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Honda CB 1000R Black Edition mostra seus atributos em teste de estrada

Honda CB 1000R Black Edition mostra seus atributos em teste de estrada

Com preço sugerido de R$ 79.970, a nova versão chega ao mercado exibindo um visual personalizado pelo extenso uso do preto em praticamente todas as superfícies da moto

Publicado em 3 de junho de 2022 às 16:12

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura
A Honda CB 1000R Black Edition mostra seus atributos em teste de estrada
A CB 1000R Black Edition se diferencia da versão standard da naked por ter o sistema “quickshifter”, com mudanças de marchas mais rápidas por eliminar a necessidade de acionamento da alavanca de embreagem. (Honda/Divulgação)

Há três meses, no início de março, a linha 2022 da Honda CB 1000R chegou às concessionárias brasileiras trazendo uma novidade – a versão Black Edition. Apresentada como uma celebração do sucesso da naked, a nova versão agrega um visual personalizado que se caracteriza pelo extenso uso do preto em praticamente todas as superfícies.

Além do aspecto cromático, a CB 1000R Black Edition incorpora acessórios exclusivos de série. À exceção de alguns detalhes em alumínio usinado, nos raios das rodas, na balança de suspensão, nas tampas do motor e nos apoios do guidão com o logotipo, tudo na CB 1000R Black Edition é preto: o farol cônico e sua carenagem, suspensão dianteira, molduras do radiador, tampas da caixa do filtro do ar com acabamento anodizado e todo o sistema de escape, inclusive a ponteira.

O tanque e a capa do banco do passageiro são em Preto Graphite. No aspecto técnico, a CB 1000R Black Edition se diferencia da versão standard da naked por ter o sistema “quickshifter”, com mudanças de marchas mais rápidas por eliminar a necessidade de acionamento da alavanca de embreagem.

A Honda CB 1000R Black Edition mostra seus atributos em teste de estrada
A revitalização no visual foi estendida a elementos como o painel de instrumentos, agora um display de TFT a cores de alta visibilidade com 5 polegadas. (Honda/Divulgação)

A primeira CB 1000R foi lançada no Japão em 2007, quando a tendência na categoria naked eram motos derivadas das superesportivas eram praticamente esportivas sem as carenagens, mas com o guidão mais alto e um visual radical. No Brasil, fez sua estreia em 2011. Na linha 2022, a CB1000R tem linhas mais agressivas e avançadas.

O conceito Neo Sports Café deu uma interpretação moderna e minimalista a um amplo leque de estilos de motocicletas, cuja inspiração vem das Café Racers surgidas em meados do século 20. Como pioneira do estilo Neo Sports Café, a CB 1000R apresenta uma posição de pilotagem curvada à frente e tendo no motor um elemento de grande força em termos estéticos. O farol redondo ganhou uma moldura oval e está em posição mais recuada entre as bengalas da suspensão dianteira. A revitalização no visual foi estendida a elementos como o painel de instrumentos, agora um display de TFT a cores de alta visibilidade com 5 polegadas.

O motor DOHC de quatro cilindros em linha de 998 cc da CB 1000R tem sua origem na CBR 1000RR Fireblade, porém, teve o sistema PGM-FI reprogramado, o que resultou em melhor entrega de potência. Adaptada para o uso na naked, a faixa vermelha do conta-giros começa a 11.500 rpm, com o limitador de rotação entrando em ação a 12 mil rpm. A CB 1000R 2022 recebeu afinações no sistema PGM-FI, resultando em entrega de potência mais progressiva e melhores respostas ao acelerador.

De acordo com a Honda, a nova caixa do filtro de ar assim como os dutos de admissão e o próprio filtro proporcionaram melhoria na admissão de ar no motor. São três os modos de pilotagem disponíveis de série – “Rain”, “Standard” e “Sport” – mais o “User”, personalizável. A parte ciclística da CB 1000R não teve alterações para 2022. A distância de entre-eixos tem 1,45 metro e o peso a seco é de 201 quilos na versão Black Edition. A distribuição do peso entre a dianteira e a traseira é de 48,5%/51,5%. O preço sugerido para a CB 1000R Black Edition é de R$ 79.970.

PERSONALIDADE FORTE

A CB 1000R Neo Sports Café, na versão Black Edition, é uma das motos mais bonitas da linha de alta cilindrada da Honda. A ergonomia também agrada. Um piloto de estatura mediana veste bem a moto. O guidão é largo e alto, que até lembra o usado nas trails, e oferece bastante conforto e boa manobrabilidade. O piloto não fica com o tronco para a frente, como em uma esportiva. Mas não há proteção aerodinâmica. O banco é confortável e as pedaleiras são mais centralizadas, o que exige uma pilotagem com a ponta dos pés posicionada sobre o apoio. A CB 1000R foi concebida para passeios curtos e até para track-days, já que seu desempenho vem do motor da superesportiva CBR 1000RR Fireblade, de 2012.

A Honda CB 1000R Black Edition mostra seus atributos em teste de estrada
A nova caixa do filtro de ar assim como os dutos de admissão e o próprio filtro proporcionaram melhoria na admissão de ar no motor. (Honda/Divulgação)

Em função de ajustes internos e no sistema de alimentação, o propulsor ganhou um cavalo de potência. Agora são 142,8 cavalos a 10.500 rpm. Já o torque, de 10,2 kgfm, vem desde as baixas rotações. Ou seja, potência e força acima da média. Dá até medo de girar o acelerador eletrônico com vontade. É impressionante como a moto ganha velocidade em pouco espaço de tempo. A “brincadeira” começa mesmo acima dos 7 mil giros.

Em trechos sinuosos entre São Paulo e Minas Gerais, com as trocas de marchas constantes, a moto transmite versatilidade e muita segurança. Em uma pilotagem mais esportiva com a Black Edition, o “quickshifter” bidirecional oferece trocas de marchas sem a necessidade do acionamento da embreagem. A CB 1000R Neo Sports Café pode ser uma comportada “senhora” ou um “demônio” sobre duas rodas. Se piscar, o piloto arrisca ultrapassar a velocidade permitida. O condutor é quem escolhe a personalidade da moto em função dos modos de pilotagem. A conectividade, aliada ao sistema de telefonia SmartTrip, é muito intuitivo.

Moto de característica esportiva, porém, desnuda de carenagens, a Honda CB 1000R Black Edition oferece uma ciclística muito bem acertada. A moto está sempre no trilho. Freios superdimensionados e conjunto de suspensões copiam bem as imperfeições do piso. Em trechos urbanos e esburacados, o conceito de esportividade sofre um pouco. Com entre-eixos curto, a big naked é boa também para contornar curvas.

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