Andar de carro pode facilitar muito a rotina, dando liberdade de ir e vir para onde quiser. Apesar das vantagens, o condutor precisa ter responsabilidade com detalhes importantes da manutenção, como a troca dos pneus do veículo. Essa troca deve ser realizada no tempo certo e de forma adequada, já que evita acidentes, proporciona segurança no trânsito e, de quebra, ajuda a economizar combustível.
Com os constantes reajustes no preço da gasolina, toda atitude para economizar combustível pode ser válida. E uma delas está ligada aos cuidados com os pneus. Prova disso é que, de acordo com o especialista em pneus da Vix Logística Jurandir Viana, trafegar com eles desgastados, aliado à falta de calibragem e alinhamento, impacta no consumo de gasolina. “Durante uma arrancada, o veículo pode patinar e, com isso, você gasta uma quantidade excessiva de combustível”, explica.
Mas, afinal, como saber a hora certa de fazer a substituição e evitar problemas? Para Viana, é importante levar em consideração o Tread Wear Indicator (TWI). O Indicador de Desgaste da Banda de Rodagem aparece - em forma da sigla em inglês - de quatro a oito vezes em toda a volta dos pneus. Se as letras começaram a ser corroídas, o especialista afirma que a troca deve ser feita imediatamente.
Esse desgaste é visível porque o TWI é um ressalto com 1,6 mm de altura. Quando os pneus estão prontos para serem substituídos, essa marca passa a tocar no solo. “A profundidade dos sulcos deve ser verificada regularmente, já que eles não devem ter uma profundidade inferior ao padrão”, conta Viana.
A validade é outro ponto importante para se levar em consideração. De acordo com o consultor automotivo Gabriel de Oliveira, a durabilidade em quilometragem irá depender desde o tipo do pneu até o modelo do carro, passando pela forma que o condutor dirige no dia a dia. “Na média, um pneu dura entre 30 mil e 40 mil quilômetros, claro, em boas condições”, ressalta.
Já esse o tempo médio, segundo Oliveira, seria de cinco anos a partir da data de fabricação. Tal data pode ser consultada no próprio pneu. Em sua lateral, há uma série de números e letras. Os quatro últimos componentes da sequência indicam quando o pneu foi feito. Essa informação não vem no formato tradicional: de dia, mês e ano. É preciso ter um tipo de interpretação.
Conforme exemplo dado pelo consultor automotivo, se o pneu tiver a numeração 3321, isso significa que ele foi produzido na 33ª semana de 2021. Para saber exatamente a validade, basta adicionar cinco anos a partir dessa data.
Depois que se entende a importância da validade e da verificação dos sulcos, é fundamental ter atenção quanto a uma troca correta. Segundo explica Jurandir Viana, o indicado é fazer uma troca por um pneu de mesmo modelo, marca e medida. “Esses fatores devem ser os mesmos que os pneus originais indicados pelo fabricante”, ressalta o especialista de pneus da Vix Logística.
Defendendo a mesma ideia, Gabriel de Oliveira complementa dizendo que o ideal é trocar de dois em dois pneus. Se precisar, por algum motivo, colocar modelos diferentes, não deve ultrapassar dois tipos.
Algumas atitudes do condutor podem evitar que os pneus se desgastem, prolongando sua vida útil.
Se os pneus estão muito vazios ou cheios, há influência no gasto de combustível, conforto dos passageiros e na duração dos pneus. Então, fazer a calibragem é garantir mais segurança. A pressão ideal para cada veículo está presente no manual do carro e, normalmente, também é registrada na parte inferior da porta do motorista.
O rodízio entre os pneus dianteiros e traseiros deve ser feito de acordo com os intervalos descritos no manual ou, em média, a cada 5 mil quilômetros rodados. Essa prática aumenta a durabilidade dos pneus, além de garantir uma melhor estabilidade.
O alinhamento deve ser realizado a cada 10 mil quilômetros para carros que não realizam o rodízio ou a cada 5 mil km para os que fazem. O veículo estar “puxando” de um lado ou os pneus apresentarem um barulho incomum na hora das curvas são indicativos da necessidade do procedimento.
Ter atenção na prevenção pode evitar problemas futuros. Por isso, vale fazer visitas em uma oficina autorizada pelo fabricante do veículo em média a cada 10 mil quilômetros rodados ou a cada 12 meses.
Matheus Metzker foi aluno do 24º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta e foi supervisionado pela editora do Estúdio Gazeta, Flávia Martins.
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