Quando pensamos em contratar um seguro de carro, o preço costuma ser um dos principais atraentes. Mas é importante considerar outros fatores do contrato para não ficar na mão na hora de acionar a assistência.
Hoje, as principais coberturas são para roubos, furtos, colisões, danos causados a terceiros e acidentes. Existem ainda serviços acessórios que podem ser contratados junto com o seguro. Alguns deles incluem assistência 24 horas, serviço de guincho, troca de pneu, carga de bateria, vidros, farol e pequenos reparos de lataria e pintura.
Com tantas opções no mercado, fica difícil escolher. E muita gente se pergunta: o que é preciso levar em conta antes de contratar um seguro de automóvel?
Segundo Tiago de Angelis Karlinski, gerente Atuarial de Reservas e Produtos da Banestes Seguros, é importante refletir sobre qual nível de tranquilidade e segurança o segurado deseja ter em caso de um acidente ou necessidade de acionamento da assistência.
“Recomenda-se sempre a contratação da cobertura compreensiva de casco do veículo, responsabilidade civil facultativa em caso de danos causados a terceiros e acidentes a passageiros. Os serviços de assistência também são extremamente importantes como guincho, vidros, farol e pequenos reparos”, exemplifica.
Angelis também recomenda que o motorista consulte um corretor de seguros que tenha confiança para analisar o contrato. Isso é importante para que ele saiba exatamente os serviços que estarão disponíveis, se eles estão adequados, e qual o percentual de referência para indenização da tabela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Simplificamos todas as dicas em uma lista para te ajudar na hora da contratação de um seguro de carros. Confira:
O mais importante é certificar-se que você está contratando uma seguradora autorizada e fiscalizada pela SUSEP (autarquia federal que regula o setor). Assim, você garante que a empresa possui capacidade financeira e reservas suficientes para arcar com os compromissos. Cuidado com as empresas de “Proteção Veicular” e cooperativas sem qualquer tipo de fiscalização oficial. Uma busca rápida no site www.susep.gov.br é suficiente para esclarecer essa situação. Caso a companhia esteja em situação regular, a busca vai trazer todas as informações.
O corretor de seguros é um profissional certificado para intermediar a venda entre a seguradora e o cliente. Ele não tem qualquer vínculo empregatício com a companhia de seguros, e a tarefa é indicar a melhor proposta para atender às necessidades do cliente. Depois que o seguro é efetivado, o corretor ainda deve auxiliar o segurado na resolução das mais variadas questões junto à seguradora, sejam elas financeiras, contratuais, etc.
Nem sempre a proposta de menor valor é suficiente para atender a sua necessidade. Omitir ou declarar informações incorretas impede a indenização e/ou a prestação de serviços em caso de assistência. Outro erro é tentar reduzir o valor do seguro “economizando” em itens opcionais como diárias de carro reserva, quilometragem de guincho, contratação de coberturas acessórias (ou para terceiros) e plano de assistência 24 horas. Tais facilidades aumentam o custo da contratação, mas evitam muita dor de cabeça para o cliente lá na frente.
Um seguro de automóvel pode cobrir danos parciais ou indenizar integralmente o segurado, tudo depende do que está previsto em contrato. Atualmente, há opções de seguros mais econômicos que cobrem apenas os casos de perda total, quando os danos ao veículo superam 75% do valor de compra. Mas, mesmo nessa situação, o segurado pode não ser reembolsado em 100% do valor de mercado do veículo (Tabela FIPE). Por isso, é importante definir, no momento da contratação, o percentual da FIPE que você deseja receber em caso de uma perda total. Esse valor geralmente fica em 85%, 90%, 100% ou até 110%.
Se o seguro que você escolheu também cobre perdas parciais, ou seja, aqueles danos avaliados abaixo dos 75% do valor de compra do veículo, será necessário optar por um valor de franquia que representa a coparticipação financeira do segurado no custo de reparos do veículo. Quanto mais baixo o valor da franquia contratada, maior será o valor pago para adquirir o seguro. Em compensação, na ocorrência de um sinistro, um valor de franquia reduzido é muito mais vantajoso para o segurado.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta