Com trabalho voltado para a transição energética, a startup capixaba Eco55 está comandando um estudo para reduzir emissão de poluentes na geração de energia. A empresa desenvolveu uma solução para mensurar questões relacionadas à sustentabilidade na cadeia de fornecedores da EDP, empresa fornecedora de energia em grande parte do Espírito Santo.
O trabalho foi concluído com seis empresas que fazem parte da cadeia de suprimentos da EDP no Estado, e a meta agora é levar esse estudo para outras regiões do país. Segundo Guilherme Barbosa, CEO da Eco55, 78% das emissões de poluentes estão na cadeia de suprimentos das grandes empresas.
Esse estudo inicial, chamado de prova de conceito, foi feito a partir de um investimento de R$ 298 mil que a EDP realizou no ano passado em quatro startups capixabas — sendo a Eco55 uma delas — como parte de seu compromisso para impulsionar a inovação no Espírito Santo. Agora, segundo Guilherme, a meta é levar o estudo para mais 200 fornecedores da companhia, em vários locais do país, avaliando toda a cadeia de suprimentos.
A solução apresenta pela Eco55 tinha como objetivo o desenvolvimento de uma plataforma que possibilite à EDP fazer a gestão da jornada de sustentabilidade e descarbonização das cadeias de suprimentos. A ferramenta permite a medição e o reporte de emissões de carbono, educação ambiental para os times internos, aceleração da inovação e acesso a recursos para a transição energética.
“Através de um questionário estruturado nos padrões internacionais, analisamos mais de 240 pontos em todas as áreas da empresa. A partir daí, avaliamos as emissões de gases de efeito estufa, a sustentabilidade empresarial e a exposição climática de cada negócio na transição ao baixo carbono, para que as empresas possam ter as informações e ferramentas necessárias para uma trajetória sustentável e resiliente de seus negócios”, relata Guilherme Barbosa, CEO do Eco55.
O estudo contou com etapas que vão desde a disponibilização de um curso introdutório sobre mudanças climáticas e suporte aos fornecedores que ainda não possuem inventário de emissões até o processo de coleta de dados para a elaboração de diagnósticos coletivos e individuais que permitem, tanto à EDP quanto aos fornecedores, uma autoavaliação e busca por evolução em termos de maturidade de gestão climática.
“A EDP está comprometida com a transição energética e tem o objetivo de ser 100% verde até 2030. Acreditamos que a inovação tem um papel fundamental nessa jornada de descarbonização, pois pode contribuir desenvolvendo soluções que atendam às necessidades e aos desafios da empresa”, reforça Rafaella Fatureto, gestora de Inovação da EDP Brasil.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta