamentais no país, responsável por cerca de 80% da produção, sendo que o Brasil é quarto maior produtor do mundo.
Com a ação, a empresa busca dar utilidade para o resíduo dessa atividade, que chega a 80% do que é extraído. Ou seja, apenas 20% da produção corresponde ao produto final.
“Estudamos alternativas para utilizar o resíduo desse setor, já que apenas 20%, em média, da produção é empregada como produto final. Esse coproduto gerado é química e fisicamente semelhante ao calcário consumido em uma de nossas usinas do Complexo de Ubu, atualmente em torno de 400 toneladas/dia”, pontuou o coordenador de engenharia de processo da Samarco, Felipe Morato.
A Samarco voltou a operar suas unidades em Anchieta, no Espírito Santo, e Germano (Mariana), em Minas Gerais, em dezembro de 2020, após cinco anos de paralisação.
Essa retomada, porém, ainda não é plena. Atualmente, a empresa opera com 26% da sua capacidade. No Estado, apenas uma de quatro usinas de pelotização está ativa. Já no complexo de Germano, em Minas, somente uma das três usinas de concentração está sendo utilizada.
A empresa prevê a ampliação gradual da produção, que deve atingir a capacidade plena por volta de 2029, conforme já havia adiantado A Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta