Muitas pessoas pensam que moto, motoneta e scooter são a mesma coisa — e há de se concordar que elas realmente se parecem. No entanto, essas máquinas se distinguem em diversos aspectos, em especial no que diz respeito às características, desempenho e facilidade para pilotar.
Uma outra variação que pode ser facilmente percebida é que, na moto, a pessoa precisa montar para pilotar, ou seja, as pernas ficam penduradas na lateral do veículo. Na scooter, ela pilota sentada, com as pernas dobradas em posição frontal, aproximadamente a 90º, explica a supervisora de vendas da Moto Vena, Josi Alves, conhecida nas redes sociais como "Josi da Scooter".
O gerente de Relações Institucionais da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motoneta, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Sergio Oliveira, afirma que a moto nada mais é do que “um veículo automotor de duas rodas, com cilindrada superior a 50 cm³ ou motor de propulsão elétrica com potência superior a 4 kW (quilowatts)”.
Entre as categorias, estão a street (baixa ou média cilindrada para uso urbano), trail (utilizada tanto em vias pavimentadas e estradas de chão) e a motoneta. Muitos acreditam que este último tipo nada mais é do que um termo "abrasileirado" de scooter e, por isso, não existe um consenso, mas o entendimento da Abraciclo estabelece distinções.
A supervisora da Moto Vena ressalta que as motos têm quadro e suspensões mais robustas: “Elas são mais potentes, têm rodas maiores, embreagem e câmbio manual, o que permite escolher a melhor marcha. Por outro lado, esse tipo de moto exige mais prática do piloto”.
"Josi da Scooter" sempre foi apaixonada por motos, mas foi quando começou a trabalhar com elas que passou a mergulhar nesse universo, até que o amor virou coisa séria e surgiu a ideia de montar um projeto com alguns grupos. “Entre eles, tinha a HSB [Honda Scooter Club] Brasil. Eu me aproximei do pessoal da administração e acabei sendo indicada para ser presidente do grupo. E estou aí até hoje, na filial de Vitória!", conta.
Esses amantes de moto, homens e mulheres, conversam por um aplicativo de mensagens, por meio do qual os participantes trocam informações constantemente e marcam passeios, que costumam ser no último domingo do mês. “É uma família”, diz, orgulhosa.
Sendo o mesmo de motoneta ou não, oficialmente definido pela Abraciclo, a scooter, ou “cub”, é um motociclo do tipo underbone. São produções de dimensões reduzidas, menores do que as street. “O revestimento estilístico acompanha o elemento principal do chassi (estrutura de suporte de carga de um objeto artificial). É destinado ao uso urbano, é de baixa cilindrada e equipado com câmbio automático ou semiautomático. Já o desempenho privilegia o baixo consumo de combustível”, explica Sergio.
É cada vez maior o número de pessoas que adquirem esse tipo de veículo devido à facilidade de pilotagem. Afinal, não é preciso trocar marchas: basta acelerar e frear. “Por isso, a scooter ganha na praticidade, com câmbio CVT automático, além de contar com porta-objeto sob o banco e na parte frontal, o que facilita muito a vida no dia a dia”, pontua a supervisora de vendas da Moto Vena.
Vale ressaltar que, quando falamos de motocicleta ou ciclomotor, todos precisam ser registrados e emplacados. Além disso, o condutor deve estar devidamente habilitado para condução desses veículos em vias públicas. O capacete também é obrigatório, e o uso de outros equipamentos de segurança, como botas, luvas e jaquetas com proteção, são itens essenciais para a pilotagem. Na scooter, não é diferente. Existem duas categorias possíveis para habilitá-la: categoria A ou a categoria ACC.
A compra ideal depende do perfil do consumidor e como ele vai usar o veículo — profissionalmente, como transporte urbano ou para o lazer. Uma boa dica é fazer um test ride para conhecer melhor o produto e verificar se atende às suas expectativas.
A motoneta e a scooter são excelentes opções para quem quer adquirir a primeira moto: são econômicas, têm baixo custo de manutenção e são fáceis de pilotar. “A motoneta possui rodas maiores e supera melhor os obstáculos do terreno, enquanto a scooter é mais indicada para as cidades e uma ótima alternativa ao transporte público. Já a motocicleta conta com quadro e suspensões mais robustas, disponível em inúmeros estilos, nível de equipamentos e potência”, avalia o gerente da Abraciclo.
Veículo automotor de duas rodas, com cilindrada superior a 50 cm³ ou motor de propulsão elétrica com potência superior a 4 kW (quilowatts), segundo a Abraciclo. É mais potente, e a pessoa precisa de prática, visto que possui embreagem e câmbio manual. Além disso, é preciso montá-la para pilotar. As pernas ficam na lateral da moto.
Muitos acreditam que este último tipo nada mais é do que um termo "abrasileirado" de scooter, mas a Abraciclo estabelece distinções. Tem rodas maiores e supera melhor os obstáculos do terreno.
É um motociclo do tipo underbone, de baixa cilindrada e equipado com câmbio automático ou semiautomático. É um tipo de veículo que precisa apenas acelerar e frear e a pessoa pilota o veículo sentada. É mais indicada para as cidades e uma ótima alternativa ao transporte público
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