Demorou mais do que a Volkswagen esperava, mas o T-Cross finalmente entrou na disputa pela liderança entre os utilitários esportivos compactos. O SUV ultrapassou, em outubro, a barreira das 5 mil unidades foram exatos 5.084 emplacamentos. Assim, deixou para trás o Ford Ecosport e o Honda HR-V e colou nos líderes Hyundai Creta (5.324), Nissan Kicks (5.550 unidades) e Jeep Renegade (6.680 unidades).
Na versão mais básica, o T-Cross parte de R$ 84.990 com motor 1.0 200TSI de até 128 cavalos e câmbio manual. Na top 250TSI Highline, a Volkswagen oferece o modelo a partir de R$ 109.990. Com todos os opcionais e pintura bicolor, o T-Cross Highline pode chegar até R$ 128.630, já próximo da faixa dos SUVs médios, como o Jeep Compass.
A VW caprichou no desenho do T-Cross. Por fora, é ligeiramente menor que os rivais Creta, Kicks e Renegade. Contudo, com suas formas robustas, o entre-eixos grande herdado do Virtus e as colunas traseiras largas, o crossover parece maior do que realmente é.
O motor da versão 250TSI Highline é um 1.4 de quatro cilindros flex com turbocompressor, que entrega 150 cavalos a 4.500 rpm e 25,5 kgfm em 1.500 rpm, com qualquer combustível.
Em termos de equipamentos, todos as versões vêm com controle de estabilidade, seis airbags, freios ABS, direção elétrica, assistente para partida em rampas, sensores traseiros de estacionamento, Isofix, faróis que se mantêm acesos alguns segundos após o carro ser desligado e de neblina que iluminam mais a direção para onde o volante está apontado, suporte para smartphone com entrada USB, entre outros.
As configurações automáticas acrescentam controle de velocidade, duas entradas USB para o banco de trás, saída traseira de ar-condicionado e sistema de som com tela colorida sensível ao toque de 6,5 polegadas e App-Connect.
Na versão Highline, incorpora sistema start-stop, partida sem o uso de chave, retrovisores com rebatimento automático, sensores de chuva e crepuscular, bancos revestidos em couro e detector de fadiga do motorista.
O T-Cross é um produto estratégico para a VW do Brasil. A marca alemã já avisou que pretende crescer gradativamente em vendas para, neste ano, voltar a disputar a liderança nacional do mercado. Para atingir essa meta, é fundamental oferecer um produto bem acertado no segmento que mais evolui no mercado local.
Em termos estéticos, dinâmicos e tecnológicos, o T-Cross já consegue se equiparar aos concorrentes. Mas, ao chegar ao mercado, inicialmente apenas na versão top 250TSI Highline, o crossover da Volkswagen logo pegou fama de ser caro. Para embalar de vez as vendas, talvez uma estratégia interessante fosse manter os preços para, assim, ganhar mais competitividade, na medida em que os principais rivais se tornem mais caros em suas linhas 2020/2021.
O T-Cross Highline une o porte de SUV compacto com um pacote tecnológico típico do segmento médio. Na versão avaliada, dotada de todos os pacotes de opcionais, apesar de ser um conteúdo bastante completo, poderiam estar presentes alguns sistemas de segurança semiautônomos que andam em moda na indústria automotiva, como o alerta de colisão, o assistente de faixa e o piloto automático adaptativo.
O espaço é generoso para um SUV compacto o entre-eixos de 2,65 metros resulta em boa área livre para quem viaja no banco traseiro. A posição de dirigir elevada agrada aos fãs do segmento. Em termos de acabamento, o predomínio dos tons claros e a mistura de texturas no painel é agradável. No entanto, o acabamento adota predominantemente plásticos duros.
A configuração Highline 250 TSI foi desenvolvida para andar bem e impressionar dinamicamente. Com 150 cavalos e torque de 25,5 kgfm, o motor é bastante elástico. Com a opção de quatro modos de condução Normal, Ecológico, Esportivo e Individual , é possível explorar diferentes aspectos do powertrain.
Mesmo no modo Eco, o crossover de quase 1.300 quilos responde bem nas retomadas e não vacila nas ultrapassagens. Já no modo Sport e com o recurso de se fazer as mudanças manuais do câmbio Tiptronic de seis marchas em paddles shifts, o potencial de dirigir esportivamente é ampliado. O bom torque em baixas rotações, principal característica dos motores TSI, mostra seu valor com vigor. O câmbio automático tem relações longas e não é tão rápido nas trocas, mas permite uma tocada esportiva.
A dinâmica do T-Cross Highline é próxima à de um carro de passeio. A direção elétrica é adaptativa enrijece em altas velocidades, dando uma boa sensação de controle ao carro, e se torna extremamente leve nas manobras de estacionamento.
A suspensão é macia, ajustada para oferecer conforto e atenuar a buraqueira das ruas. Um efeito colateral dessa opção é alguma inclinação da carroceria nas curvas e nos desvios rápidos de trajetória, típica de modelos altos e com suspensão elevada.
O Park Assist 3.0 oferece auxílio para estacionar, faz as manobras de saída e pode até frear o carro mesmo quando quem está no comando é o motorista, caso perceba o risco de uma colisão.
Agência AutoMotrix
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta