A Toyota Hilux é hoje, a picape mais vendida no Brasil no seu segmento, de médias a diesel, atingindo um patamar de mais de 40% de market share nesse segmento, sendo que em 2022, foram vendidas 48.611 unidades, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). E, até o mês de maio, 17.393 unidades foram emplacadas, deixando-a mais de 6 mil unidade acima da segunda colocada na categoria, a Chevrolet S-10 (11.380 unidades), de acordo com levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Apresentada pela primeira vez em março de 1968, no Japão, a Toyota iniciava, oficialmente, as vendas do modelo. A primeira Hilux era equipada com um motor de 1.5 litros com quatro cilindros em linha e 70 cv de potência.
Com boa aceitação em mercados como África, Austrália e América latina, a Hilux chegou ao Brasil no início dos anos 1990. Nessa época, a Toyota iniciou a construção de uma nova fábrica na América Latina dedicada à produção da Hilux.
Ela foi apresentada no Salão Internacional do Automóvel, em 1992, com a missão de competir com as picapes nacionais que dominavam o mercado na época. A partir disso, o modelo consolidou-se como um dos mais requisitados para regiões com predominância de atividades do agronegócio.
O gerente-regional da Kurumá no Espírito Santo, Daniel Zanon, lembra que a empresa percebeu que havia uma demanda crescente por veículos capazes de suportar as condições adversas de uso em diversos ambientes, como zonas rurais, canteiros de obras e regiões com terrenos acidentados.
“Por isso, a Toyota iniciou um projeto para desenvolver uma nova picape que combinasse essas características com conforto e tecnologia, a fim de atender às necessidades dos consumidores”, conta.
Inicialmente, a Hilux chegava ao mercado para suceder os modelos Stout e Briska – conhecidos originalmente como Hino Briska. "A ‘Hi-lux’, cujo nome tem origem na fusão das palavras em inglês high (alto) e luxury (luxo), havia sido concebida e desenhada pela Toyota para ser produzida pela Hino, que, hoje, é a divisão da marca de caminhões e ônibus”, a Toyota do Brasil explica, em resposta ao Motor.
No final de 2022, a Toyota do Brasil celebrou os 30 anos de vendas da picape no país. E não foi da noite para o dia, mas a expansão da fama da Hilux foi rápida.
Em 1992, foram vendidas 372 unidades. No ano seguinte, 919 veículos foram comercializados. Até 1996, já haviam sido emplacadas um total de 6.152 unidades, de acordo com o levantamento da marca.
E a picape continua líder do segmento. Apenas nos três primeiros meses de 2023, já foram vendidas 13.811 unidades, representando mais de 40,4% do marketshare no segmento de picapes médias a diesel, de acordo com a Toyota do Brasil.
Desde o lançamento, o carro tem sido um sucesso de vendas no país. “Ao longo de sua história, se consolidou como uma das picapes mais icônicas e populares, e passa constantemente por importantes avanços tecnológicos e dinâmicos, consolidando ainda mais a sua posição de liderança”, destaca Zanon.
Após 55 anos desde o lançamento, a Hilux tem forte apelo e virou símbolo de robustez, segurança e confiabilidade. E a marca da Hilux sabe bem da importância desse produto no line-up e regularmente atualiza os itens de série, informou em nota: “Não à toa é a picape média a diesel mais vendida do país”.
“No geral, os consumidores brasileiros, incluindo os capixabas, gostam muito da Hilux, visto que é um veículo que une tudo que o produtor rural precisa para o trabalho no campo, com o luxo que pessoas da zona urbana apreciam. É claro que sempre entregando robustez, requinte, confiabilidade e a menor desvalorização dentro mercado de picape”, frisa Zanon.
Vivaldo Carvalho Jr., de 49 anos, é empresário no ramo do agronegócio e percorre os estados da Bahia e do Espírito Santo, de fazenda em fazenda, dirigindo a sua 10ª Hilux. Pelo menos é o que ele imagina que seja. “Eu até perdi a conta de quantos exemplares eu já tive. É certo que eu tenho desde 2006 e que eu compro a cada dois anos, em média. Este ano ainda pretendo comprar mais uma”, conta.
Além dele, mais três pessoas da família de Vivaldo têm uma versão da Hilux, incluindo a mãe e o filho dele. “Todo mundo é apaixonado pelo modelo, mas o que realmente chama nossa atenção é o custo-benefício. O preço de manutenção é baixo e a Hilux é durável. Além disso, nesses 17 anos, reparei que o valor da revenda é ótimo. Talvez seja por isso que muitas pessoas ainda gostam dela”, destaca.
