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Testamos o Fiat Argo Drive para saber se ele é econômico; confira

Testamos o Fiat Argo Drive para saber se ele é econômico; confira

Motor fez o teste de consumo de combustível com o hatch da Fiat, que foi o carro com motor 1.0 mais valorizado em 2021

Publicado em 18 de julho de 2022 às 10:07

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Matéria - Testamos o Fiat Argo Drive para ver se ele é econômico
Fiat Argo foi o carro 1.0 que teve maior valorização de revenda do seminovo. (Karine Nobre)

Mesmo com a valorização crescente dos carros seminovos nos últimos dois anos, os modelos com motor 1.0 não acompanharam a evolução de preços dos demais segmentos em 2021. Segundo levantamento realizado pela plataforma Mobiauto, enquanto o mercado nacional de seminovos registrou média de 23,5% de valorização, a categoria de carros 1.0 tiveram índices abaixo desse percentual, na faixa de 14,5%.

A única exceção foi o Fiat Argo, com 26,96% de reajuste durante o ano passado (janeiro a dezembro).  Por isso, ele foi escolhido por Motor para fazer o test-drive de performance de combustível e avaliar como se comporta no quesito economia dentro do trânsito do dia a dia, para além das especificações de fábrica.

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Modelo testado foi o Argo Drive com pacote S-Design. (Karine Nobre)

O VEÍCULO

Segundo a Fiat, com medição do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), o consumo do Fiat Argo Drive é o de um carro econômico: média de 14,2 km/l na cidade e 15,1 na estrada quando abastecido com gasolina e 9,9 km/l na cidade e 10,7 km/l quando está usando etanol.

No quesito dirigibilidade, o modelo é um carro bastante simpático para se pilotar, como já avaliamos no test-drive feito em dezembro de 2021. Com direção elétrica, ele é bem macio, roda bem e o motor Firefly 1.0 de três cilindros é satisfatório para o dia a dia, principalmente no trânsito urbano.

O propulsor gera 77 cv e 10,9 kgmf de torque com etanol e 72 cv com 10,4 kgfm quando abastecido com gasolina. Por outro lado, ele é um pouco fraco para subidas, exigindo mais do motor, ou seja, um gasto de combustível a mais.

CONSUMO DE COMBUSTÍVEL

Para fazer o test-drive de consumo, ficamos com o modelo por cinco dias, abastecido com gasolina, e buscamos utilizá-lo da forma mais próximo da rotina dos motoristas: trânsito diário de ida e volta do trabalho, em uma média de 15 km. A versão utilizada foi a de câmbio manual. 

No nosso primeiro dia de teste, durante o trajeto de ida, vimos que o carro se aproximou das médias de fábrica em trânsito moderado, registrando picos de 13,6 km/litro e com uma média de 12,52 km/litro. 

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Consumo menor, com trânsito moderado, se aproxima das médias divulgadas nas especificações da montadora. (Karine Nobre)

A necessidade menor de se usar marchas mais fortes para segurar o carro foi uma das principais vantagens que fez com que ele economizasse mais nesse trânsito, apesar de moderado.

Por outro lado, nos momentos em que o trânsito ficou mais intenso, principalmente no percurso de volta, o Fiat Argo registrou médias mais baixas de 8 km/litro, mas ficou em uma média de 8,64 km/litro.

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Menor média de consumo foi registrada durante horário de pico do trânsito. (Karine Nobre)

Apesar de ser uma média baixa, aproximando-se de alguns carros considerados “beberrões”, esses valores estão dentro do esperado, considerando um trajeto com trânsito de veículos mais intenso, ou seja, com muitas paradas e predominância da primeira e segunda marcha, em velocidade inferior a 20 km/h.

A nossa avaliação é que o Fiat Argo Drive faz jus ao investimento por ser um modelo que se valorizou acima da média dentro da categoria de automóveis com motor 1.0. E também mostra que é econômico, mesmo dentro das baixas médias em um trânsito muito intenso, afinal, entre os carros que mais consomem, alguns deles chegam a uma média de 9km/litro. Já em condições mais tranquilas de trânsito, o carro realmente se aproxima da média avaliada pelo Inmetro.

PESQUISA DE VALORIZAÇÃO

A intenção do test-drive foi avaliar, com base nos dados da pesquisa de valorização da Mobiauto, se o quesito consumo também é atrativo para o modelo 1.0 que mais valorizou dentro dessa categoria no ano passado (veja a tabela abaixo):

Em 2021, os modelos equipados com motores 1.0 não acompanharam a evolução de preços dos demais segmentos, de acordo com a Mobiauto. Na média geral, as 20 versões apuradas na base de dados da empresa tiveram valorização de 14,05%. No mercado nacional de carros seminovos, a média foi de 23,5% de valorização.

O levantamento foi apoiado em anúncios na plataforma da startup no decorrer do ano, para verificar o comportamento de preços dos modelos 1.0 do país. Foram considerados veículos cotados em janeiro e dezembro de 2021, extraindo-se a variação de preços, sempre com veículos “modelo 2021”, isto é, seminovos.

Para o consultor automotivo e CEO da Mobiauto, Sant Clair Castro Jr., um dos motivos dessa valorização abaixo da média está no desinteresse do consumidor por carros populares, já que o segmento representa cerca de 20% das vendas de modelos zero km atualmente, ou a metade dos SUVs, por exemplo.

“O segmento incorpora hoje modelos muito sofisticados, com motores de 1 litro turboalimentados, como o VW Polo. Esse fenômeno os aproxima da mesma faixa de preços dos SUVs. E é uma covardia disputar vendas com esses utilitários”, avalia.

Por outro lado, o Fiat Argo está longe de ser um carro popular, principalmente quando se leva em conta que a versão testada por Motor,  Drive com o pacote S-Design, que é intermediária, custa a partir de R$ 82.490. O mais próximo de um carro popular da Fiat seria o Mobi, que já é considerado pelo mercado um carro de entrada, uma vez que a versão básica sai por R$ 65.690, bem longe do valor esperado para um carro popular.

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