Donos de automóveis precisam estar atentos em relação aos hábitos no volante. Isso porque algumas práticas podem danificar peças ou prejudicar o desempenho do carro. Sendo assim, nada de pé na embreagem, carro na reserva ou marcha esticada. Para ter um automóvel funcionando bem é preciso ficar ligado em atitudes que até soam inofensivas, mas, no futuro, podem acabar pesando no bolso do motorista.
O primeiro passo é manter a manutenção do veículo em dia. Segundo o consultor automotivo Gabriel de Oliveira, o principal problema do condutor é esperar o desgaste de uma peça para efetuar a troca. Para ter um carro funcionando bem é importante cuidar dele. Além disso, o cuidado faz com que o veículo seja mais valorizado numa futura venda ou troca, explica.
De acordo com o gerente de serviços da CVC, Antonio Noberto, boa parte desses problemas mecânicos podem ser evitados com uma rotina de manutenção no carro. O motorista precisa se manter atento às revisões para ter confiabilidade no veículo. Com o sistema de funcionamento em dia ele pode ir para qualquer lugar, destaca.
Se o reparo não acontece de forma preventiva, com certeza o motorista fará de forma corretiva. Por isso, especialistas listaram práticas que, ao evitá-las, podem ajudar a melhorar o funcionamento do automóvel e evitar futuros danos ao desempenho do veículo.
Provavelmente o erro mais comum entre os motoristas e mais citado entre os especialistas. Isso porque o desgaste do disco de embreagem é aumentado, o que incentiva um esforço extra da marcha ao transmitir os comandos do motor para as rodas. O simples fato de apoiar o pé já aciona esse sistema que, além de trabalhar de forma forçada, vai ter o tempo de vida útil reduzido, comenta o diretor da Oficina Renova, Fábio Tessarolo.
Motoristas que têm esse costume saibam que é a hora de parar. Esse hábito pode danificar o alinhamento do carro ou até um ponto de solda da carroceria. O jeito certo de se passar numa lombada ou valeta é de frente em baixa velocidade, recomenda Gabriel de Oliveira. Ele ainda destaca que para carros rebaixados, os problemas podem aparecer mais rápido.
Além de danificar a borracha dos pneus, a estabilidade do carro pode ser comprometida. É importante manter uma periodicidade na calibragem para que o automóvel também não consuma mais gasolina. O recomendável é calibrar sempre que abastecer. Geralmente, deve ser feito com o carro desligado e frio, mas isso é menos importante do que fazer pelo menos uma vez por semana, comenta Fábio Tessarolo.
A bomba é refrigerada pelo próprio combustível que quando fica em níveis muito baixos, pressiona o aumento da temperatura, podendo até queimar o componente, explica o líder de oficina da Prime Hyundai, Vanderlan Rudio. Por isso, o especialista recomenda que a reserva do automóvel seja utilizada apenas em casos de emergência a fim de evitar uma pane seca.
O consultor automotivo Gabriel de Oliveira destaca que o correto é utilizar aditivo no radiador do carro. O uso de água no lugar pode enferrujar a motorização. Também pode superaquecer o motor, o que leva ao empenamento da junta do cabeçote ou até mesmo fundir ele, destaca.
Outro mau hábito super comum é estacionar o veículo encostando as rodas na calçada. Fábio Tessarolo explica que o pneu não aguenta esse tipo de impacto. A parte lateral é mais macia e a de maior resistência é a que está em contato com o asfalto. Dessa forma, você pode acabar rompendo as cintas laterais dele, revela.
De acordo com Antonio Norberto, muitos motoristas ao pararem em uma ladeira forçam o motor enquanto esperam o sinal abrir ou outro carro passar. O ideal é parar, puxar o freio de estacionamento e aguardar, orienta. Antônio também afirma que isso gera um desgaste prematuro no sistema de embreagem.
Além da perda das propriedades de lubrificação, o acúmulo de sujeira pode entupir dutos e elevar as temperaturas do motor. Realizar uma troca de óleo com periodicidade é muito importante para a vida útil desse componente. Quando a validade vence, as características do líquido são perdidas e ele fica emborrachado. Nesses casos, os danos no motor podem ser sérios e perigosos, revela Vanderlan Rudio.
* Vinícius Viana é aluno do 23º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, sob supervisão da editora adjunta Lara Rosado.
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