Como todas as fabricantes do setor automotivo, a Mercedes-Benz está investindo na eletrificação de seu portfólio de produtos. No Brasil, a marca da estrela de três pontas acaba de promover o “Mercedes-Benz Electric Day” no Parque do Ibirapuera, a mais importante área verde da cidade de São Paulo.
No evento, foram apresentados três novos modelos elétricos para o mercado brasileiro – os utilitários esportivos EQA 250 e EQB 250 e o sedã EQE 300. Os três se juntam ao SUV EQC 400 4Matic, apresentado no Brasil em agosto de 2020, e ao sedã EQS 53 4Matic+, que desembarcou em julho deste ano.
“São cinco produtos com características técnicas únicas e capazes de entregar o melhor para vários tipos de clientes, sejam mais urbanos, mais clássicos ou mais esportivos”, comemora Evandro Bastos, chefe de Produto Automóveis da Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil.
Produzido em Rastatt, na Alemanha, o EQA será a porta de entrada para a família de elétricos Mercedes-EQ no Brasil. Trata-se de um SUV médio – 4,46 metros de comprimento, 2,02 metros de largura e 1,68 metro de altura – com design esportivo e perfil urbano. A versão que será comercializada é a EQA 250, com 190 cavalos e autonomia de até 496 quilômetros (ciclo WLTP).
O EQA utiliza a grade frontal com painel preto e a estrela – marca registrada dos modelos Mercedes-EQ – no centro. Outra característica do design é a faixa de luz contínua na frente e na traseira. Uma faixa de fibra óptica horizontal conecta as luzes diurnas dos faróis full LED. Os destaques de cor azul dentro do farol reforçam a assinatura “Mercedes-EQ”.
Atrás, as lanternas de LED também se fundem em uma faixa de luz de leds. A bateria de íons de lítio, na parte inferior do veículo, tem capacidade de 66,5 kWh. O sistema tem capacidade de carga de 11 kWh em um carregador de corrente alternada (AC) e até 100 kWh em um carregador rápido de corrente contínua (DC).
Para reforçar o aspecto dinâmico e esportivo, o EQA 250 vendido no Brasil recebe o pacote AMG de acabamento externo e interno, incluindo itens como para-choques, rodas de 19 polegadas, bancos, volante esportivo e tapetes desenvolvidos pela preparadora esportiva alemã. O porta-malas leva 340 litros.
O EQB é o primeiro produto 100% elétrico da Mercedes-Benz produzido na fábrica de Kecskemét, na Hungria. É 22 centímetros mais comprido que o EQA – tem 4,68 metros de comprimento – mas tem os mesmos 2,02 metros de largura e 1,68 metro de altura do modelo elétrico de entrada da Mercedes-Benz.
Com o mesmo nível de equipamentos de série do EQA, o EQB traz a capacidade para sete ocupantes como diferencial. O modelo tem autonomia de até 474 quilômetros com uma carga. Desenvolvido a partir da versão a combustão GLB, o EQB tem um amplo espaço interno graças à distância de entre-eixos de 2,83 metros.
A capacidade de carga é de 495 litros, sendo expansível até 1.710 litros. Os encostos dos bancos da segunda fila são ajustáveis em várias etapas na inclinação. Para o Brasil, o EQB 250 utiliza o mesmo conjunto mecânico de 190 cavalos do EQA.
O EQE tem pretensões distintas. Fabricado em Bremen, na Alemanha, utiliza uma plataforma de desenvolvimento exclusiva para os elétricos da marca, a MEA (Modular Electric Architecture). É um sedã executivo, de caráter esportivo e luxuoso, com uma autonomia superior a 600 quilômetros com apenas uma carga de sua bateria de 89 kWh.
A linha de design aerodinâmica da marca chamada de “Sensual Purity” é refletida em superfícies modeladas e transições suaves, com destaque para a grade frontal com acabamento brilhante e a estrela da Mercedes-Benz multidimensional. Com porte comparável ao Classe E ou ao CLS, tem 4,94 metros de comprimento, 2,10 metros de largura e 1,51 metro de altura, com entre-eixos de 3,13 metros.
A versão escolhida para o Brasil é o EQE 300 com motor síncrono permanente (PSM) de 245 cavalos, equipado com a transmissão elétrica (eATS), com todo o conjunto montado no eixo traseiro. A bateria de íons de lítio tem um conteúdo de energia útil de 89 kWh.
O fato de o EQE ter como base uma arquitetura totalmente elétrica abriu novas possibilidades de design para seu conceito de segurança. Uma posição mais favorável pode ser escolhida para a instalação da bateria, em uma área protegida contra colisão na parte inferior da carroceria. A tela de assistência no visor do motorista mostra a operação dos sistemas de ajuda à condução em uma visão de tela cheia. A capacidade do porta-malas é de 430 litros.
Toda a linha elétrica da Mercedes-Benz vem com teto solar panorâmico e com Pacote de Assistência à Condução que inclui assistentes ativos de distância, de direção, de frenagem, de manutenção de faixa e de ponto cego, além de assistentes com alerta de tráfego cruzado e de aviso de desembarque.
O EQE acrescenta apoio para manobras evasivas, sensores traseiros para manutenção de faixa, assistente ativo de estacionamento com Parktronic e câmera 360 graus.
Os três novos modelos elétricos já estão disponíveis nas 13 concessionárias da marca habilitadas para a comercialização e os serviços de produtos elétricos Mercedes-EQ, com preços públicos sugeridos de R$ 480.900 para o EQA 250, de R$ 502.900 para o EQB 250 e de R$ 709.900 para o EQE 300.
No Brasil, todos os elétricos da Mercedes-Benz incluem um pacote de energia desenvolvido em parceria com a Enel X, com um carregador Wallbox e instalação. Vêm com três anos de manutenção preventiva já inclusa e três anos de garantia de fábrica.
No EQA e no EQB, a posição do banco é alta, como é típico dos SUVs. O sistema de infoentretenimento MBUX (Mercedes-Benz User Experience) dos dois modelos vem com uma tela de 10,2 polegadas que disponibiliza telas e gráficos de alta qualidade e controle de voz ativado pela expressão “Olá, Mercedes”.
O conteúdo Mercedes-EQ no display de mídia pode ser usado para acessar menus relacionados a opções de carregamento, consumo elétrico e fluxo de energia. No painel de instrumentos, há uma tela de 10 polegadas.
O lado direito tem um “wattímetro”, enquanto o esquerdo pode ser usado para mostrar se o destino pode ser alcançado sem uma parada de carregamento intermediária. As cores mudam de acordo com a situação de condução. NO EQB, os dois bancos da terceira fila podem ser utilizados por pessoas de até 1,65 metro de altura. Também podem ser instaladas neles cadeiras para crianças.
No EQE 350, tudo é diferente, a começar pelo amplo ambiente interno proporcionado pelo entre-eixos de 3,13 metros. Como convém a um sedã executivo, no qual muitas vezes o dono do carro viaja no banco traseiro, há fartura de espaço e conforto em todos os assentos.
A suspensão pneumática Airmatic e o sistema de amortecimento adaptativo ADS+ conferem ao sedã um conforto singular. O EQE está em um outro patamar em termos de sofisticação em relação ao EQA e EQB e vem com a última geração do MBUX, recentemente introduzida no EQS e no Classe C.
Com tela de 12,9 polegadas e software adaptável, o conceito de controle e display se adapta completamente ao seu usuário e faz sugestões personalizadas para várias funções de infoentretenimento, conforto e do veículo.
O sistema de som surround Burmester apresenta dois perfis sonoros para os comandos do veículo, o Silver Waves (mais sóbrico) e o Vivid Flux (mais tecnológico).
O rápido teste dos elétricos Mercedes-Benz EQA 250, EQB 250 e EQE 300 EQA 250 foi feito no trânsito urbano paulistano, nas cercanias do Parque do Ibirapuera. Com base em uma versão modificada da plataforma MFA, que é originária de modelos com motores a combustão, o EQA e o EQB compartilham o motor de 190 cavalos e 39,26 kgfm.
Como o EQB pesa uns 70 quilos a mais que o EQA, o SUV elétrico menor acaba tendo um comportamento dinâmico sutilmente mais animado. Porém, ambos são bastante espertos e rodam embalados pelo revigorante torque instantâneo típico dos motores elétricos, com uma rodagem equilibrada.
A suspensão trabalha de forma eficiente e a direção elétrica é bem calibrada. O isolamento de vibrações e ruídos externos dos dois tem bom padrão. O EQB oferece capacidade para sete ocupantes, ampliando as possibilidades de uso. A dirigibilidade dos crossovers elétricos é similar à dos modelos térmicos equivalentes, o GLA e o GLB.
Já o EQE 300 foi projetado desde o zero como um carro elétrico. É mais recente e tem uma concepção mais moderna. A opção disponível para test-drive foi da série limitada Edition One. São apenas 13 exemplares no Brasil – um para cada concessionária que vende carros elétricos da Mercedes-Benz.
A edição traz soleira alusiva à série e acabamento de madeira com pequenos entalhes em azul. O rodar do sedã é perceptivelmente mais suave e o comportamento dinâmico é mais esportivo que o dos SUVs. Afinal, o motor do sedã entrega 245 cavalos e o robusto torque de 56,08 kgfm.
As retomadas têm força e permitem ao sedã arrancar na frente dos modelos a combustão. Conforme a Mercedes-Benz, a aceleração de zero a 100 km/h do EQE é feita em 7,3 segundos e a velocidade máxima é de 210 km/h (limitada eletronicamente).
O volante tem pegada esportiva, a direção é direta e torna-se mais pesada quando o motorista adota o modo “Sport”. Como é comum nos elétricos, é possível controlar aceleração e frenagem usando apenas um pedal – ao aliviar o pé do acelerador, a frenagem é acionada. O motorista pode selecionar a desaceleração em três estágios (D+, D, D-).
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