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Conheça a versão Moab, a mais barata do Jeep Renegade com motor a diesel

Conheça a versão Moab, a mais barata do Jeep Renegade com motor a diesel

Modelo é a aposta da montadora para competir com outros SUVs compactos flex concorrentes em suas configurações topo de linha

Publicado em 20 de janeiro de 2021 às 11:06- Atualizado há 4 anos

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O Renegade Moab é oferecido por R$ 141.790, o SUV a diesel mais barato do país
O Renegade Moab é oferecido por R$ 141.790, o SUV a diesel mais barato do país . (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

O deserto de Moab, no Estado norte-americano de Utah, sempre foi um dos lugares preferidos dos aficionados pelo off-road. É conhecido por ser extremamente árido e pelas paisagens únicas, que parecem ser de outro planeta. Não por acaso, tornou-se um autêntico laboratório ao ar livre para o desempenho fora-de-estrada e é usado pela Jeep para experimentar seus modelos. Em outubro, quando resolveu lançar no Brasil uma versão mais básica com motor a diesel do utilitário esportivo compacto Renegade, a marca norte-americana se inspirou em seu “campo de provas” preferido.

Produzido na fábrica pernambucana de Goiana, o Renegade Moab é oferecido por R$ 141.790 – é o SUV a diesel mais barato do país e se posiciona abaixo dos R$ 152.090 cobrados pela Longitude turbodiesel, que anteriormente era o Jeep mais acessível com esse tipo de motorização. O objetivo da versão é ampliar ainda mais o leque de compradores potenciais do Renegade, o utilitário esportivo mais vendido no Brasil em novembro, com 6.543 unidades.

Por fora, o Renegade Moab ostenta o mesmo estilo apresentado pelo primeiro Jeep produzido no Brasil em 2015, com as discretas evoluções estéticas na grade e no para-choque apresentadas no “facelift” de 2018. A versão Moab não é uma série especial do Renegade e chegou para fazer parte do portfólio do jipe compacto.

É equipada com o mesmo motor 2.0 turbodiesel com 170 cavalos de potência a 3.750 rotações por minuto e torque de 35,7 kgfm a 1.700 rpm que move os outros modelos da linha com esse tipo de motorização desde o lançamento do modelo, em 2014. Trabalha associado ao câmbio automático de 9 marchas e dispõe de um sistema de tração com opções 4x2, 4x4, 4x4 com reduzida e 4x4 com bloqueio do diferencial.

Objetivo da versão é ampliar compradores do Jeep Renegade, que foi o utilitário esportivo mais vendido no Brasil em novembro
Objetivo da versão é ampliar compradores do Jeep Renegade, que foi o utilitário esportivo mais vendido no Brasil em novembro. (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

O Jeep Active Control oferece configurações selecionáveis para neve, areia, lama e pedra, que adaptam a performance do motor e do câmbio, e um modo automático alternando a tração entre frontal e integral, de acordo com a demanda.

Emblemas “Moab” no alto dos para-lamas da frente e na tampa do porta-malas se encarregam de identificar a versão. Em termos de conforto e estilo, a mais recente configuração do Renegade vem com central multimídia Uconnect de 7 polegadas com conexão para Apple CarPlay e Android Auto, ar-condicionado dual zone, sensor de estacionamento traseiro, faróis de neblina, pneus de uso misto, ganchos em preto na dianteira e na traseira e visual escurecido nas rodas de liga leve de 17 polegadas e da grade do radiador. Os faróis não são em LEDs, como os que equipam as versões mais caras do Renegade.

Os R$ 141.790 pedidos pela configuração Moab ficam bem acima dos R$ 124.190 cobrados pela Limited, a “top” com motor 1.8 16V flex. Mas como um motor a diesel e tração 4x4 são óbvios “sonhos de consumo” de 10 em cada 10 compradores de utilitários esportivos, torna-se competitiva.

Volante multifuncional, com comandos no console de fácil manuseio e multimídia com tela sensível ao toque de 7 polegadas
Volante multifuncional, com comandos no console de fácil manuseio e multimídia com tela sensível ao toque de 7 polegadas. (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

A Jeep aposta que a versão é atraente o suficiente para roubar clientes de SUVs compactos flex concorrentes em suas configurações de topo de linha, como o Volkswagen T-Cross Highline (que parte de R$ 125.690) e o Chevrolet Tracker Premier 1.2 turbo (começa em R$ 122.490).

O Jeep Renegade Moab está disponível em cinco cores: as sólidas Verde Recon (a do modelo testado) e Branco Ambiente e as metálicas Prata Billet, Cinza Antique e Preto Carbon. A cor branca soma R$ 780 ao preço e as metálicas aumentam o valor base em R$ 1.700.

A versão não oferece opcionais, porém, a ampla linha de acessórios da Mopar permite várias possibilidades de personalização. Contudo, em um segmento tão competitivo quanto o dos SUVs compactos, é importante ficar atento às eventuais promoções. No início de dezembro, o Renegade Moab aparecia no site da Jeep oferecido por R$ 134.790 – uma economia de R$ 7 mil em relação ao preço-base.

