O Espírito Santo teve um crescimento de 14,15% no emplacamentos de veículos novos em 2021, com relação ao ano anterior, segundo levantamento do Sindicato dos Concessionários Distribuidores de Veículos do ES (Sincodives). O percentual leva em conta o acumulado dos 12 meses do ano, em que foram emplacadas no Estado 71.203 unidades em todos os segmentos (entre eles, o de automóveis, veículos comerciais leves, motocicletas, caminhões e ônibus) contra os 63.375 unidades emplacadas em 2020.
O último mês do ano também registrou crescimento, com a venda de 7.596 unidades, enquanto em novembro foi registrada a venda de 6.234 unidades, um aumento de 21,85%. Por outro lado, quando comparado com dezembro de 2020, esse número é 10,68% menor, já que no ano anterior, foram vendidas 8.504 unidades.
A parada de algumas fábricas, causada pela pandemia do novo coronavírus foi o principal agravante desta situação, já que as interrupções na produção de várias montadoras foram frequentes ao longo do ano de 2021, tanto por causa de medidas preventivas para evitar a disseminação da Covid quando pela falta de insumos, principalmente componentes eletrônicos para finalizar os modelos.
Para o presidente do Sincodives, Riguel Chieppe, 2021 foi de recuperação, mas a falta de componentes continua afetando a oferta de produtos pelas montadoras. “O ano de 2021 foi desafiador em diversos aspectos. Neste momento ainda vivemos uma crise de abastecimento de componentes e insumos na indústria automobilística. Outros desafios têm se apresentado para o setor, como a inflação e taxas de juros, que vem impactando nos financiamentos de veículos. Mesmo assim, o setor conseguiu fechar 2021 com um razoável resultado”, avalia.
Para 2022, a expectativa é que o fornecimento de insumos se normalize ou fique mais estabilizado no segundo semestre. E segundo Chieppe, há estudos que apontam uma alta de 5,5%, para todo o setor. “Entretanto, as condições conjunturais podem modificar essas estimativas”, atenta.
Esse cenário também levou a novas posições no ranking de mais vendidos, fazendo com que a Stellantis (empresa que detém marcas como Jeep, Fiat, Citroën e Peugeot) chegasse a 32% de participação do mercado no Brasil, sendo a Fiat a marca líder com 21,7% de participação no mercado brasileiro. A montadora italiana registrou 431 mil veículos vendidos, segundo dados levantados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
O veículo mais vendido no ano passado no país também foi um Fiat: a Strada, que emplacou 109.107 unidades, na frente de Hyundai HB20 (86.455), Fiat Argo (84.644), Jeep Renegade (73.913) e o Chevrolet Ônix (73.623), que havia sido o mais vendido em 2020, caindo para a quinta posição por conta das paradas em sua produção no decorrer de 2021.
A segunda montadora que mais emplacou veículos foi a Volkswagen, com 302.270 unidades (15,31%). A terceira colocada foi a Chevrolet que, apesar de ter liderado o mercado em 2020, foi uma das mais afetadas pelas paradas de suas fábricas durante o ano passado.
OS SUVs foram, sem dúvida, o segmento predominante nas vendas do ano passado, representando 49,9% do mercado, ampliando a tendência que já tinha se formado em 2020, quando já representavam 32,7% de participação. A Stellantis destacou-se também nesse segmento, com 73,913 unidades do Jeep Renegade e 70.906 unidades do Jeep Compass, que ficou em segundo lugar. O terceiro ficou com Hyundai Creta (64.759).
E no segmento de picapes, a dobradinha também foi da empresa “dona” da Fiat, com a Strada (109.107) e a Toro (70.890) em primeiro e segundo lugares. Em seguida estão Toyota Hilux (45.893), Chevrolet S10 (35.045) e VW Saveiro (26.751).
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