Com R$ 69.990 é possível comprar o Citroën C3 Live Plus, atualmente o carro zero km mais barato do Brasil. A moto mais barata, a Shineray Worker 125, pode ser adquirida por R$ 8.490. Apesar de serem muito diferentes, o preço alto dos carros populares pode ser um dos fatores que explicam o aumento na venda das motocicletas.
No primeiro semestre foram licenciadas 933.158 motos, um crescimento de 19,6% em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com os dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Esse foi o melhor desempenho registrado para o setor em 17 anos.
E quem detém a maior parcela de motocicletas vendidas é a Moto Honda. De janeiro a junho, mais de 660 mil unidades foram emplacadas, totalizando mais de 70% das motos vendidas no Brasil. Este número representa um crescimento de 19% em relação ao mesmo período do ano passado para a marca, com o melhor resultado para um 1° semestre desde 2012.
As três categorias do mercado mais emplacadas foram a Street (48,5%), Trail (18%) e Motoneta (17,7%), segundo a Associação. Na análise isolada de junho, os emplacamentos totalizaram 165.877 unidades, volume 18,2% superior ao do mesmo mês do ano passado e 0,8% maior em relação a maio. Esse resultado também é o melhor desde 2008.
As posições no ranking mensal foram mantidas: Street, com 49% de participação no mercado, seguido pela Trail (com 18,6%) e Motoneta (com 16,5%). Com 20 dias úteis, a média diária de vendas foi de 8.294 unidades.
Os modelos de baixa cilindrada lideraram o ranking de emplacamentos, com 80% do mercado. Em segundo lugar, ficaram as motocicletas de média cilindrada, com 16,8% de participação, seguidas pelas de alta cilindrada, com 3,2%.
Já a produção atingiu o melhor resultado para o primeiro semestre em 13 anos, com mais de 868 mil unidades que saíram das linhas de montagem do Polo Industrial de Manaus no primeiro semestre. Este número representa uma alta de 13,5% em comparação com o mesmo período de 2023, de acordo com a Abraciclo. Esse foi o melhor desempenho para os seis primeiros meses do ano desde 2012.
Em junho, foram produzidas 106.273 motocicletas. O volume é 11,5% superior ao do mesmo mês de 2023 e 33,8% inferior ao registrado em maio. A retração já era esperada devido às férias coletivas das associadas anteriormente programadas.
É nesse contexto que a terceira maior fabricante de motocicletas do mundo, a Bajaj, escolheu o Brasil para sediar sua primeira fábrica fora da Índia. A marca quer produzir, inicialmente, 1.500 motocicletas por mês a partir de julho, totalizando cerca de 9 mil unidades em 2024.
Em relação à exportação, no acumulado do ano, as associadas da Abraciclo exportaram 15.706 unidades, uma retração de 23,5% na comparação com o mesmo período de 2023.
Em junho, foram embarcadas 2.203 motocicletas, volume 38,4% inferior na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a maio, foi registrado crescimento de 49,3%.
Com o crescente número na produção e emplacamento de motocicletas, com preços mais acessíveis e muito discrepantes em relação aos carros de entrada, fica a seguinte sensação: seria a moto o novo carro popular?
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