Para quem está no processo de compra de um carro, todo detalhe importa. A direção é sempre lembrada por especialistas e entusiastas. Entender como ela funciona e a diferença entre cada tipo impacta na experiência ao volante e, até mesmo, no bolso.
A direção mecânica é a mais simples e antiga. O líder de Oficina da Prime Hyundai, Vanderlan Rudio, observa que o sistema é mais duro. Isso acontece porque não tem assistência para facilitar as manobras. Possui só o volante, coluna e caixa de direção, explica.
Por ser muito simples e pouco confortável para o condutor, os carros mais modernos superaram a direção mecânica e passaram a ter outras, como a hidráulica. Contudo, algumas marcas ainda produzem modelos com esse tipo de direção. Exemplos disso são o Renault Kwid Life, Fiat Mobi Easy e o Volkwagen Saveiro Robust. A vantagem é que o motor é menos exigido, gerando economia de combustível e mais potência.
Vanderlan Rudio explica que a diferença da direção mecânica para a hidráulica é que a segunda possui uma bomba hidráulica. Ela alivia o motorista, dá mais rapidez nas manobras, mas exige um pouco mais do motor, pontua.
De acordo com o gerente da Kurumá Veículos de Vila Velha, Leonardo Muglia, a bomba faz com que o óleo circule na caixa de direção. Quando gira o volante, a bomba é acionada. Ela depende do funcionamento do motor, por isso exige um pouco mais dele, complementa o especialista.
Dessa forma, por mais confortável que seja, o consumo de combustível é maior na direção hidráulica. Portanto, segundo o gestor de vendas da Vitória Motors Jeep, Francisco Braga, o dono do veículo precisa respeitar o nível dos fluidos especificados pelo fabricante. De acordo com ele, levar para revisão no tempo certo é importante.
Braga ressalta ainda que, por causa dos fluidos, forçar o volante quando gira por completo pode danificar algum componente da caixa de direção. Os líquidos fazem pressão quando força, afirma.
Modelos como Fiat Grand Siena, Volkwagen Gol e Caoa Chery New QQ Look possuem direção hidráulica.
Já em relação a direção elétrica, Francisco Braga explica que o mecanismo tem um motor elétrico, por essa razão não há manutenção de fluidos. Também não é ligado diretamente ao motor do carro, o que economiza combustível. Além disso, não há como fazer pressão na caixa de direção, o que abre brecha para o motorista forçar um pouco mais quando girar o volante por completo.
Por estar conectada ao circuito elétrico do carro, Braga afirma ser imprescindível dar atenção às luzes que podem se acender no painel. Para ele, uma das desvantagens da direção elétrica é que, por ser muito leve, as vezes o motorista pode não sentir quando o pneu esbarrar em algo, como um meio-fio, e causar danos.
Esse tipo de direção pode ser encontrado em modelos como Hyundai HB20, Renault Kwid Zen, Nissan March, Ford Ka, entre outros.
Braga explica que a direção eletro-hidráulica tem o mesmo princípio da direção hidráulica, porém acionada por um motor elétrico. Nesse caso é preciso mais uma vez manter-se atento aos fluidos. É melhor porque não depende da rotação do motor para funcionar e isso reduz o consumo de combustível e também pode forçar quando vira o volante por completo, acrescenta.
O Renault Sandero Life é um dos modelos que possuem direção eletro-hidráulica.
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