A versão Moab não é uma série especial e vai fazer parte do portfólio do jipe compacto
A versão Moab não é uma série especial e vai fazer parte do portfólio do jipe compacto . (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

RÚSTICO E BÁSICO

Não é difícil de se encontrar uma boa posição de dirigir no Renegade Moab – além do banco do motorista ter boa ergonomia, as regulagens de altura e profundidade do volante ajudam bastante. Na frente, há bom espaço para pernas e cabeça, e atrás, duas pessoas viajam confortavelmente. Sutilmente mais despojados que os das configurações Longitude e Trailhawk, os revestimentos internos priorizam superfícies rígidas, mas aparentam qualidade.

O Renegade é um SUV bem dotado de porta-objetos. O volante é multifuncional e os comandos no console são de fácil manuseio. O multimídia com tela sensível ao toque de 7 polegadas da Moab é menor que o de 8,4 polegadas das versões Longitude e Trailhawk e oferece conexão Android Auto ou Apple CarPlay via entrada USB. A telefonia e os aplicativos de música podem ser conectados também via Bluetooth.

Os faróis não são em leds, como os que equipam as versões mais caras do Renegade
Os faróis não são em leds, como os que equipam as versões mais caras do Renegade. (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

PEDAÇOS DE MAU CAMINHO

No Renegade Moab, o habitual ronco dos motores a diesel se faz notar – para boa parte dos compradores da versão, isso é uma atração à parte. O 2.0 turbodiesel MultiJet de 170 cavalos e 35,7 kgfm, apesar de não ser nenhum primor de modernidade, tem força de sobra para mover os 1.627 quilos do mais leve modelo a diesel da Jeep.

O robusto torque, disponível já em 1.750 rpm, viabiliza retomadas decididas. Nas acelerações, o câmbio automático de 9 velocidades aproveita os recursos do motor – não surgem “buracos” e o nível de vibração é reduzido. As marchas podem ser trocadas manualmente na alavanca de câmbio – não há “paddles shifts” atrás do volante, como nas versões Longitude e Trailhawk.

Segundo o Inmetro, o consumo fica em 10,1 km/l na cidade em 12,5 km/l na estrada, o que rendeu uma nota “B” na categoria e “D” no geral. Na cidade e nas estradas asfaltadas, em velocidades mais elevadas, a carroceria rola pouco, apesar do 1,72 metro de altura do SUV. A direção com assistência elétrica é eficiente e se mostra leve nas manobras e progressivamente precisa conforme aumenta a velocidade.

Modelo é equipado com o mesmo motor 2.0 turbodiesel com 170 cavalos de potência a 3.750 rotações por minuto e torque de 35,7 kgfm a 1.700 rpm que move os outros modelos da linha
Modelo é equipado com o mesmo motor 2.0 turbodiesel com 170 cavalos de potência a 3.750 rotações por minuto e torque de 35,7 kgfm a 1.700 rpm que move os outros modelos da linha. (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

Mas é nas trilhas que o Renegade Moab se sente em casa. A tração com reduzida e utilização dos diferentes modos oferecidos pelo lúdico Jeep Active Control – neve, areia, lama ou pedra – permitem ao pequeno SUV transpor obstáculos de nível mediano de dificuldade com algum desembaraço. A suspensão independente nas quatro rodas absorve as irregularidades com eficiência e o controle de estabilidade e de tração ajudam o motorista a manter tudo “na mão”.

Os pneus de uso misto Pirelli Scorpion ATR na medida 215/60 colaboram efetivamente para que o pequeno Jeep encare de forma destemida terrenos esburacados, arenosos, pedregosos ou enlameados – topografia lamentavelmente encontrável em ruas de algumas grandes cidades brasileiras. Seja nas ruas ou no off-road, o Renegade Moab é um modelo divertido e que dá para se levar a qualquer lugar, sem medo de fazer feio.

Por fora, o Renegade Moab ostenta o mesmo estilo apresentado pelo primeiro Jeep produzido no Brasil em 2015
Por fora, o Renegade Moab ostenta o mesmo estilo apresentado pelo primeiro Jeep produzido no Brasil em 2015 . (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

FICHA TÉCNICA

Jeep Renegade Moab

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  • Motor: a diesel, 1.956 cm³, 4 cilindros em linha, 16 válvulas, dianteiro transversal, turbo, injeção direta de combustível 
  • Taxa de compressão: 16,5:1 
  • Tração: 4x4 com reduzida e bloqueio do diferencial 
  • Potência: 170 cavalos a 3.750 rpm 
  • Torque: 35,7 kgfm a 1.750 rpm 
  • Transmissão: automática de 9 marchas 
  • Freios: disco ventilado na frente e sólido atrás 
  • Direção: elétrica 
  • Suspensão: dianteira independente do tipo McPherson, braços oscilantes inferiores com geometria triangular e barra estabilizadora, amortecedores hidráulicos e pressurizados e molas helicoidais. Traseira independente do tipo McPherson, links transversais/laterais, barra estabilizadora, amortecedores hidráulicos e pressurizados e molas helicoidais. Oferece controle de estabilidade 
  • Rodas: liga leve escurecidas de 17 polegadas 
  • Pneus: 215/60 R17 
  • Porta-malas: 320 litros 
  • Tanque: 60 litros 
  • Peso: 1.627 quilos 
  • Preço: R$ 141.790 (na cor sólida Verde Recon do modelo testado). A versão não oferece opcionais

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