Nos Estados Unidos, há tempos a especificação “Z71” é utilizada internamente na Chevrolet para veículos ligados ao “estilo aventureiro”. De 30 anos para cá, passou a ser adotada em picapes e SUVs dentro do portfólio norte-americano da marca pertencente à General Motors. Agora, o “codinome” Z71 acaba de se incorporar à S10 no Brasil.
Aqui, não será uma série especial, mas uma configuração a mais da picape média produzida em São José dos Campos (SP). Com o preço de R$ 260.490, a S10 Z71 estará colocada entre a LT (R$ 248.990) e a LTZ (R$ 270.990). A linha da picape da Chevrolet conta ainda com a versão de entrada, a LS, a R$ 221.490, e a topo de linha High Country, com preço de R$ 280.390. A marca norte-americana espera que a nova configuração responda por 10% do volume de vendas da família. Atualmente, a LTZ tem a maior fatia desse mix, com mais de 50% dos emplacamentos.
Este ano, até setembro, a S10 ocupou a segunda posição entre as picapes médias no mercado brasileiro, com 25.956 exemplares emplacados (média mensal de 2.884 veículos), atrás da Toyota Hilux, que teve 32.570 unidades comercializadas nos nove primeiros meses do ano (média de 3.618).
A configuração mais cultuada por fãs de picape de estilo aventureiro nos Estados Unidos se diferencia da LTZ (da qual herda a base) em 20 itens visuais e funcionais para trilhas fora-de-estrada, destacando o conjunto tubular de santantônio e estribos e pontos de amarração no interior da caçamba.
A Z71 traz mais robustez mecânica, de chassi, da suspensão e de tração disponível para a plataforma. “A S10 Z71 chega em um momento em que as pessoas estão descobrindo formas diferentes de trabalhar e de se divertir. Com o quadro da pandemia dando uma pequena trégua, voltaram a crescer o interesse por viagens de automóveis, por esportes de aventura e pelo maior contato com a natureza. E para explorar o universo off-road, nada melhor que uma picape robusta e confortável, que já provou superar os mais complexos desafios do agronegócio”, explica Hermann Mahnke, diretor-executivo de Marketing da General Motors América do Sul.
A S10 Z71 começa a chegar às concessionárias entre o final de outubro e o início de novembro. Será ofertada em quatro opções de cores para a carroceria (Branco Summit, Prata Switchblade, Azul Eclipse e Cinza Topazio) e virá equipada com itens de segurança, conveniência e conectividade valorizados pelo seu público-alvo, como seis airbags, acabamento premium dos bancos e MyLink com Android Auto e Apple Car Play.
O “powertrain” da nova S10 é o mesmo das versões mais sofisticadas, contando com o sistema CPA (Centrifugal Pendulum Absorber), que reduz os níveis de ruído e vibração típicos dos motores a diesel. De acordo com a Chevrolet, o propulsor 2.8 turbodiesel tem 200 cavalos de potência a 3.600 rotações por minuto e 51 kgfm de torque a partir de 2 mil giros e vem com as mesmas evoluções aplicadas à linha no ano passado, como a turbina redimensionada e uma calibração de motor e câmbio para favorecer nas respostas em arrancadas e ultrapassagens.
A programação eletrônica é igual à da versão High Country. Por isso, a S10 Z71 apresenta números iguais de performance no asfalto, com aceleração de zero a 100 km/h em 10,1 segundos, velocidade máxima de 180 km/h e consumo de combustível de 8,3 km/l na cidade e de 10,6 km/l na estrada, conforme medidas do Inmetro.
A nova configuração vem equipada com seletor eletrônico para ativação da tração 4x4 e da reduzida e controle de velocidade para descidas íngremes. O sistema, acionado por um botão no painel, é aconselhado para “encarar” escorregamentos em ladeira com piso de baixa aderência. Como o espírito da Z71 é aventureiro, foi desenvolvido um pneu All-Terrain específico para ela, pensado para aumentar a aderência em todos os tipos de terreno, com foco especial para a terra.
Os pneus da Z71 contam com ombros mais espessos e volumosos, escudos nas laterais para maior proteção e são fabricados com uma composição de borracha mais resistente. Com isso, cada pneu traz 320 gramas extras de material em relação ao modelo original do fornecedor.
Segundo a Chevrolet, a S10 Z71 tem chassi, suspensão e mecânica reforçados, com vários componentes projetados com materiais especiais para suportar o uso severo do fora-de-estrada bem costumeiro no interior do Brasil. “Os coxins de amortecimento da cabine, por exemplo, foram projetados com rigidez e ângulo de fixação que proporcionam um maior conforto para os ocupantes, tanto do ponto de vista dinâmico quanto acústico.
Já a suspensão foi especialmente desenvolvida e validada para as condições geográficas da nossa região”, realça Ricardo Fanucchi, diretor-geral da Engenharia de Produto da general Motors América do Sul. A dianteira da S10 Z71 se diferencia pelo conjunto óptico com faróis de máscara negra contornados por leds. A grade é toda escura com o nome Chevrolet em relevo e destacando o emblema “Z71”.
A cor preta aparece também no aplique central do para-choque, na capa dos retrovisores externos, nas rodas de alumínio de 18 polegadas e em acabamentos na parte traseira. Na lateral, as molduras são “flutuantes” nos para-lamas, que parecem deixar o veículo mais largo e elevado em relação ao solo. A peça foi originalmente pensada para proteger a lataria principalmente em trilhas de mata fechada.
A S10 é o modelo com mais capacidade de personalização da Chevrolet no Brasil. Nesse sentido, o estilo aventureiro atrai um grupo de seguidores que busca deixar a picape com aspecto mais imponente. “Este é exatamente o espírito da versão Z71, inventada pela Chevrolet nos Estados Unidos e cultuada há mais de três décadas pelo mundo.
Para receber a chancela Z71, a picape precisa além do mais alto nível de robustez, de um pacote de itens de design exclusivos e funcionais”, atesta Rodrigo Fioco, diretor de Marketing de Produto GM América do Sul. Outros elementos ajudam a reforçar a identidade da S10 Z71, como os estribos e o santantônio de estilo tubular, muito comuns em veículos de rali. Os estribos servem de degrau para facilitar o embarque à cabine e ajudam a proteger a parte inferior contra o impacto de objetos durante o uso extremo. Já o santantônio estendido permite mais pontos de fixação para diferentes tipos de carga, de uma motocicleta cross até uma barraca de camping.
Adesivos contornando a base das portas e do compartimento de carga dão um toque particular, enquanto o nome da versão aparece também nas extremidades laterais com a informação da tração: “4x4”. A customização avança para a cabine.
Os apliques centrais do painel e os revestimentos das portas e do console são todos em preto para contrastar com os detalhes em cinza acetinado presentes na cabine. O volante e os bancos contam com revestimento premium. Para a Chevrolet, a escolha dos materiais e o desenho das superfícies foram projetados para facilitar a limpeza depois da aventura. Para um charme extra, nos assentos de tons escuros, foi utilizada uma técnica de costura inglesa que deixa os pontos aparentes, ressaltando as linhas brancas e vermelhas.
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