SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Nissan e Honda concordaram, nesta segunda-feira (23), em abrir negociações com vistas a uma fusão das duas montadoras, o que pode criar um gigante japonês de US$ 52 bilhões (R$ 319,9 bi).
A fusão seria uma tentativa de recuperar o terreno perdido para a Tesla e os fabricantes chineses no campo dos veículos elétricos, anunciaram as empresas em um comunicado conjunto.
Os dois grupos, juntamente com a Mitsubishi Motors, da qual a Nissan é a principal acionista, tentarão nas negociações formar uma holding. Se bem-sucedidas, a holding será a terceira maior fabricante de automóveis do mundo, atrás da Toyota 7203.T e da Volkswagen.
As duas empresas visam vendas combinadas de 30 trilhões de ienes (US$ 191 bilhões) e lucro operacional de mais de 3 trilhões de ienes através da potencial fusão, disseram no comunicado.
Elas pretendem concluir as negociações por volta de junho de 2025 e, em seguida, estabelecer uma holding até agosto de 2026, momento em que as ações de ambas as empresas seriam retiradas da bolsa.
A Honda, a segunda maior montadora do Japão depois da Toyota, tem uma capitalização de mercado de mais de US$ 40 bilhões, enquanto a Nissan, classificada em terceiro lugar, é avaliada em cerca de US$ 10 bilhões.
A Honda deverá nomear a maioria do conselho da holding. A integração das duas marcas japonesas pode marcar a maior reestruturação na indústria automobilística global desde que a Fiat Chrysler Automobiles e a PSA se fundiram em 2021 para criar a Stellantis.
Nissan e Honda anunciaram em março que se uniriam para desenvolver veículos elétricos e aprofundaram suas conversas em meio à incerteza sobre o que o retorno de Donald Trump como presidente dos EUA significará para a indústria automobilística.
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