Setembro registrou queda de 11,06% nos emplacamentos de veículos novos: foram 7.108 unidades vendidas em todos os segmentos no mês contra 7.992 carros comercializados em agosto. No entanto, o número foi superior ao do mesmo período do ano passado: 6.819 unidades, o que representa um crescimento de 4,24%.
No mesmo passo, o acumulado do ano registrou 60.982 veículos contra 52.712 unidades no mesmo período de 2022, o que representa um crescimento de 15,69%. Para Augusto Giuberti, presidente do Sincodiv/ES, a queda de setembro pode ser justificada pela quantidade menor de dias úteis. “E também com o crédito restrito e a redução no poder de compra da população, que dificulta o acesso das pessoas para a compra de veículos novos”, analisa.
O mercado nacional de vendas de veículos também trouxe um cenário parecido, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A projeção de crescimento nos emplacamentos foi elevada de 3% para 6% sobre o volume de 2022, com uma expectativa de 2.230 mil unidades no acumulado deste ano,sendo que para leves ela foi revista de 4,1% para 7,2% de alta.
“Contudo, dois terços dessa maior demanda do mercado interno vem sendo atendida por produtos importados”, ressalta o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite. Segundo ele, a alta nos emplacamentos tem sido a “melhor notícia para o setor no ano”.
“Havia um temor de que o mercado se retrairia após o fim dos descontos oferecidos pelo governo federal,mas a média diária de vendas vem crescendo de forma consistente nos últimos dois meses”, afirma.
A média diária de produção foi de 10,4 mil unidades, a maior do ano, totalizando 209 mil carros. Já as 198 mil unidades vendidas representaram média diária de 9,9 mil unidades, a segunda maior do ano, segundo a Anfavea. Ficou atrás apenas das 10,7 mil unidades por dia de julho, mês impulsionado pelos descontos oferecidos pelo governo federal. Já as exportações tiveram o mês mais fraco do ano, com 27 mil embarques.
Por outro lado, a produção foi levemente revista para baixo pela entidade por conta do impacto da queda nas exportações. A nova previsão é de um fechamento anual com 2.732 mil automóveis produzidos, 0,1% a mais do que em 2022.
Em janeiro, esperava-se um crescimento de 2,2%. Na divisão por categorias, o crescimento na produção de automóveis e comerciais leves foi revisto de 4,2% (janeiro) para 3,2% (outubro), enquanto o recuo na produção de caminhões e ônibus foi de 20,4% para 34,2%. A crise na Argentina, principal parceiro comercial do Brasil, fez com que o país ficasse atrás do México como principal destino das exportações de veículos.
Somada à queda de mercados domésticos no Chile e na Colômbia, os envios de carros para os países da América Latina recuaram 11,2% na comparação com o mesmo período de 2022. Com isso, nossas projeções, que eram de queda de 2,9% no ano, foram atualizadas para um recuo de 12,7% nos embarques ao exterior.
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