> >
Soluções criativas e usabilidade são os pontos altos do Honda WR-V EXL

Soluções criativas e usabilidade são os pontos altos do Honda WR-V EXL

O crossover recebeu alguns retoques no estilo, além de ter incorporado equipamentos e evoluções em termos de segurança

Publicado em 4 de março de 2021 às 14:00- Atualizado há 4 anos

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
O acabamento é esmerado, dentro do bom padrão dos automóveis produzidos pela Honda no Brasil.
O acabamento é esmerado, dentro do bom padrão dos automóveis produzidos pela Honda no Brasil. . (Luiza Kreitlon/AutoMotrix )

Há quatro anos, naquele distante começo de 2017, o Honda HR-V comemorava dois anos de liderança nas vendas brasileiras no segmento de utilitários esportivos. O sucesso do modelo era tamanho que, em março daquele ano, a marca japonesa aproveitou para lançar o WR-V no Brasil, com a missão de “fazer a ponte” entre o monovolume Fit e o HR-V. De lá para cá, o segmento de SUVs compactos teve uma verdadeira revolução, ficando congestionado de lançamentos. Atualmente, modelos como os Jeep Renegade, o Volkswagen T-Cross, o Chevrolet Tracker e o Hyundai Creta disputam a liderança e afastaram a Honda do protagonismo nessa disputa. Ao contrário do HR-V, o WR-V sempre teve vendas discretas e jamais esteve nem perto da liderança – mas, assim como HR-V e o Fit, do qual é derivado, tem seu público fiel. Prova disso é que, no ano passado, foi reconhecido com o selo “Melhor Valor de Revenda”, na categoria SUV compacto, em estudo feito pela empresa especializada na avaliação de automóveis Kelley Blue Book Brasil, indicando os modelos menos desvalorizados. Na linha 2021 do WR-V, apresentada em setembro do ano passado, o crossover recebeu alguns retoques no estilo que lhe conferiram um aspecto mais contemporâneo. De quebra, incorporou equipamentos e evoluções em termos de segurança, alguns reservados à configuração “top” EXL.

Na frente, o WR-V EXL ostenta uma grade com área cromada mais estreita, com barras longitudinais e acabamentos em black piano, que valoriza o logotipo da Honda ao centro. Os faróis de leds ampliam a luminosidade e reforça a frente do modelo. O de neblina também tem lâmpadas em leds, assim como as luzes diurnas de circulação. Na parte traseira, o para-choque bojudo confere um aspecto robusto e as lanternas são em leds. O friso superior da placa vem na cor da carroceria, assim como as carenagens dos retrovisores e as maçanetas externas. A versão vem com rack de teto e as rodas de 16 polegadas da versão têm acabamento escurecido.

Por dentro, a versão EXL do WR-V traz revestimento dos bancos em couro com costuras na cor preta. O volante multifuncional também tem revestimento em couro e agrega comandos de áudio, piloto automático e Bluetooth. O painel traz friso do volante e molduras do painel em black piano, com detalhes cromados. A ergonomia é complementada por recursos como regulagem de altura e profundidade do volante e ajuste de altura do banco do motorista. Ao lado dos bancos revestidos em couro, são exclusivos da EXL o navegador GPS integrado ao sistema multimídia com tela de 7 polegadas tem interface para smartphones, os retrovisores são eletricamente rebatíveis, sensores de estacionamento frontais e traseiros e o retrovisor interno fotocrômico (antiofuscamento).

Alguns detalhes internos do WR-V reforçam o foco na racionalidade e na versatilidade – características “herdadas” do Fit. Como o porta-copos inusitadamente posicionado do lado esquerdo do painel, entre o volante e a porta do motorista. Com uma modulagem para se adaptar com firmeza a diversos tipos de copos e pequenas garrafas, fica situado bem junto a uma das saídas do ar-condicionado, o que ajuda a resfriar ou manter gelado o conteúdo da bebida ali abrigada, sem gerar qualquer despesa adicional. O aproveitamento criativo dos espaços se potencializa no Magic Seat, o prático sistema de ajustes e rebatimentos dos bancos, também originário do Fit, que é de série em toda a linha WR-V.

O SUV compacto produzido na cidade paulista de Itirapina mantem em todas as versões o motor 1.5 i-VTEC FlexOne com 116 cavalos de potência a 6 mil giros e 15,3 kgfm de torque a 4.800 rotações por minuto, associado à transmissão CVT com conversor de torque. Na configuração EXL, o volante traz “paddles shifts” para trocas sequenciais de marchas comandadas pelo motorista. Entre os aprimoramentos da linha 2021 do WR-V estão a adoção dos controles de estabilidade e tração, do assistente de partida em aclive, do sistema de alerta de frenagem emergencial – em casos de frenagem brusca, o pisca-alerta é acionado três vezes – e do sensor crepuscular para acendimento automático dos faróis, de série em todas as versões. A estrutura de deformação progressiva ACETM (Advanced Compatibility Engineering) e as barras de proteção nas portas estão em toda a linha, no entanto, só a versão EXL vem com seis airbags – frontais, laterais e do tipo cortina.

