Ao adquirir um carro seminovo ou usado, é fundamental analisar a origem dele para evitar transtornos, incluindo a adulteração de quilometragem. Especialistas indicam que os desgastes do veículo devem ser observados, com olhar atento para os pedais, alavanca de câmbio, chave e puxadores. Esses detalhes revelam o estado real dele e o zelo do proprietário que tenta vendê-lo.
Segundo ele, o apelo visual é importante no processo. Um carro com dois anos de uso, por exemplo, que tenha cerca de 2 mil km rodados é atrativo e está relativamente novo, explica. Os cenários em que a aparência do carro não estiver boa e a quilometragem constar baixa são outros motivos para suspeitar.
Consultor automotivo há 14 anos, Gabriel de Oliveira acredita que um dos erros mais cometidos pelos compradores é se preocupar mais com a avaliação do próprio carro, como parte do pagamento, do que com o valor geral da negociação, e se o veículo de interesse vale mesmo a pena. Muitas vezes, a pessoa está pagando caro na compra e acha que está fazendo bom negócio por causa da valorização do carro na troca. É importante desapegar e entender que o veículo tem valor de mercado. Não existe milagre, indica.
Nem sempre é possível identificar sinais óbvios de adulteração no painel, a não ser que haja alguma alteração muito grosseira. É interessante olhar se tem marca de chave nas molduras e nos parafusos. Porém, uma pessoa mal-intencionada pode adulterar sem deixar rastros. A boa notícia é que dá para conferir se vale a pena a aquisição por meio de outros sinais e com a ajuda de um profissional da área, diz Tessarolo.
O engenheiro mecânico Walter Abramides, proprietário da oficina Garage Web, aponta que o estado das borrachas e da tapeçaria não podem ficar de fora da análise. Por meio desses detalhes, dá para se ter uma ideia de como o carro foi usado. Além disso, torna-se indispensável ver a idade dos pneus. Normalmente, eles duram de quatro a cinco anos, rodando cerca de 50 mil km, ressalta.
O especialista indica que, atualmente, a tecnologia ajuda a evitar possíveis fraudes. O cérebro do veículo registra os números reais. Assim, é mais complicado alguém conseguir alterar. Por isso, é melhor ver a procedência do carro, todas as vistorias e revisões.
O primeiro passo é identificar o veículo que pretende comprar. Faça o teste drive e observe o funcionamento de maneira geral e se há barulhos fora do normal. Se possível, passe em quebra-molas e paralelepípedos para ouvir a suspensão.
Confira o ar-condicionado e se tem alguma anomalia no painel e avisos no computador de bordo.
Verifique a quilometragem do automóvel. Exija as documentações que comprovem o número indicado. Atenção para quilometragem muito baixa.
Analise o valor do veículo. Se der um carro como parte do pagamento, note se está dentro de uma média justa.
Cheque a documentação. Se estiver em uma concessionária, peça o laudo com o histórico, que revela se é de leilão, se teve furto e roubo e busca e apreensão. Caso compre de pessoa física, vale contratar uma empresa especializada para ajudar no processo.
Veja se a manutenção do carro está em dia. Um mecânico de confiança pode ajudar. Se ainda estiver no período de garantia, cheque com a concessionária se ainda está valendo. Verifique o manual de revisão e peça as notas.
Certifique-se de que o veículo não foi batido e observe os vidros. Conte com o trabalho das oficinas de lanternagem e pintura, que têm olhar clínico para a parte estrutural.
Observe se o carro já enfrentou enchentes: se tem odor de mofo e marca de lama debaixo de carpetes e borrachas
Só efetue o pagamento do montante com o documento de transferência em mãos e com firma reconhecida em cartório. Se for via empresa, pague somente após assinar o contrato.
Considere a postura da pessoa que está vendendo o carro, se o papo é transparente e se as informações batem com a documentação apresentada.
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