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Produção de motos no Brasil cresce em 2024 e alcança maior volume em 14 anos

Produção de motos no Brasil cresce em 2024 e alcança maior volume em 14 anos

Balanço divulgado pela Abraciclo nesta terça-feira aponta que a produção de motocicletas teve alta de 11,1% no país em relação a 2023; expectativa é que crescimento siga em 2025

Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 17:12- Atualizado há 3 meses

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Expectativa da Abraciclo é que o aumento da produção de motos continue em 2025
Expectativa da Abraciclo é que o aumento da produção de motos continue em 2025. (Abraciclo/Divulgação)

A produção de motos cresceu 11,1% no Brasil em 2024 e chegou a 1,74 milhões de unidades – maior volume desde 2011 –, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Impulsionado por fatores como a concessão de crédito para a aquisição de veículos, o setor manteve o crescimento que teve início após a pandemia, a partir de 2021.

O balanço foi divulgado nesta terça-feira (14) pela Abraciclo, associação que representa as montadoras do polo industrial de Manaus (AM), que abriga quase todas as fábricas dessa categoria de veículos. O resultado, inclusive, superou a expectativa da indústria, que no início do ano passado aguardava um aumento de 7,4% em relação a 2023.

Durante a apresentação dos resultados à imprensa, o presidente da Abraciclo, Marcos Bento, ressaltou a importância do planejamento do setor para a manutenção do ritmo de produção e para a superação de dificuldades que atingiram o setor, como o recebimento de peças e o escoamento da produção, reflexos da seca que atingiu a região amazônica no ano passado.

“Mesmo diante de um ano bastante desafiador, onde tivemos que contornar o problema da estiagem, o crescimento do setor superou os dois dígitos”, destacou Bento.

As montadoras de motos do polo de Manaus, que atualmente tem a produção mais expressiva do mundo fora da Ásia, obtiveram um faturamento de R$ 36,9 bilhões em 2024, empregando diretamente 18,6 mil trabalhadores.

O relatório da Abraciclo aponta ainda que a categoria de moto mais produzida no ano passado foi a street, com 855,2 mil unidades fabricadas e um aumento de 8,9% em relação a 2023, enquanto as motos off-road tiveram um decréscimo de 13,7% e terminaram o ano com apenas 30,8 mil unidades produzidas.

Além disso, a produção de motos de média cilindrada (de 161 cm³ a 449 cm³) teve um aumento de 25,9% em relação ao ano anterior, fechando 2024 com 327,7 mil unidades produzidas. Essa tipologia ficou atrás apenas das motocicletas de entrada (até 160 cm³), das quais foram produzidas mais de 1,6 milhão de unidades em 2024.

Projeção para 2025

Segundo a Abraciclo, a expectativa para este ano é que o mercado siga aquecido, apesar do cenário internacional desafiador – com conflitos e instabilidade que podem afetar o preço do petróleo e do frete – e a alta do dólar. 

A projeção é que a produção de motocicletas chegue a 1,8 milhão de unidades (aumento de 7,5% em relação ao ano passado) e que a exportação (13%) e o varejo (7,7%) acompanhe esse crescimento.

Entre os fatores que podem contribuir para um cenário favorável em 2025, o diretor destacou a Reforma Tributária e, mais especificamente, a manutenção da competitividade e das garantias constitucionais da Zona Franca de Manaus (ZFM).

Bikes elétricas em alta

Além das motos, a Abraciclo também apresentou os resultados da produção de bicicletas, que em 2024 chegou a 351,4 mil unidades no polo de Manaus. Entre as categorias que mais ganharam força no último ano, o maior destaque foram as bicicletas elétricas, que tiveram um aumento de 67% na produção em comparação com 2023.

Para 2025, a projeção da associação é que sejam produzidas 320 mil bicicletas, uma projeção moderada devido ao aumento da taxa de juros e do câmbio, entre outros desafios que podem prejudicar o mercado.

A entidade também destacou oportunidades para a indústria que podem ajudá-la a atingir essa meta, dentre elas o mercado mais estável, o desenvolvimento de novas tecnologias e o uso crescente de bicicletas e “e-bikes” como alternativas mais sustentáveis de mobilidade.

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