Cada carro possui suas peculiaridades e entender cada uma delas leva a uma aquisição mais fiel à necessidade do motorista. Contudo, ficar por dentro de mecânica não é tão divertido para muitas pessoas. Por isso, recorremos a quem entende do assunto para explicar como funciona um dos principais componentes do carro: o câmbio de marcha.
O manual é o que mais circula pelas estradas do Brasil, mesmo que a venda de carros automáticos venha crescendo. A manutenção pode ser mais barata e dar mais opções de oficinas para conserto, afirma Marcelo Marques, gerente de pós-vendas da Kurumá Veículos, que alerta: é sempre necessário dar preferência a um local de qualidade.
Esse tipo de câmbio funciona com uma caixa de marcha geralmente de um a cinco e ré. O acionamento é feito a partir da embreagem, desconectando o motor do câmbio e permitindo a troca de marcha.
O gasto de combustível não é tão impactante para o motorista. A desvantagem é que o condutor precisa se concentrar no trânsito e na passagem de marcha ao mesmo tempo.
O câmbio automatizado, segundo o gerente da Kurumá Veículos, Leonardo Muglia, tem os mesmos componentes do manual, mas tem uma central eletrônica que comanda as mudanças das marchas. Esse modelo consome mais quando comparado com o automático, por isso sofre desvalorização no mercado.
Os câmbios automáticos são considerados os mais vantajosos no mercado automotivo por raramente apresentarem problemas e proporcionarem mais conforto, principalmente em longas distâncias. Esse tipo permite que o motorista se concentre apenas no trânsito, conta Guto Roque, gerente-geral da Land Vitória.
O câmbio automático é conhecido por não deixar o carro morrer. Diferentemente dos câmbios manuais e automatizados, esse possui um conversor de torque no lugar da embreagem. As marchas são trocadas quando o sistema do carro entende que é necessário.
Outra diferença é que ele não dá tranco, ou seja, o motorista não sente que a troca de marcha está acontecendo. Essa tecnologia é comum em carros premium, mas está ganhando espaço no mercado popular há um tempo. Prova disso, é que quase metade dos carros emplacados no Brasil são automáticos.
CVT é a sigla para continuously variable transmition. Em português, transmissão continuamente variável. Hoje, quem assume o mercado com esse diferencial são as marcas japonesas.
Fábio Tessarolo, diretor da Oficina Renova, explica como funciona. É um câmbio automático inteligente que tem como principal característica a mudança de marcha sem a percepção do motorista. Aumenta enquanto você exige mais do motor sem sentir os trancos. São duas polias lisas com corrente que variam de acordo com a exigência do motor.
Tessarolo também aponta como vantagem a economia de combustível. Algumas literaturas técnicas indicam economia de até 10%.
Quanto à manutenção, Tessarolo pontua que pode ser mais fácil do que o câmbio automático comum. Mas é preciso estar atento ao prazo correto da troca do fluido do câmbio e do líquido de arrefecimento do motor. As polias são dois metais em atrito e por isso pode haver superaquecimento. O líquido ajuda a manter a temperatura normal do sistema, finaliza.
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