> >
Versão Attack 4x4 valoriza aspectos aventureiros da Nissan Frontier

Versão Attack 4x4 valoriza aspectos aventureiros da Nissan Frontier

Para dar uma aparência mais ousada à linha, a configuração Attack traz uma série de pinturas e adesivos na parte externa do veículo

Publicado em 17 de fevereiro de 2021 às 11:00- Atualizado há 4 anos

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
A Attack é movida pelo mesmo motor 2.3 de quatro cilindros e 16 válvulas em sua configuração biturbo adotada nas versões XE 4x4 e LE 4x4
A Attack é movida pelo mesmo motor 2.3 de quatro cilindros e 16 válvulas em sua configuração biturbo adotada nas versões XE 4x4 e LE 4x4. (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

A Frontier desembarcou em 1998, importada do Japão, e em 2002 tornou-se o primeiro Nissan “made in Brazil”, montada na unidade industrial da Renault em São José dos Pinhais, no Paraná. Com o encerramento da produção nacional, em 2016, a décima segunda geração da picape média chegou ao Brasil em março de 2017, trazida inicialmente do México. Desde o final de 2018, passou a vir da Argentina, da fábrica de Córdoba – na qual também é produzida a picape Renault Alaskan, que partilha a mesma plataforma. A mudança da origem industrial para o país vizinho ampliou a interação com a Nissan do Brasil, permitindo atender às demandas específicas dos consumidores brasileiros. Uma delas abriu a possibilidade da volta da versão Attack, que fez parte da gama em 2006 e em 2012. Bem ao gosto do público local, a atual Attack foi apresentada em 2019 e ostenta adereços que dão um ar mais radical à picape.

A carroceria da Frontier argentina preserva o visual do modelo mexicano. Com seus 5,26 metros de comprimento, 1,82 metro de altura e 1,85 metro de largura, ostenta um estilo musculoso e equilibrado. A caçamba tem 1,52 metro de comprimento por 1,56 metro de largura e 47,3 centímetros de altura – e suporta 1.040 quilos de carga. A grade com o desenho que a Nissan chama de “V Motion” e os faróis em formato de bumerangue explicitam a identidade com a família atual de modelos da marca. Para dar uma aparência mais ousada à linha, a configuração Attack traz uma série de pinturas e adesivações com a marca “Attack” e “4x4”, faróis com máscara negra, estribo lateral “dark chrome” e rack de teto na cor preta. Mas o diferencial estético mais chamativo da versão é a grande área adesivada preta que reveste o centro do capô e reforça o estilo esportivo do conjunto.

Por dentro, a Attack traz o sistema multimídia A-IVI com tela de 8 polegadas, incluindo os aplicativos Android Auto e Apple CarPlay, assistência de voz e atualizações de software e do GPS via Wi-Fi (Over The Air), permitindo ainda a conexão simultânea de equipamentos e telefones celulares. Inédito no segmento, o aplicativo “Door-To-Door Navigation”, disponível sem custos na Play Store e no iTunes, ajuda a localizar o veículo em grandes estacionamentos. Também são de série na versão o acabamento em couro do volante multifuncional e das alavancas de câmbio e de freio de estacionamento, saídas de ar-condicionado para o banco traseiro, seleção de tração por botão rotativo, controle automático de descida, controles de tração e estabilidade e sistema de auxílio de partida em rampa

 A grade com o desenho que a Nissan chama de “V Motion” e os faróis em formato de bumerangue explicitam a identidade com a família atual de modelos da marca
A grade com o desenho que a Nissan chama de “V Motion” e os faróis em formato de bumerangue explicitam a identidade com a família atual de modelos da marca. (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

A Attack é movida pelo mesmo motor 2.3 de quatro cilindros e 16 válvulas em sua configuração biturbo adotada nas versões XE 4x4 e LE 4x4. Com 190 cavalos a 3.750 rpm e 45,9 kgfm a 2.500 rpm, trabalha acoplado ao câmbio automático de 7 marchas com função manual sequencial. Levou uma nota “C” na avaliação do Inmetro, que registrou um consumo de 9,2 km/l na cidade e de 10,5 km/l na estrada. A Attack custa R$ 199 mil e é a versão mais barata da Frontier com câmbio manual – abaixo dela, há apenas a S, com motor 2.3 com somente um turbocompressor e 160 cavalos, associado a um câmbio manual de 6 marchas, por R$ 176 mil. Com o mesmo “powertrain” da Attack, existem as configurações XE – que incorpora itens como bancos com revestimento em couro sintético e faróis diurnos em leds, por R$ 215 mil – e a “top” LE, com seis airbags, sistemas de visão 360 graus para manobras de estacionamento, teto solar, rodas aro 18 e ignição por botão, por R$ 238.400.

