Um vídeo feito pelo piloto de testes Cesar Urnhani sobre o uso do álcool em gel em carros viralizou nas redes sociais. Desde que o coronavírus avançou no Brasil, muitos motoristas utilizam a substância para higienizar bancos, volante e portas do veículo. No vídeo, o piloto, que participa do programa Autoesporte, da TV Globo, mostra que bafômetros descartáveis do tipo "bolsa de ar" apontariam que o motorista está alcoolizado, mesmo sem consumir bebida alcoólica, apenas por usar o álcool em gel no veículo.
A Gazeta procurou a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal para explicar se os motoristas correm risco de serem punidos com a utilização do álcool em gel nos carros. A PRF afirmou que usa aparelhos aferidos pelo Inmetro e não utiliza os bafômetros descartáveis.
Garantiu ainda que o uso do álcool em gel para limpar as mãos ou limpar partes do carro não será detectado durante a fiscalização como se o motorista estivesse embriagado.
A Polícia Rodoviária Federal explicou que utiliza dois tipos de equipamentos: os etilômetros passivos, usados para a triagem já que detectam o álcool presente no ambiente, e os etilômetros ativos, que comprovam o estado do condutor através do sopro. O bafômetro ativo é mais preciso e mede a quantidade de álcool presente no ar dentro dos pulmões.
A Polícia Militar explicou que o etilômetro convencional detecta somente a quantidade de álcool no sangue através do ar expelido pelos pulmões. Já o etilômetro passivo é um aparelho que capta a presença de álcool no ar, em que o motorista sopra o instrumento sem colocá-lo na boca. Caso o etilômetro passivo constate alguma alteração, o motorista é convidado a assoprar o bafômetro antes de ser autuado.
Na tarde desta quarta-feira (04), o especialista do Autoesporte apagou o vídeo que tinha postado no Instagram.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta