Com a agitação do dia a dia, muitos condutores acabam adotando hábitos sem se dar conta dos perigos futuros que esses podem representar. Coisas simples, como reclinar demais o banco, não ajustar corretamente o cinto de segurança, ou até mesmo apoiar os pés no painel, frequentemente passam despercebidas, mas podem afetar a segurança de todos a bordo do veículo.
Uma das ferramentas essenciais para garantir essa segurança são os airbags. Desde 2014, a legislação brasileira exige o uso de airbags em veículos, tanto para o motorista quanto para o passageiro. Durante uma colisão, o dispositivo pode ser acionado a uma velocidade de até 300km/h.
A segurança no trânsito é um dever de todos, portanto é necessário manter atenção plena, seguir as normas, como evidencia a gerente de Educação de Trânsito do Detran-ES, Teresa Mate. “Usar o telefone enquanto dirige, comer, usar fone de ouvido ou música muito alta, todas são práticas que prejudicam a atenção total e constante que o motorista precisa ter no trânsito.”
Alguns veículos mais modernos contam com um sistema de seis airbags. Isso inclui um para o motorista, posicionado no volante, e outro para proteger seus joelhos. Além disso, há outro para o passageiro, normalmente localizado no painel do carro ou, em alguns modelos, no porta-luvas. Também são incluídos airbags de cortina posicionados na frente dos vidros laterais do veículo, e dois laterais para os passageiros do banco traseiro.
Levando isso em consideração, o empresário do setor automotivo, Ricardo Barbosa, apontou 5 hábitos comuns que podem comprometer o funcionamento adequado desse dispositivo tão crucial para a segurança.
Quando o banco do carro está mal posicionado, seja reclinado em excesso, seja muito próximo ao volante, tanto o motorista quanto o passageiro correm o risco de sofrer ferimentos em caso de colisão. Isso ocorre porque, quando o cinto de segurança está fora da posição correta, ele pode causar ferimentos graves, inclusive fatais. Portanto, é fundamental manter o banco na posição adequada e sempre utilizar o cinto de segurança da maneira recomendada: passando pelo ombro e cruzando o tórax, sem encostar no pescoço.
Uma cena comum, especialmente em viagens longas, é a prática de colocar os pés no painel do carro, cruzar as pernas ou utilizar o porta-luvas como apoio para os pés. Todas essas ações podem obstruir o funcionamento eficaz do airbag, que é projetado em direção ao passageiro para evitar o impacto com o painel em caso de acidente. Quando os pés estão nessas posições, eles entram diretamente no caminho do airbag, aumentando significativamente o risco de ferimentos graves para o passageiro.
Além de ser proibido por lei, a prática pode representar um sério perigo, principalmente devido ao funcionamento dos airbags. Os airbags frontais são projetados para proteger adultos em caso de colisão e são ativados com uma força considerável. Se uma cadeirinha de bebê estiver instalada no banco da frente e o airbag for acionado em um acidente, a rapidez e a sua força de expansão podem causar lesões graves ou até fatais à criança. Portanto, é fundamental seguir as diretrizes de segurança recomendadas e sempre posicionar as cadeirinhas infantis no banco traseiro do veículo, longe dos airbags frontais, para garantir a segurança das crianças durante o transporte.
Embora não seja uma prática proibida por lei, posicionar objetos no painel do carro pode prejudicar o funcionamento adequado dos airbags. Quando estes são acionados, inflam rapidamente, o que pode resultar em todos os objetos no painel sendo lançados em direção ao passageiro, causando eventuais lesões graves.
Essa prática representa um risco ainda maior, especialmente em modelos que contam com um sistema de seis airbags. As roupas podem interferir no funcionamento adequado dos tipo cortina e dos laterais. Além disso, há o perigo de que as roupas ou até mesmo bolsas penduradas sejam projetadas em direção ao passageiro durante um acidente.
JESSICA COUTINHO é aluna do 26º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta e foi supervisionada pela editora adjunta do Estúdio Gazeta Karine Nobre.
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