Outro empresário que também é apaixonado pela picape é Jefferson Barros da Silva, de 52 anos. Ele é pecuarista e tem Hilux há mais tempo ainda, desde 2000, sempre trocando por uma versão mais nova. Entre Toyota Hilux e SW4, ele confessa já ter tido 17 versões diferentes.
“Sempre escolho o custo-benefício, que é muito maior do que outros veículos da mesma categoria. Com tanto deslocamento com trabalho e passeio, a Hilux virou minha companheira do dia a dia, tanto na fazenda como na cidade, e sempre corresponde à altura”, relata.
Recentemente, a Toyota lançou a linha 2024 da Hilux e também da versão SUV da picape, a SW4. Entre as novidades, está a nova central multimídia com tela de 9 polegadas, que oferece espelhamento sem fio para Apple CarPlay e Android Auto. Na motorização, o modelo continua com o propulsor turbodiesel 2.8L 16V.
Nas versões com transmissão manual, o motor entrega 204 cv de potência e torque de 42,8 kgfm a 3.400 rpm. Já nas versões com transmissão automática, o torque aumenta para 50,9 kgfm a 2.800 rpm. De acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, a Hilux equipada com transmissão automática apresenta o consumo de 10,1 km/l no percurso urbano e 11,3 km/l no percurso rodoviário.
Já a versão esportiva GR-Sport, lançada em março, é equipada com o motor turbodiesel 2.8L 16V, 4 cilindros em linha, mas com uma reconfiguração que entrega 224 cv de potência e 55,0 kgfm de torque. Todo esse conjunto de força é acoplado a uma transmissão automática de seis velocidades sequencial com paddle shift.
Desde a versão de cabine simples, a Hilux 2024 já vem dotada de dois airbags frontais e um de joelho, para o motorista; bloqueio do diferencial traseiro (com acionamento elétrico); freios ABS e sistema auxiliar EBD (distribuição eletrônica de força de frenagem) nas quatro rodas; cintos de segurança de três pontos para todos os bancos, com pré-tensionador e limitador de força para o condutor e o passageiro.
Já os itens de assistência de subida (HAC), controle eletrônico de estabilidade (VSC), controle eletrônico de tração (A-TRC) e luz de frenagem emergencial automática seguem disponíveis em toda a linha Hilux. Nas versões com cabine dupla, a Hilux ainda vem com mais quatro airbags, sendo dois laterais e dois de cortina, sistema universal Isofix e assistente de reboque.
A partir da versão SR, são adicionados sensores frontais e traseiros. Já a partir da SRX, é incorporado o sistema de monitor de visão 360º (Panoramic View Monitor – PVM), que vai agregado no modo de exibição do display. As versões SRX, Conquest e GR-SPORT ainda adicionam o sistema Toyota Safety Sense, que dispõe de Sistema de Pré-Colisão Frontal (PCS), Sistema de Alerta de Mudança de Faixa (LDA) e Controle de Cruzeiro Adaptativo (ACC).
A linha 2024 do SUV grande SW4 segue com as versões SRX, de cinco e sete lugares, Diamond e GR-SPORT de sete lugares, sendo a última com aumento de 20 cv no desempenho, semelhante à picape Hilux GR-SPORT. O pacote de conectividade inclui uma central multimídia com tela sensível ao toque de 9 polegadas, espelhamento sem fio para Apple CarPlay e Android Auto e o sistema de áudio premium JBL.
Todas as versões vêm com o sistema de monitor de visão 360º (Panoramic View Monitor) e ar-condicionado automático digital de duas zonas. As versões Diamond e GR-SPORT oferecem ainda um carregador por indução para smartphones e duas portas USB no console para maior conveniência dos passageiros traseiros.
O motor é diesel 2.8L 16V, que gera 204 cv de potência e torque de 50,9 kgfm a 2.800 rpm, e tem transmissão automática sequencial de seis velocidades com paddle shift. Todas as versões do Toyota SW4 são dotadas do sistema Toyota Safety Sense: sistema de pré-colisão frontal (PCS), sistema de aviso de mudança de faixa (LDA), controle adaptativo de cruzeiro (ACC).
Além disso, possui ainda itens adicionais de segurança: controle de estabilidade (VSC), controle eletrônico de tração (A-TRC), assistência de descida (DAC), assistência de subida (HAC), sistema de alerta de ponto cego (BSM), sistema de alerta de tráfego traseiro (RCTA), controle de oscilação de reboque (TSC), ABS com freio eletrônico com distribuição de força (EBD), assistência à frenagem de emergência (BA), luzes de freio de emergência (EBS),ãncoras Isofix (x2) com amarração superior (x2).
Todas as versões ainda contam com cintos de segurança de três pontos para todos os bancos, com pré-tensor e limitador de força para o condutor e o passageiro dianteiro. Além de sete airbags, sendo dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um de joelho para o motorista.
Com informações da Toyota.
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