Quem nunca parou para abastecer no posto de gasolina, abaixou o vidro do carro e ouviu a pergunta “como está o óleo"? Embora seja algo recorrente, boa parte das pessoas não sabem exatamente o que responder e nem se devem confiar no frentista para fazer as revisões básicas do carro.
É nesse momento que os motoristas percebem que não têm ideia de quando precisam levar o carro na oficina. Por esse motivo, o Motor ouviu especialistas para entender qual é o plano de manutenção que cada parte do veículo precisa seguir.
A manutenção preventiva é aquela que faz correções na estrutura do carro em razão do desgaste que as peças sofrem naturalmente por conta da sua utilização. Não é o mesmo tipo de serviço, por exemplo, que acontece quando há alguma colisão ou quando há alguma falha, chamada de corretiva.
O consultor automotivo ainda explica por que é fundamental fazer as revisões de carro: "São para manter o veículo funcionando perfeitamente, como também para valorizar o carro na revenda. Isso porque cria uma segurança na hora de revender para um futuro comprador”, aponta.
O gerente técnico da Clebercar, Cleber Soares, lembra que, embora o ideal seja realizar a revisão preventiva de acordo com o que especifica cada modelo, seguir apenas o prazo da montadora não é suficiente. “O cliente também precisa fazer pequenas ações, como completar o óleo na quilometragem correta e fazer as inspeções mesmo sem trocas de itens nos veículos”, pontua.
Já Vittória Gabriela, técnica em mecânica e influenciadora por trás do perfil no Instagram Dona do meu Destino, atenta que o manual do proprietário deve ser o melhor amigo do motorista. “Lá, ele encontra todas as informações importantes não só sobre todas as funcionalidade do modelo, como também o plano de manutenção, que contém uma relação de itens que precisam ser revisados e qual é a frequência recomendada para fazer a vistoria”, observa.
“Isso também vai ajudá-lo a entender se o mecânico fala e evitar ser enganado, principalmente no caso das mulheres, que sofrem mais com mentiras e golpes”, defende, ainda.
O gerente da Point S, oficina de serviços automotivos, do Grupo Orletti, Guilherme Vieira, também alerta que a manutenção preventiva, além de garantir a segurança de quem está dentro e fora do carro, evita o desgaste prematuro das peças.
“Isso vai proporcionar maior economia para o bolso do motorista. A integridade dos itens do carro garante maior eficiência do consumo do combustível e a mantém o valor de mercado na hora da revenda”, destaca.
Uma revisão dificilmente vai analisar toda a extensão do veículo de uma vez. Isso porque cada manutenção requer uma vistoria detalhada de diferentes partes do carro.
Entre os itens mais essenciais apontados pelos especialistas consultados estão os que envolvem filtros e óleos: filtro de óleo, filtro de ar, filtro de combustível, filtro do ar-condicionado, óleo de motor e óleo de freio. Não que o cuidado deva parar por aí.
Também é preciso checar itens de segurança do veículo, como as pastilhas de freio, pneus e os estepes.
Também é importante checar o radiador, a suspensão, os amortecedores, a bateria, as correias alternadoras, o sistema de iluminação, os fios e os cabos elétricos e as velas.
O limpador do para-brisa, o cinto de segurança e a buzina, partes que costumam ser esquecidas pelo condutor também precisam fazer parte desse check-up.
O próprio motorista pode fazer esse tipo de checagem, preferencialmente antes de tirar o veículo da garagem e rodar com ele. Isso porque, embora tenham uma alta expectativa de validade, esses itens têm duração imprevisível e podem parar de funcionar ou apresentar defeito a qualquer momento.
É importante também checar se o nível do óleo e do líquido de arrefecimento, que nunca podem estar abaixo do mínimo do reservatório, e que podem ser olhado a qualquer momento.
Ainda que cada fabricante defina um plano de manutenção, ações simples e autônomas do condutor ajudam a prolongar a vida útil do carro. “Se a cada uma ou duas semanas o motorista tiver o hábito de calibrar os pneus, seja em um posto de gasolina próximo ou comprando o próprio equipamento portátil, certamente vai garantir maior estabilidade e economizar combustível”, destaca Vittória.
Já na escolha do profissional mais adequado, é quase impossível acertar de primeira. A dica de ouro é pedir indicações e pesquisar. “É importante que você tenha disponibilidade de fazer mais de um orçamento. Para garantir que a oficina não esteja te enganando, compare o que cada mecânico aponta que deve ser feito no seu carro”, recomenda, por fim, o personal car Gabriel de Oliveira.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta