A vontade de comprar um carro zero permanece firme entre os motoristas. Segundo um levantamento feito pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em parceria com a Webmotors, 84% das pessoas pesquisadas afirmam que querem trocar de carro por uma versão mais nova ainda neste ano, mesmo com a pandemia. Nesse contexto, as empresas do ramo precisaram repensar a conectividade com seus clientes para manterem as vendas em alta e o mercado automotivo aquecido.
O BMW Group Brasil é uma das empresas que está aproveitando o momento. Além da loja on-line no Mercado Livre, para melhorar a relação com seus clientes e entusiastas, a marca alemã criou o showroom virtual, softwares, perfil na rede social Tik Tok, entre outras iniciativas.
João Veloso Jr., head de comunicação do BMW Group Brasil, afirma que as normas dos órgãos de saúde são seguidas e orientam todas as lojas a fazerem o mesmo.
Ainda segundo ele, a marca também está focada em oferecer facilidades para quem, de fato, efetuará a compra. As nossas concessionárias têm atendimento agendado, continuamos com lançamentos e upgrades de modelos, explica, acrescentando que, hoje, um em cada três modelos premium que circulam no país são da BMW.
Já a Fiat está passando por uma reformulação de posicionamento na América Latina. Após um ano de estudo, a marca detectou que seu cliente está cada vez mais digital. Durante a pandemia, o tráfego nas redes sociais da empresa aumentou 60%. A jornada de compra dos clientes passa pelo site da marca cerca de 90% das vezes.
Pensando nisso, a marca italiana criou um sistema em que o consumidor escolhe uma oferta de um concessionário próximo e negocia de forma on-line. A entrega do veículo e o teste podem ser agendados pelo cliente e, para evitar que o consumidor se locomova até a loja, o carro é entregue em casa.
Apesar de as vendas pela internet terem ganhado mais força nos últimos meses, o neurocientista e recordista em venda de carros, Glauber Cabral, vê com bons olhos as concessionárias apostando no atendimento em horário marcado.
De acordo com o especialista, o ser humano é um ser sociável e, por mais que o e-commerce tenha chegado até ao setor automotivo, o contato com o outro é insubstituível. A carência existe e precisamos nos preparar para isso.
Para o especialista, as empresas precisam provar para seus consumidores que poderão recebê-los com segurança. O preparo que elas precisam ter não é só de oferta de preço, é abrir o canal de abordagem do cliente.
Ainda segundo Glauber, apesar da crise, alguns setores como a agropecuária, aço, indústria farmacêutica, entre outras, continuaram lucrando. A pandemia não impactou tanto a renda de uma parcela da população, principalmente daquela que já consumia mais. Os veículos premium não tiveram tanta perda exatamente por isso. Os utilitários começaram a crescer de novo.
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