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Emplacamentos no ES caem em setembro, mas mantêm crescimento no ano

Emplacamentos no ES caem em setembro, mas mantêm crescimento no ano

Mesmo vendendo menos do que em agosto, quantidade total de veículos vendidos no Estado superou a do mesmo período em 2022

Publicado em 12 de outubro de 2023 às 10:00- Atualizado há um ano

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Anfavea teve que revisar levemente para baixo o volume de produção de carros no país. (Shutterstock)

Setembro registrou queda de 11,06% nos emplacamentos de veículos novos: foram 7.108 unidades vendidas em todos os segmentos no mês contra 7.992 carros comercializados em agosto. No entanto, o número foi superior ao do mesmo período do ano passado: 6.819 unidades, o que representa um crescimento de 4,24%.

No mesmo passo, o acumulado do ano registrou 60.982 veículos contra 52.712 unidades no mesmo período de 2022, o que representa um crescimento de 15,69%. Para Augusto Giuberti, presidente do Sincodiv/ES, a queda de setembro pode ser justificada pela quantidade menor de dias úteis. “E também com o crédito restrito e a redução no poder de compra da população, que dificulta o acesso das pessoas para a compra de veículos novos”, analisa.

O mercado nacional de vendas de veículos também trouxe um cenário parecido, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A projeção de crescimento nos emplacamentos foi elevada de 3% para 6% sobre o volume de 2022, com uma expectativa de 2.230 mil unidades no acumulado deste ano,sendo que para leves ela foi revista de 4,1% para 7,2% de alta.

“Contudo, dois terços dessa maior demanda do mercado interno vem sendo atendida por produtos importados”, ressalta o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite. Segundo ele, a alta nos emplacamentos tem sido a “melhor notícia para o setor no ano”.

“Havia um temor de que o mercado se retrairia após o fim dos descontos oferecidos pelo governo federal,mas a média diária de vendas vem crescendo de forma consistente nos últimos dois meses”, afirma.

A média diária de produção foi de 10,4 mil unidades, a maior do ano, totalizando 209 mil carros. Já as 198 mil unidades vendidas representaram média diária de 9,9 mil unidades, a segunda maior do ano, segundo a Anfavea. Ficou atrás apenas das 10,7 mil unidades por dia de julho, mês impulsionado pelos descontos oferecidos pelo governo federal. Já as exportações tiveram o mês mais fraco do ano, com 27 mil embarques.

Queda nas exportações faz Anfavea revisar produção

Por outro lado, a produção foi levemente revista para baixo pela entidade por conta do impacto da queda nas exportações. A nova previsão é de um fechamento anual com 2.732 mil automóveis produzidos, 0,1% a mais do que em 2022.

Em janeiro, esperava-se um crescimento de 2,2%. Na divisão por categorias, o crescimento na produção de automóveis e comerciais leves foi revisto de 4,2% (janeiro) para 3,2% (outubro), enquanto o recuo na produção de caminhões e ônibus foi de 20,4% para 34,2%. A crise na Argentina, principal parceiro comercial do Brasil, fez com que o país ficasse atrás do México como principal destino das exportações de veículos.

Somada à queda de mercados domésticos no Chile e na Colômbia, os envios de carros para os países da América Latina recuaram 11,2% na comparação com o mesmo período de 2022. Com isso, nossas projeções, que eram de queda de 2,9% no ano, foram atualizadas para um recuo de 12,7% nos embarques ao exterior.

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