O SUV elétrico Q6 não é apenas o principal lançamento da Audi no ano em que completa 30 anos de Brasil. Trata-se do produto mais importante para a montadora alemã nesta década, após um longo período sem um veículo realmente inovador.
O modelo está prestes a ser entregue aos primeiros compradores no Brasil -a pré-venda teve início em setembro. O preço parte de R$ 529.990, valor que o coloca em disputa direta com BYD Tan (R$ 536,8 mil) e BMW iX3 (R$ 500.950). Em uma faixa inferior de preço, há o Zeeqr 001 (a partir de R$ 428 mil) e o Volvo C40 Ultimate (R$ 419.950).
A nova base PPE (sigla em inglês para plataforma elétrica premium) é o principal elemento da mudança. Com cerca de 400 quilos a menos que os modelos da linha Q8 e-tron, o lançamento pode ir mais longe usando conjuntos menores de baterias.
Os testes realizados pela Folha em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia mostram que os SUVs elétricos da Audi vendidos até então rápidos, mas o desempenho combinado aos 2.715 quilos do Q8 Sportback (R$ 729.990), por exemplo, leva a um consumo alto de energia.
Segundo o padrão de medição do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), o Q6 pode rodar até 411 km com uma carga completa. No uso urbano, é possível estimar uma autonomia superior a 500 km. No teste Folha-Mauá, o Q8 foi capaz de percorrer 387 km na cidade.
A potência combinada dos dois motores elétricos é de 387 cv. De acordo com a montadora alemã, o novo SUV vai do zero aos 100 km/h em 5,9 segundos, com velocidade máxima limitada a 210 km/h.
A cabine traz a nova linguagem da marca, com uma tela curva que reúne informações do quadro de instrumentos, do sistema de navegação e da central multimídia. Bancos e forrações também são novidade.
Segundo a Audi, a arquitetura elétrica do Q6 permite recargas rápidas, com potência de até 270 kW. O objetivo é encurtar o tempo de parada em viagens, já que o SUV tem vocação familiar. Seu porta-malas comporta 526 litros de bagagens.
O sistema de som Bang & Olufsen traz 16 alto-falantes. Para reduzir as vibrações, as caixas de graves ficam instaladas em espaços separados nas portas dianteiras. Itens desse tipo têm forte apelo no segmento de luxo, e a marca alemã precisa, de fato, reforçar sua imagem para recuperar espaço.
A Audi teve 4.171 veículos emplacados no Brasil entre janeiro e setembro, uma queda de 5% em relação ao mesmo período de 2023. Os dados são da Fenabrave (associação que representa os revendedores de veículos).
Para comparação, a BMW, que lidera o segmento premium, teve 11.235 veículos licenciados no acumulado do ano, com crescimento de 7,1% sobre os nove primeiros meses de 2023.
Espera-se pela reação da Audi do Brasil nos próximos dois anos, impulsionada pela chegada de novos modelos elétricos e híbridos. A renovação vai incluir a linha A3, que terá versões a bateria.
Hoje, a montadora aproveita seu vínculo com Ayrton Senna para reforçar a imagem de marca. O piloto brasileiro foi o primeiro importador oficial da empresa no Brasil.
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