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Chuva e alagamentos: saiba os cuidados que você precisa ter com o veículo pra evitar acidente e prejuízo

Chuva e alagamentos: saiba os cuidados que você precisa ter com o veículo pra evitar acidente e prejuízo

Chuvas intensas podem aumentar risco de alagamentos e pegar motoristas de surpresa, causando prejuízos que passam dos R$ 2 mil; saiba como se prevenir e como agir caso encontre vias alagadas

Publicado em 7 de abril de 2025 às 11:30- Atualizado há 7 dias

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Segundo especialistas, os reparos a danos causados por enchentes podem custar a partir de R$ 2.500 reais em carros populares
Segundo especialistas, os reparos a danos causados por enchentes e alagamentos podem custar a partir de R$ 2.500 em carros populares. (Shutterstock)

Em períodos de chuvas intensas, como é o caso nos primeiros meses do ano no Brasil, aumenta significativamente o risco de alagamentos e enchentes. Isso pode acarretar uma série de problemas, inclusive para motoristas que são pegos de surpresa, ficando, dessa forma, reféns dos alagamentos ao saírem de casa com seus veículos.

As chuvas que caem sem parar, desde o final de semana, inclusive, têm causado transtornos no trânsito na Grande Vitória. Principalmente na manhã desta segunda-feira (7), quando ruas de Vitória ficaram alagadas após falta de energia em estação de bombeamento.

Segundo o gerente da oficina Orvel Point S em Vitória, Jhonny Nascimento, os danos causados por enchentes podem exigir reparos caros, que em veículos populares podem custar a partir de R$ 2.500 reais – e até R$ 20 mil em veículos premium.

“Já nos casos mais severos, onde os danos ao motor e componentes elétricos e eletrônicos são permanentes e irreparáveis, não há teto para os gastos, podendo em muitas vezes superar até mesmo o valor de mercado do veículo”, completa.

Jhonny explica ainda que os perigos de trafegar por uma área alagada, para carros, podem ser divididos em duas categorias. A primeira é a probabilidade de que a água entre pela tomada de ar, que fica acima do para-choque, ou pelo escapamento durante a redução de marchas, em ambos os casos causando o calço hidráulico interno no motor.

Segundo o presidente Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do Espírito Santo (Sindirepa-ES), Diego Receputi, nesses casos, o serviço de conserto pode ultrapassar R$ 10 mil. “Pode ser necessário um serviço de motor com substituição de várias peças internas e, em casos mais severos, até a substituição do bloco do motor do veículo”, ressalta.

O segundo caso é quando a água excede a altura do capô e invade o interior do veículo, comprometendo a parte interna e, principalmente, os componentes elétricos e eletrônicos.

Motos

Já em motos, o principal problema são curtos-circuitos, causando defeitos em seu sistema, o que pode custar um prejuízo acima de R$ 2 mil, segundo Diego. Além disso, os especialistas reforçam que em algumas situações o conserto não é possível ou deixa de ser viável financeiramente, podendo ser declarada a perda total do veículo se ele tiver seguro.

Os especialistas destacam ainda a importância de sempre procurar uma oficina de confiança, para que seja avaliada a gravidade do problema, inclusive quando a água não entra na cabine do veículo. “Algumas vezes, mesmo com o veículo atravessando uma enchente, pode não ser necessário fazer o serviço no motor, por exemplo. Se for necessário, a oficina irá desmontar as peças do veículo para análise”, complementa Diego.

Como trafegar com segurança

Para evitar os riscos de segurança, os altos custos e a dor de cabeça que podem ser causados por enchentes e alagamentos, especialistas e agentes de segurança recomendam que os motoristas evitem passar em áreas alagadas em qualquer ocasião. No entanto, existem algumas dicas que podem ajudar a reduzir o impacto na integridade do veículo.

“A melhor opção é sempre evitar passar por áreas alagadas, mas se não houver esta opção e for necessário, deve-se passar com o veículo em marcha baixa (primeira ou segunda), não fazer troca e deixar o volante reto. Também é importante manter velocidade baixa”, explica Diego.

Uma dica para medir o risco de atravessar uma via alagada, segundo Jhonny, é observar se a água está cobrindo a guia do meio-fio, que pode ser um ponto de referência que permite projetar a profundidade do alagamento. Ele destaca ainda que em casos em que não é possível visualizar a guia, o motorista deve aguardar o nível da água baixar para atravessar. “O limite de segurança é pouco abaixo do meio da roda do carro”, completa.

Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) faz um alerta pra os riscos de trafegar em áreas alagadas. Segundo o órgão, é importante evitar rotas conhecidas por apresentarem histórico de alagamentos em períodos de chuva intensa, além de ficar atento aos alertas emitidos pela Defesa Civil e consultar a previsão do tempo antes de sair de casa.

A secretaria destaca ainda que, caso o motorista perceba acúmulo de água na via, a recomendação é buscar caminhos alternativos e mais seguros, evitando atravessar a área alagada. Isso porque, mesmo que a lâmina d'água pareça rasa, ela pode esconder buracos e oferecer risco de arrastamento do veículo.

"Se a água atingir a altura do meio da roda, não se deve avançar, pois há grande possibilidade de pane mecânica e perda do controle da direção. Em situações onde o veículo fique preso, o mais seguro é abandoná-lo e buscar um local elevado e protegido, priorizando sempre a integridade física", orienta o órgão.

Além disso, caso seja necessário, o Corpo de Bombeiros pode ser acionado pelo telefone 193.

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