No ano passado, a linha Frontier vendeu 8.079 unidades, que posicionaram o modelo da Nissan na sexta e última posição do ranking nacional de picapes médias, superada pela líder Toyota Hilux (32.395 emplacamentos), a Chevrolet S10 (26.642), a Ford Ranger (19.836), a Volkswagen Amarok (10.621) e a Mitsubishi L200 Triton (9.491). A Nissan não revela o mix de vendas de sua picape, porém informações das concessionárias dão conta de que, embora existam configurações mais equipadas, a vistosa Attack é a mais atraente da linha.

EXPERIÊNCIA A BORDO

No acabamento da Frontier Attack, os plásticos duros predominam. O volante é revestido em couro sintético e incorpora piloto automático e comandos de mídia, telefonia e computador de bordo, mas tem apenas ajuste de altura, não de profundidade. As alavancas de câmbio e de freio de estacionamento também são em couro sintético.

O cluster conta com tela TFT do computador de bordo, que vem com histórico de consumo, velocímetro, bússola e temperatura externa. Há uma generosa quantidade de porta-objetos, todos bem funcionais. Os bancos dianteiros são bastante confortáveis. Os da traseira permitem viajar com espaço de sobra e contam com difusores do ar-condicionado.

A Attack traz o sistema multimídia A-IVI com tela de 8 polegadas, incluindo os aplicativos Android Auto e Apple CarPlay
A Attack traz o sistema multimídia A-IVI com tela de 8 polegadas, incluindo os aplicativos Android Auto e Apple CarPlay. (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

IMPRESSÕES AO DIRIGIR

Com 190 cavalos a 3.750 rpm e 45,9 kgfm a 2.500 rpm, o motor biturbodiesel 2.3 forma uma bela dupla com o câmbio automático de 7 marchas com função manual sequencial. A transmissão gerencia bem as mudanças e proporciona ao conjunto um funcionamento suave e performances consistentes. A atuação é tão eficiente que torna dispensável explorar as mudanças manuais, disponíveis na alavanca do câmbio. Apesar de ter quase duas toneladas, o conjunto mecânico impulsiona a Frontier com desenvoltura e confere ao veículo uma “leveza” surpreendente. A direção é hidráulica e não é tão leve em manobras para quem está acostumado com as eletricamente assistidas, mas é bastante direta e transmite uma agradável sensação de segurança em altas velocidades.

A suspensão dianteira tem ajuste mais macio e focado no conforto, enquanto o sistema multilink com molas helicoidais na traseira trabalha em conjunto com um eixo rígido e se encarrega de oferecer um bom equilíbrio dinâmico, tanto com o veículo vazio quanto com a caçamba carregada. Ao optar pelo multilink, a Nissan tentou oferecer um balanço entre o conforto no passeio e a alta estabilidade, sem abrir mão das capacidades no off-road e no transporte de cargas. E foi bem-sucedida. As saídas de traseira, tradicionais em picapes que rodam sem carga, são raras e, quando ocorrem, são discretas e facilmente controláveis.

 No ano passado, a linha Frontier vendeu 8.079 unidades, que posicionaram o modelo da Nissan na sexta e última posição do ranking nacional de picapes médias
No ano passado, a linha Frontier vendeu 8.079 unidades, que posicionaram o modelo da Nissan na sexta e última posição do ranking nacional de picapes médias. (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

Para quem gosta de off-road, a Frontier Attack oferece tração 4x4 com reduzida e bloqueio do diferencial traseiro. O sistema Shift On The Fly permite acionar as opções de tração integral e reduzida girando um comando no painel. Seja sobre barro, buracos ou pedras, a estabilidade em trechos fora-de-estrada impressiona, com o conjunto passando uma percepção de confiabilidade e cumprindo a função de filtrar grande parte das irregularidades. O Controle Inteligente de Descida (HDC) e o Sistema Inteligente de Partida em Rampa (HSA) atuam automaticamente nos freios do veículo para controlar o carro sem sustos em descidas íngremes e saídas da imobilidade em aclives. A boa altura em relação ao solo e os ângulos de entrada (30,6 graus) e de saída (27,7 graus) possibilitam encarar trechos mais íngremes.

FICHA TÉCNICA

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais