Em 2022, a Yamaha apresentou a Fazer FZ25 ABS de cara nova. Em resposta, a Honda colocou no mercado no final daquele ano a CB 300F Twister linha 2023, que traz um design que lembra o da Hornet 750.
A nova CB 300F Twister conta com motor maior, com mais potência e torque e mais econômico, além da embreagem deslizante e assistida. A moto ganhou novo curso da suspensão traseira, passando de 108 para 120 milímetros, com destaque também para os pneus Diablo Corsa III.
Produzida no Brasil, a nova Twister foi desenvolvida por equipes de designers e engenheiros brasileiros e perdeu a cara de “prima” maior da CG. A street conta com iluminação full-led, painel 100% digital – com indicador de marcha, conta-giros e outras funções -, porta USB na lateral do painel, assento bipartido, escapamento esportivo e um protetor na parte de baixo do motor.
A moto tem tanque de combustível de 14,1 litros, peso de 139 quilos e garantia de três anos. São três opções de cores: cinza metálica e vermelha, ambas com freios combinados, e a dourada e vermelha na versão com ABS. Nas concessionárias, os preços ficam de R$ 20.550 (CBS) a R$ 21.500 (ABS), mais o frete. Sua principal concorrente, a Yamaha Fazer FZ25 ABS, custa a partir de R$ 21.490.
O motor e toda a ciclística da nova CB 300F Twister está ancorado em um chassi Diamond – tubular em aço, de dupla trave, que “abraça” o propulsor, um OHC monocilíndrico, 293,5 cc, arrefecido a ar, de comando simples no cabeçote (SOHC) e quatro válvulas.
Em relação à versão anterior, o novo motor teve um ganho de 15,5% no torque. O propulsor bicombustível – evolução do que equipa a CB 250F Twister lançada em 2015 – tem 24,7 cavalos de potência a 7.500 rpm com etanol e 2,60 kgfm de torque a 5.500 giros com o mesmo combustível.
O motor traz radiador para refrigerar o óleo, embreagem multidisco em banho de óleo e sistema de transmissão com câmbio de 6 marchas. Um dos segredos foi o aumento do diâmetro, de 71 para 77 milímetros, que conferiu aumento da capacidade cúbica e torque. Ou seja, um ganho para o sistema de alimentação e exaustão do motor.
Outra novidade foi a adoção da embreagem assistida e deslizante, que diminui o esforço de acionamento de manete, com as marchas entrando com mais facilidade e não deixando o motor dar o popular “tranco” em uma redução mais brusca, sem travar a roda traseira.
São José dos Campos/SP - Para o test-ride da Honda CB 300F Twister 2023, foi escolhido um percurso total de 160 quilômetros pela região da cidade paulista de São José dos Campos, com a primeira parte em circuito urbano. A observação inicial foi totalmente favorável, com uma posição de pilotagem agradável, com o tronco à frente e as pedaleiras recuadas.
O piloto “veste” bem a moto, muito em função do novo desenho do tanque de combustível. É uma posição mais “encaixada” comparada a sua “velha irmã” CB 500F. Como em uma autêntica naked, a nova CB 300F se mostrou bastante ágil e com força de sobra para largar na frente na abertura dos semáforos.
Depois, o teste seguiu por vias rápidas como as estradas Carvalho Pinto e Tamoios. Em sexta marcha e com motor cheio, a nova CB 300F Twister chegou a marcar 145 km/h. Em velocidade de cruzeiro, a 120 km/h, a rotação do motor cravou 7.250 rpm e um consumo na casa dos 32 km/l, conferindo, assim, uma autonomia superior a 400 quilômetros, suficiente para ir da cidade de São Paulo a Curitiba, no Paraná, sem necessidade de reabastecer.
Quando o roteiro passou pelas estradinhas sinuosas e de mão simples próximas aos municípios paulistas de Salesópolis e Paraibuna, a moto pareceu estar em seu habitat natural. Em função das mudanças no motor, nesses trechos mais travados, a 300F Twister rodava em quarta e quinta marchas, usando apenas o torque, com aceleradas vigorosas nas saídas de curvas e reduzidas sem sustos, em função da embreagem assistida e deslizante. Com trocas de marchas precisas, a “Montanha Russa” da Serra da Mantiqueira foi uma delícia.
A ciclística bem acertada deixou a moto mais equilibrada e segura. Na dianteira, a suspensão tradicional tem garfo telescópico, com tubos de 41 milímetros, curso de 130 milímetros e freio a disco com 276 milímetros de diâmetro. Atrás, a moto tem monoamortecedor, com dupla mola, 120 milímetros de curso e disco com 220 milímetros.
A versão avaliada contava com freio ABS de dois canais e cáliper de pistão duplo na dianteira. Apesar de não ser invertido e não oferecer ajustes, o conjunto se mostrou firme e confortável, encarando as imperfeições do piso. Os pneus – mais largos na traseira – têm características esportivas, grudando nas curvas mais fechadas e dando inclusive a possibilidade de se fazer as curvas mais radicais com a moto bem inclinada. Na chuva, a 300F se manteve sempre no trilho.
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