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Emplacamentos de veículos no ES crescem 27% no 1° trimestre

Emplacamentos de veículos no ES crescem 27% no 1º trimestre

Mesmo com resultado positivo, entidades do setor analisam crescimento nas vendas com cautela, por conta do aumento de inadimplência e altas taxas de juros

Publicado em 5 de abril de 2023 às 17:54

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Placa de carro, emplacamento
Espírito Santo registrou emplacamentos de 8.009 veículos durante o mês de março. (Shutterstock)

Os emplacamentos de automóveis no Espírito Santo registraram alta de 27,64% no primeiro trimestre do ano e 36,79% no mês de março. No entanto, segundo o presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives), Riguel Chieppe, mesmo com esse aumento nas vendas o cenário para 2023 continua “desafiador”.

No total, em março, foram vendidos 8.009 veículos de todos os segmentos contra 5.855 unidades em fevereiro. Comparando com março de 2022, quando foram emplacados 5.346 veículos, o crescimento foi ainda maior, de 47,33%. O acumulado do ano já registra 18.501 unidades contra 14.495 no mesmo período no ano passado, o que representa um crescimento de 27,64%.

“O crescimento no primeiro trimestre foi muito em função da queda registrada nos emplacamentos nos três primeiros meses de 2022. Embora tenha sido registrado esse aumento significativo no trimestre de 2023, não vimos recuperação do setor”, analisa.

Segundo Chieppe, o setor permanece diante de um cenário desafiador para o ano, “com alto endividamento das famílias, crescimento na inadimplência, alta de juros e seletividade de crédito por parte das financeiras. o que vai restringindo a demanda por parte do consumidor que perde o seu poder de compra”.

Cenário desafiador

O mesmo posicionamento foi observado pelo presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Andreta Jr. Mesmo com um crescimento de 16,3% no trimestre, a alta foi potencializada pela diferença de dias úteis de março, que teve 23, contra os 18 de fevereiro, além do resultado de vendas mais baixo de 2022 nos três primeiros meses.

“Apesar desse aumento percentual, não vimos, ainda, a recuperação do setor para os níveis obtidos até 2019, antes da pandemia. Estamos diante de um cenário, novamente, desafiador para 2023”, avalia.

O volume de antes da pandemia era de 608 mil unidades comercializadas, no primeiro trimestre de 2019, e passou para 472 mil emplacadas em igual período de 2023, numa queda de 22,3%.

Com isso, a entidade decidiu manter as projeções anunciadas no início do ano, que apontam para um crescimento geral de 3,3%. “Ainda não temos condições de rever as projeções para o ano, mas estamos preocupados com a situação geral do mercado”, diz.

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