A Fiat Strada parece estar com a sua majestade em xeque. Desde o ano passado, a picape compacta da montadora italiana vem disputando o pódio com o Volkswagen Polo, hatch que ganhou uma versão de entrada (a Track) com a missão de substituir o Gol, um dos modelos mais queridos do mercado nacional e que também coleciona muitos pódios como o mais vendido, que saiu de linha em 2022.
De janeiro até junho deste ano, a Volkswagen entregou 57.864 unidades do Polo. Com esse número o modelo registrou crescimento de vendas de 53,4% em relação ao 1º semestre de 2023.
“A Volkswagen fecha o 1º semestre de 2024 com resultados impressionantes, que comprovam a paixão e preferência dos brasileiros pela marca. O Volkswagen Polo é um fenômeno e se consagra como o veículo mais amado e mais vendido do Brasil, considerando todos os segmentos”, avalia o vice-presidente de Vendas & Marketing da Volkswagen do Brasil, Roger Corassa.
O Polo parece “calçar” muito bem os pneus de seu antecessor (que, segundo especulações, pode voltar ao mercado em forma de um SUV compacto, assim como o “rei das pistas”, o Fiat Uno; mas isso é conversa para outra história). Segundo o gerente comercial da Vitoriawagen, Rodrigo Almeida, a Volkswagen está investindo muito forte no Brasil e na recuperação da liderança do mercado.
“O Polo tem a desafiadora tarefa de suceder o Gol, o campeão dos campeões. Hoje, com 57.864 unidades vendidas, já se aproxima da média histórica do Gol de 80 mil unidades comercializadas”, conta.
Veja então quais são os 5 motivos que fazem do Polo o campeão de vendas no primeiro semestre de 2024 e que pode ameaçar a coroa da Fiat Strada.
O colunista de Motor A Gazeta e consultor automotivo Gabriel de Oliveira destaca a marca Volkswagen como confiável, justamente por ser uma montadora que está no mercado há muito tempo e já fez parte da história de muitos brasileiros. Além disso, por ser uma marca grande e estabelecida, há ainda a capilaridade da rede de concessionárias em todo o país, complementa o gerente comercial da Vitoriawagen.
A facilidade de peças de reposição é outro motivo apontado, uma vez que o modelo compartilha uma plataforma global, a MQB, que estreou com o Golf, em 2013. “Isso faz com que seja uma plataforma com grande disponibilidade de peças e de produção”, acrescenta Rodrigo Almeida.
Com uma gama bastante diversificada, o Polo hoje tem nove versões e diferentes motorizações. Com motor 1.0 (84 cv a etanol e 77 cv a gasolina) estão as versões de entrada Robust, Track, MPI e Rock in Rio.
Em seguida, estão as versões com motor 1.0 TSI de 109 cv (gasolina) ou 116 cv (etanol): TSI, Sense, Comfortline e Highline. Por fim, tem a versão topo, a GTS 250 TSI, com potência de 150 cv (com os dois combustíveis).
“Ele é um carro que você compra na versão de entrada 1.0 aspirado, que é um motor extremamente consolidado e confiável no mercado. Tem ainda o 1.0 turbo (o TSI de 116 cv a etanol) e a esportiva com o motor GTS 250 TSI, que é o mesmo motor que vem no T-Cross. Ou seja, essa gama de opções tem muita relevância na hora de escolher o modelo, pois atende a vários perfis”, explica Gabriel de Oliveira.
Por conta do interesse maior por SUVs (a Volkswagen, inclusive, em seu posicionamento de mercado, se autodenomina SUVW, pela quantidade de utilitários esportivos em sua gama de veículos), os hatches foram sendo deixados de lado e hoje, há poucas opções de peso para concorrer com o Polo.
“Se analisarmos, o Polo concorre com os carros de entrada de outras montadoras, mas quando falamos de intermediários, principalmente com uma motorização mais potente, como a versão GTS, não há muitos concorrentes de peso”, comenta o consultor automotivo.
Outro aspecto que faz do Polo um modelo requisitado é o seu design, que lembra muito o Gol. “Se compararmos com a geração cinco do Gol, é praticamente o mesmo carro, só que maior. E quando comparamos com outros compactos, ele tem uma aparência mais robusta e acaba se tornando uma boa compra, aos olhos do consumidor.
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