Com 569 unidades vendidas em janeiro, o WR-V foi o quinquagésimo terceiro automóvel mais emplacado do país e o décimo primeiro no ranking dos SUVs compactos, posicionado entre o Caoa Chery Tiggo 5X (961 unidades) e o Citroën C4 Cactus (487). Como o Ford EcoSport, com 1.576 unidades vendidas em janeiro, deixou de ser produzido, é possível que em breve o WR-V consiga um lugar entre os “top ten” do segmento. A versão topo de linha EXL do crossover compacto da Honda é oferecida por R$ 98.600 – com acréscimo de R$ 1.500 para cores metálicas ou perolizadas (como o Cinza Barium do modelo testado) e de R$ 1.800 para o branco polar perolizado.

Os engenheiros e designers da marca japonesa pensaram nos detalhes para proporcionar mais comodidade e conforto
Na parte traseira, o para-choque bojudo confere um aspecto robusto e as lanternas são em leds. . (Luiza Kreitlon/AutoMotrix )

EXPERIÊNCIA A BORDO

O interior do crossover compacto da Honda faz o estilo aconchegante e preserva muita coisa do Fit. O acabamento é esmerado, dentro do bom padrão dos automóveis produzidos pela Honda no Brasil. O design é de um minimalismo tipicamente oriental – sem firulas estilísticas, mas de uma funcionalidade admirável. Assim como o Fit, o WR-V aproveita muito bem o espaço.

Os engenheiros e designers da marca japonesa pensaram nos detalhes para proporcionar mais comodidade e conforto. Lá está o apoio para o pé esquerdo (que alguns concorrentes aboliram), o apoio central de braço (em couro), o ar-condicionado digital “touchscreen” com a função de ajuste automático de temperatura, o Bluetooth com comandos HFT (Hands Free Telephone) e a câmera de marcha a ré multivisão, além do criativo porta-copos na saída de ar-condicionado. Um destaque é o Magic Seat Honda. De uma forma fácil, o sistema viabiliza múltiplas configurações de rebatimento de bancos e permite a acomodação de objetos de grandes dimensões no interior do veículo.

A versão vem com rack de teto e as rodas de 16 polegadas da versão têm acabamento escurecido.
A versão vem com rack de teto e as rodas de 16 polegadas da versão têm acabamento escurecido. (Luiza Kreitlon/AutoMotrix )

IMPRESSÕES AO DIRIGIR 

A indefectível racionalidade oriental também deixa sua marca no WR-V em termos dinâmicos. É um veículo do tipo “civilizado”, que não se propõe a oferecer maiores rompantes de esportividade. As retomadas acontecem de forma consistente graças ao motor 1.5 i-VTEC FlexOne com 116 cavalos e 15,3 kgfm, que se entende bem com o câmbio CVT, e a possibilidade de trocar as marchas manualmente permite atender a quem exige respostas mais imediatas do motor. Um propulsor turbinado talvez desse mais vigor às retomadas. Se não eleva a adrenalina do motorista, o crossover é ágil e eficiente no uso urbano. Nas estradas, o “powertrain” se mostra um tanto barulhento em giros elevados, algo corriqueiro nos câmbios continuamente variáveis. A direção eletricamente assistida tem comportamento progressivo – é leve nas manobras lentas e ganha rigidez conforme o carro acelera mais.

Com amortecedores com batente hidráulico e haste do amortecedor reforçada, com barra estabilizadora projetada para reduzir a rolagem da carroceria, o conjunto suspensivo que combina elementos do Fit e do HR-V foi projetado para possibilitar uma altura do solo de 20,7 centímetros e ângulos de ataque (o da frente, com 21 graus) e de saída (o de trás, com 30,1 graus), recursos compatíveis com a proposta de um crossover compacto. Isso basta para o carro ultrapassar os buracos e quebra-molas sem comprometer o conforto e a agilidade no uso urbano, que é o real foco do modelo.

A indefectível racionalidade oriental também deixa sua marca no WR-V em termos dinâmicos.
A indefectível racionalidade oriental também deixa sua marca no WR-V em termos dinâmicos. . (Luiza Kreitlon/AutoMotrix )

FICHA TÉCNICA 

Este vídeo pode te interessar

Na frente, o WR-V EXL ostenta uma grade com área cromada mais estreita, com barras longitudinais e acabamentos em black piano, que valoriza o logotipo da Honda ao centro. (Luiza Kreitlon/AutoMotrix )

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais