Facilidade de locomoção e mobilidade mais rápida são alguns dos fatores que chamam atenção na aquisição de um carro próprio. Entretanto, o valor das parcelas de um automóvel zero nem sempre cabe no orçamento. Uma alternativa segura e eficiente é investir nos modelos seminovos por um preço bem mais acessível. Mas atenção, esse processo de compra também exige muita atenção.
“O brasileiro troca de carro, em média, a cada cinco anos e uma das vantagens do carro seminovo é que os consumidores conseguem acessar um segmento superior de automóvel com o mesmo orçamento, ainda mais se considerarmos os valores praticados do zero quilômetro”, destaca o diretor de Customer Journey da Kavak Brasil, Guilherme Spinace.
Segundo Spinace, o carro seminovo tende a ser mais resiliente à desvalorização, especialmente quando consideramos que “todo carro zero quilômetro quando sai da concessionária já sofre uma perda grande, com uma depreciação de 20 a 25% em média”.
Mas antes de fechar qualquer negócio é preciso ficar atento a uma série de fatores, fazer uma pesquisa de campo e ainda entender as principais demandas para o seu veículo.
“Para quem vai comprar um automóvel é importante ter consciência de suas necessidades e aspirações na compra de um carro, avaliar a procedência, inspecionar se ele tem algum problema de estrutura, checar o valor do automóvel em relação ao mercado e estar atento aos serviços que a empresa oferece antes e depois da compra. Isso dá tranquilidade ao proprietário do veículo”, pontua o diretor.
De acordo com informações da OLX, empresa de comércio eletrônico, hoje, são mais de 800 veículos em diversas categorias disponíveis na plataforma.
“De forma geral, o preço do veículo é definido por marca, modelo, versão e ano. Numa segunda camada, se incorporam elementos como a quilometragem rodada, região e até cor do veículo. Por fim, temos uma terceira camada em que entram aspectos como: histórico de revisões e eventuais colisões e status de documentações e quitações”, avalia.
Já em relação às cores, as preferências variam conforme a época, regiões e mercados. Cores tradicionais, como branco, preto, prata e outros tons de cinza costumam ter ampla aceitação, pois são consideradas “neutras” e mais seguras para os consumidores.
Apesar disso, há demanda por cores mais vivas, como vermelho, azul e amarelo, que apesar de terem uma base de fãs mais específica, são menos populares em termos gerais.
Para o consultor automotivo Gabriel de Oliveira, o mais importante é ter paciência. Isso porque “quando se tem pressa o negócio pode acabar sendo mal feito e comprar um carro que não tem qualidade ou não se adequa às próprias necessidades”. Por isso, o especialista deu cinco dicas que considera fundamentais.
Antes de tudo é preciso avaliar as demandas pessoais e o perfil de cada um. Gabriel dá como exemplo uma pessoa que acabou de tirar a carteira e tem pretensão de dirigir apenas pela cidade. Nesse caso, ela precisa de um carro que seja mais econômico, com custo de manutenção acessível e que o seguro esteja dentro do orçamento.
Fazer uma pesquisa de preço entre diferentes fontes de venda é essencial. Em especial, porque apesar da tabela Fipe ser um fator determinante no valor do veículo, alguns modelos podem estar sendo vendidos em um valor abaixo da tabela.
Todo mundo conhece alguém que se diz especialista em carro, mas para Gabriel de Oliveira, dar ouvidos a conhecidos pode ser algo perigoso, porque as opiniões dos outros podem acabar não sendo as suas mesmas prioridades para a compra do veículo. Por isso, é importante consultar um especialista para te ajudar a entender suas particularidades.
Antes de fechar negócio também é importante fazer uma vistoria completa do carro e levá-lo a um mecânico de confiança.
Ah, e não esqueça do histórico de revisões. De acordo com Gabriel de Oliveira, a pessoa que está vendendo o automóvel precisa apresentar isso. A revisão, aliás, deve ser feita a cada 10 mil quilômetros rodados ou anualmente.
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