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GWM começa a produzir no Brasil em maio, mas híbrido flex só deve chegar em 2026

GWM começa a produzir no Brasil em maio, mas híbrido flex só deve chegar em 2026

Embora mantenha bons resultados na venda de seus modelos importados, a empresa chinesa encontrou dificuldades para estabelecer um cronograma no Brasil

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 19:00- Atualizado há 2 meses

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Versão 2025 do Haval H6 PHEV19
O Haval H6 foi um dos primeiros veículos da GWM a serem oferecidos no Brasil. (GWM/Divulgação)

A GWM definiu uma nova data para início da produção em Iracemápolis (interior de São Paulo). Os primeiros carros devem ser montados em maio de 2025 -o atraso é de um ano em relação à previsão original. Embora mantenha bons resultados na venda de seus modelos importados, a empresa chinesa encontrou dificuldades para estabelecer um cronograma no Brasil.

A compra da fábrica, que pertencia à Mercedes-Benz, foi anunciada em agosto de 2021. Na época, a montadora asiática anunciou um investimento de R$ 10 bilhões no país, que deve se estender até o fim desta década.

Os automóveis importados chegaram em março de 2023: foram os SUVs Haval H6, oferecidos em diferentes versões híbridas. Esses veículos, entretanto, não seriam os primeiros produzidos localmente. A ideia original era iniciar com a montagem da picape média Poer, em maio de 2024.

A confirmação do retorno gradual do imposto de importação fez a GWM rever os planos. Em dezembro de 2023, a empresa anunciou que o primeiro veículo produzido seria o Haval H6, que já mostrava alto potencial de venda. Três meses depois, a montadora chinesa disse que a linha de montagem começaria a operar apenas no segundo semestre de 2024.

Em junho de 2024, houve uma nova revisão de datas. A fabricação teria início apenas no primeiro semestre de 2025. Havia a expectativa de que os carros já fossem híbridos flex, mas essa tecnologia deve chegar apenas em 2026.

Conversão

Segundo executivos envolvidos na implementação da linha de montagem, os chineses seguraram ao máximo os investimentos na conversão de seus veículos para o etanol. Pode parecer simples, mas é necessário desenvolver componentes junto a fornecedores, além de adaptar as motorizações que originalmente foram calibradas para a gasolina. A corrosão é um dos problemas a ser contornado.

Na conta da matriz, não valeria a pena gastar tanto para adaptar os carros a um combustível que é menos usado no país –os carros flex são abastecidos com gasolina na maior parte dos estados, devido à relação custo-benefício.

As equipes brasileiras convenceram os chineses da importância do etanol no processo de descarbonização e do potencial do derivado da cana se tornar mais atraente do ponto de vista econômico no médio prazo. Contudo, a tecnologia só deve estar disponível em 2026.

Com isso, há o risco de perda de espaço no mercado com a chegada de novos modelos híbridos flex. Volkswagen, Honda, Toyota e Stellantis já confirmaram lançamentos, que chegarão às lojas ainda antes de a GWM começar a montar seus carros no país.

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