O ano de 2019 foi agitado para o mercado de motocicletas, tanto no Brasil quanto no Exterior. Ficou marcado por novidades tecnológicas, que se refletiram pela presença cada vez maior da eletrônica nas motocicletas. No mercado nacional, a obrigatoriedade de inserir sistemas de auxílio à frenagem CBS ou ABS levou à renovação de diversos modelos. Algumas motocicletas saíram de linha por decisão das fabricantes, não considerarando viável colocar CBS ou ABS nelas foi o caso da Honda CG 125, que durante muitos anos foi a mais vendida do país.
Nas ruas brasileiras, a popularização das scooters, dos ciclomotores e dos patinetes elétricos como solução de mobilidade urbana foi visível foram os segmentos que mais cresceram no país. Entre os eventos nacionais do setor, o estreante Festival Duas Rodas e a décima quinta edição do Salão Duas Rodas, ambos realizados na capital paulista, tiveram destaque. Já nos principais mercados globais, continuou reinando o indefectível Salão de Milão, no qual a conectividade e a eletrificação dos modelos renderam as principais notícias do setor.
A Lander 250 finalmente foi atualizada. O resultado é uma mistura da agilidade característica da Lander com o design robusto da XT 660R e a versatilidade da Ténéré 250 essa última foi aposentada com o lançamento da nova XTZ 250 Lander 2019 ABS. A nova Lander herdou elementos de sua geração anterior, incluindo o motor, o câmbio e as rodas. Da Ténéré 250, recebeu as suspensões. As principais novidades remetem à XT 660R, que saiu de linha no início do ano principalmente, à nova dianteira, com grandes aletas no tanque, proteções plásticas nas bengalas, novos faróis de leds e carenagem. Foto: Divulgação
A scooter PCX 150 lidera o segmento com folga desde o seu lançamento, em 2013. Mas a Honda preferiu não esperar a concorrência local evoluir mais e ameaçar sua liderança e lançou a PCX 2019, em três versões: STD, DLX e Sport. A principal diferença entre as três novas versões da Honda PCX 2019 está nos freios. Na básica (STD), foi mantido o mesmo sistema de freios do modelo 2018, com disco na dianteira e tambor na traseira com o CBS (Combined Brake System). Já as versões DLX e Sport ganharam disco também na roda traseira e o ABS. Foto: Divulgação
A Harley-Davidson aproveitou a Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, nos Estados Unidos, nos primeiros dias de janeiro de 2019, para revelar a especificação completa e a conectividade da LiveWire, sua primeira motocicleta elétrica. A aceleração de zero a 100 km/h pode ser feita em menos de 3,5 segundos. A frenagem conta com o modo de regeneração de energia e adiciona carga à bateria, especialmente em trânsito urbano intenso. A LiveWire é equipada com H-D Connect, que liga motociclistas com suas motos por meio de uma unidade telemática (TCU). A moto chegou às lojas em agosto, com preço a partir de US$ 29.799, o equivalente a cerca de R$ 125 mil. Após o lançamento, algumas unidades apresentarem problemas relacionados ao sistema de recarga residencial das baterias e a Harley-Davidson chegou a paralisar a produção. Mas a conclusão foi de que foi um problema pontual e a produção voltou ao normal. Foto: Divulgação
Na Europa, a bigtrail da Honda recebeu uma atualização significativa e aumento na cilindrada, mas o Brasil recebeu a geração anterior, que ganhou novidades como a adoção do acelerador eletrônico, um controle de tração foi aperfeiçoado e modos de pilotagem. O painel segue em LCD diferentemente do TFT da nova geração e exibe mais informações. O motor permanece com 999,1 cm³ de cilindrada, no entanto, está mais forte: 94,6 cavalos a 7.500 rpm, com torque máximo de 9,7 kgfm a 6 mil rpm. A Africa Twin ganhou uma versão inédita, a Adventure Sports, com suspensões de curso mais longo e tanque de combustível maior - 24,2 litros ante 18,8 litros na standard. Foto: Divulgação
A nova BMW R 1250 GS chegou ao país com um novo propulsor de 1.254 cm³ de cilindrada, com 136 cavalos de potência a 7.500 giros e torque de 14,58 kgfm a 6.250 giros. A adoção do comando de válvulas variável, chamado de ShiftCam pela BMW, permite que a moto responda bem tanto em baixa quanto em alta, bastando ao piloto controlar a dosagem do acelerador. Os diversos modos de pilotagem e suspensão eletrônica adaptável ao estilo de condução e tipo de piso são destaques da nova geração da bigtrail alemã. Foto: Divulgação
A Z400 foi apresentada oficialmente durante o Festival Duas Rodas, que aconteceu de 29 de agosto a 1 de setembro no Autódromo de Interlagos, na capital paulista. Ela compartilha praticamente todos os itens com a Ninja 400. O motor de 399 cm³ gera os mesmos 48 cavalos de potência a 10 mil giros e 3,9 kgfm a 8 mil giros. Números suficientes para empurrar a Z400, que pesa 167 quilos em ordem de marcha. Foto: Divulgação
A Ducati trouxe para o Brasil a versão Panigale V4 S, equipada com o motor de quatro cilindros em V de 1.103 cm³ de cilindrada, com 214 cavalos a 13 mil giros e torque de 12,6 kgfm a 10 mil giros. A nova superesportiva topo de linha da marca italiana vai além de ser simplesmente a moto mais potente à venda no país e conta com um amplo pacote eletrônico, que inclui um inédito controle de slide, permitindo ao piloto controlar as derrapagens na saída das curvas. Foto: Divulgação
A Harley-Davidson aproveitou o Festival Duas Rodas para apresentar a Low Rider S. O modelo retorna à linha da marca integrando a família softail. O visual segue agressivo e com toques de modernidade, como a iluminação em leds. Na suspensão, a dianteira ganhou garfo invertido, enquanto a traseira passou a contar com o monoamortecedor característico das softail. O motor adotado é o Milwaukee-Eight 114, que entrega 16,11 kgfm já a 3 mil giros. Foto: Divulgação
O início de 2029 marcou a chegada da Royal Enfield Himalayan. Equipada com um monocilíndrico de 411 cm³ de cilindrada, que entrega 25 cavalos de potência máxima a 6.500 rpm e torque máximo de 3,26 kgfm de 4 mil e 4.500 giros, a moto logo se tornou o modelo mais vendido da marca indiana no Brasil. São 191 quilos em ordem de marcha, um peso superior às concorrentes no segmento trail. Foto: Divulgação
Principal novidade da Yamaha no Salão Duas Rodas 2019, realizado de 19 a 24 de novembro em São Paulo, a scooter XMAX ABS já está em pré-venda nas concessionárias pelo preço sugerido de R$ 21.990 (sem frete). O modelo deve chegar às revendas em abril de 2020. A XMAX ABS é movida por um monocilíndrico de 250 cm³, que desenvolve 22,8 cavalos de potência máxima a 7 mil rpm e torque máximo de 2,5 kgfm a 5.500 giros. A transmissão é automática, do tipo CVT. Foto: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Agência AutoMotrix
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