A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu autorização, na última sexta-feira (6), para que a empresa GoHobby realize voos experimentais no Brasil com o modelo de carro voador EH216, da fabricante chinesa EHang.
A GoHobby poderá, portanto, executar testes para avaliar as características operacionais do eVtol (veículo elétrico de decolagem e pouso na vertical). A empresa, porém, fica proibida de transportar pessoas.
Segundo a Anac, ainda não há previsão no curto prazo para que a aeronave seja certificada no país. A certificação é necessária para que o modelo possa ser usado para voos comerciais.
"Atualmente não existe padrão de segurança reconhecido internacionalmente para a aprovação de aeronaves desse tipo e sua operação", escreve a Anac em nota divulgada nesta segunda (9).
Durante eventos do setor de aviação neste ano, a GoHobby levou a versão 216-S para exposição. De acordo com a empresa, a aeronave é avaliada no Brasil em cerca de US$ 600 mil (quase R$ 3,4 milhões).
A empresa fechou dois pedidos durante a Expo eVTOL, feira do segmento que aconteceu na capital paulista em maio. Em meados de junho, havia 16 pessoas na lista de espera para comprar a aeronave, segundo a Gohobby.
O carro voador da EHang tem 1,93 metros de altura e 5,73 metros de largura e possui até um compartimento que funciona como porta-malas. A velocidade máxima chega a 130 km/h, e a distância máxima a ser percorrida pelo eVtol é de 30 quilômetros.
O EH216 é fabricado no modelo S, voltado para o transporte de passageiros, e no modelo F, produzido para ser usado por bombeiros.
Durante o evento em maio, executivos de companhias aéreas disseram que o valor previsto para viagens de até 30 quilômetros com os eVtols está na faixa de US$ 100 (pouco mais de R$ 500). Na ocasião, Sergio Quito, da Gol, disse que o patamar deve ficar acima dessa projeção no começo das operações.
O processo de certificação já foi iniciado por outras fabricantes no país, como a Eve, empresa controlada pela Embraer.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta