A Honda Biz é um sucesso absoluto. Há 17 anos, é a scooter mais vendida do Brasil, à frente de diversas motocicletas. Somente de janeiro a julho de 2024, 174.259 unidades da Biz foram emplacadas, e, se continuar neste ritmo, o modelo entrará para o seu 18° ano como scooter mais vendida do país. O modelo só está atrás da Honda CG 160, que também domina o segmento.
A Honda anunciou a linha 2025 da Biz, que traz duas versões: Essential e Exclusive. A principal diferença entre os modelos é o combustível. Na versão EX (Exclusive) o sistema de alimentação PGM-FI conta com a tecnologia FlexOne, que permite abastecer com gasolina ou etanol em diferentes proporções, enquanto na versão ES (Essential) o sistema PGM-FI admite apenas a gasolina como combustível.
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O design, apesar de renovado, não se dissociou da reconhecida personalidade da Biz. Em ambas versões, porta-objetos localizado à esquerda pode abrigar uma garrafa tipo squeeze de 500 ml, um telefone celular ou outros itens de pequenas dimensões. No centro do escudo, um gancho escamoteável suporta pequenas bolsas ou sacolas, enquanto à direita, ao lado da chave de ignição, que opera a abertura do banco para acesso ao porta-capacete, está a tomada USB-C dotada de tampa de proteção.
A ponteira de escape, assim como a proteção anti queimadura, tem novo desenho e acabamento em preto, como as rodas de liga-leve da Biz 125 EX. A eliminação do pedal de freio determinou o surgimento de uma proteção metálica entre o motor e a pedaleira direita, de modo a evitar o contato do pé com a lateral aquecida do motor.
Sobre o acesso ao compartimento sob o banco, as novas Biz 2025 trazem um aperfeiçoamento importante, uma vez que a abertura não mais exige a operação com duas mãos, uma na chave de ignição e outra para levantá-lo. Assim que o comando de abertura é acionado, o banco se destrava. A área no interior do porta-capacetes foi otimizada, resultando em melhor aproveitamento do espaço.
O banco em dois níveis oferece conforto aos ocupantes e mais mobilidade nas operações de manobra e estacionamento, aspecto facilitado pela presença dos cavaletes lateral e central. Na rabeta, as alças permitem sólido apoio para o passageiro e fixação de pequenas cargas.
Importante inovação desta nova geração do modelo é a eliminação do pedal de freio. Desta maneira, tanto a Honda Biz 125 EX como a Biz 125 ES passaram a contar com uma alavanca no punho esquerdo, integrada ao sistema de frenagem CBS - Combined Brake System, enquanto a alavanca no punho da direita comanda exclusivamente o freio dianteiro, que é a disco na Biz 125 EX e a tambor na Biz 125 ES.
Os painéis da Biz 125 EX assim como o da Biz 125 ES são novos, totalmente digitais, e se diferenciam na aparência e quantidade de informações. Outra diferença entre as Biz 2025 é o sistema de iluminação, com a 125 EX equipada com luzes de posição frontais em LED.
Na Biz 125 EX, o painel é do tipo blackout e em ambos, além de hodômetro parcial/total, velocímetro e nível do combustível, foi introduzido o indicador de consumo e de marcha engatada. Os números relativos à potência e ao torque não se alteram com o uso de um ou outro combustível.
O reposicionamento da chave de ignição nas Honda Biz 125 2025 facilitou sua operação e, como mencionado, o destravamento do assento para acesso ao porta-capacete usando apenas uma das mãos.
O sistema de transmissão semiautomático de quatro marchas permanece nas Honda Biz 125 2025, reconhecido e apreciado facilitador da pilotagem que elimina a necessidade do acionamento da alavanca de embreagem na troca de marchas. Outro fator de praticidade é a partida elétrica, presente nas duas versões da Biz 2025.
As novas Biz compartilham do mesmo chassi monobloco de aço e suspensões, telescópica na dianteira e por braço oscilante com dois conjuntos mola-amortecedor na traseira. Na Biz 125 EX as rodas são de liga-leve equipadas com pneus sem câmara, na Biz 125 ES as rodas são de aço, raiadas, dotadas de pneus com câmara.
O novo motor da Biz 2025 preserva a mesma arquitetura do motor usado na Biz 125 anterior – monocilíndrico inclinado a 80º, arrefecido a ar, comando simples acionado por corrente no cabeçote de duas válvulas – mas com notável diferença no diâmetro e curso do pistão. Agora tais medidas são de 50,00 x 63,12 mm, no motor anterior eram de 52,40 x 57,90 mm.
Ao aumentar o curso e diminuir o diâmetro do pistão, os técnicos buscaram elevar as características positivas derivadas de um motor “subquadrado”, expressão que é aplicada a motores de curso longo. A intenção foi privilegiar uma curva de torque mais robusta desde baixas e médias rotações, o que resulta em economia de combustível e resposta ao acelerador mais condizente com a vocação urbana da Biz.
A decisão de oferecer o mesmo motor para ambas versões, a 125 EX e a 125 ES, proporcionará aos usuários do modelo de entrada um ganho real em termos de potência e torque na comparação com a Biz 110i, na ordem de mais 14,4% de potência e 15,7% de torque.
Uma característica positiva do novo motor das Biz 2025 é a redução de emissões de gases, cumprindo as determinações do Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares – PROMOT 5. segundo a montadora, isso não trouxe prejuízo em termos de desempenho dinâmico, economia de combustível e durabilidade.
As Biz 2025 também trazem um novo tipo de filtro de combustível, agora separado da bomba, o que reduzirá o custo de manutenção. O sistema de transmissão semiautomática rotativo de quatro marchas é, desde sempre, uma “marca registrada” das Biz, e elemento de atratividade para os motociclistas iniciantes.
A progressão dos engates de marchas ocorre sempre pressionando o pedal para baixo com a ponta do pé. A alavanca de câmbio, especialmente projetada para a Biz, facilita o uso do calcanhar para reduções de marcha. Na eventualidade de parar em quarta marcha, é possível passar diretamente ao ponto morto pressionando uma única vez o pedal para baixo com a ponta do pé.
Nas Biz 125 2025 não houve alteração no que diz respeito a transmissão secundária ou escalonamento do câmbio de quatro marchas. Uma nova corrente de transmissão – tipo 420 no lugar da 428 – oferece funcionalidade equivalente com menor perda de energia por atrito, o que resulta em ainda mais economia e durabilidade.
O chassi tipo monobloco de aço agora conta com um tubo de secção quadrada, “espinha dorsal” que liga a coluna de direção à região posterior do motor/fulcro da balança de suspensão traseira. O objetivo desta alteração foi incrementar a resistência e rigidez estrutural, garantindo um melhor comportamento dinâmico, comprovado pela redução das dimensões dos contrapesos instalados nas extremidades do guidão.
Medidas fundamentais da ciclística como cáster e trail não foram alteradas. A suspensão dianteira por garfo telescópico, com tubos de 26 mm, foi recalibrada e oferece 100 mm de curso. Na traseira, o braço oscilante tem dois conjuntos mola-amortecedor e permitem 86 mm de curso.
Na Biz 125 EX as rodas são de liga-leve. A dimensão do pneu traseiro permaneceu inalterada, 80/100-14, todavia na dianteira houve um incremento na dimensão, que passou da medida 60/100-17 para a 70/90-17.
Os pneus adotados na Biz 125 EX são do tipo sem câmara (tubeless). Na Biz 125 ES, equipada com rodas de aço raiadas, as medidas são de 60/100-17 à frente e 80/100-14 atrás, com pneus do tipo com câmara (tube type). Em ambas versões os pneus são os Michelin Pilot Street 2.
Na versão topo de linha, o freio dianteiro é a disco com 220 mm e pinça de pistão simples, enquanto na traseira o tambor tem 130 mm. Na Biz 125 ES a frenagem é atributo de tambores à frente e atrás, ambos de 130 mm.
Os novos modelos seguem fiéis a suas origens também no que diz respeito ao baixo peso – 96 kg a seco – e reduzida altura do banco em relação ao solo, de 753 mm na versão EX e 749 mm na versão ES.
As Honda Biz 125 EX e Biz 125 ES 2025 chegam na rede de concessionários Honda a partir de setembro. A garantia é de 3 anos, sem limite de quilometragem, mais óleo Pro Honda grátis em sete revisões (o fornecimento gratuito do óleo é válido a partir da 3ª revisão). O intervalo de manutenção é de 6.000 quilômetros ou 6 meses após a primeira revisão, que deve ocorrer com 1.000 quilômetros ou 6 meses.
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