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Volkswagen recorre ao BNDES para modernizar fábricas e obtém empréstimo de R$ 304 milhões

Volkswagen recorre ao BNDES para modernizar fábricas e obtém empréstimo de R$ 304 milhões

Segundo a montadora, o valor será direcionado para digitalização, conectividade, automação e integração com inteligência artificial; as quatro plantas da empresa serão beneficiadas

Publicado em 30 de setembro de 2024 às 13:37- Atualizado há 2 meses

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Fábrica da Volkswagen
A atualização ocorre em meio ao maior ciclo de investimentos da Volkswagen no Brasil: R$ 16 bilhões até 2028, com o lançamento de 16 veículos. (Volkswagen/Divulgação)

A Volkswagen do Brasil obteve uma linha de crédito ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para modernizar suas fábricas no Brasil. O empréstimo de R$ 304 milhões será concedido por meio do programa BNDES Mais Inovação.

Segundo a montadora, o valor será direcionado para digitalização, conectividade, automação e integração com inteligência artificial. As quatro plantas da empresa serão beneficiadas. Três ficam no estado de São Paulo (São Bernardo do Campo, Taubaté e São Carlos), e uma está no Paraná (São José dos Pinhais).

As unidades receberão simuladores para desenvolvimento de projetos e impressoras 3D para confecção de peças utilizadas em protótipos, entre outras soluções tecnológicas.

A atualização ocorre em meio ao maior ciclo de investimentos da Volkswagen no Brasil. No total, serão R$ 16 bilhões entre 2022 e 2028, com o lançamento de 16 veículos. Os destaques são os modelos híbridos flex: as principais novidades serão uma picape cabine dupla e um SUV compacto posicionado abaixo do T-Cross.

Enquanto há aportes no país, a matriz está em crise, com possibilidade de fechamento de fábricas. Há duas semanas, a empresa anunciou o fim da garantia de empregos na Alemanha, o que tem gerado protestos de sindicatos. O problema está relacionado aos investimentos feitos na eletrificação de seus carros, que ocorreram ao mesmo tempo em que a montadora perdia participação de mercado na China, onde foi líder por décadas.

No primeiro semestre deste ano, a montadora alemã teve 1,27 milhão de unidades comercializadas no mercado chinês, ficando atrás da BYD (1,61 milhão) e sendo ameaçada pela Chery (1,06 milhão). Os dados são da CAAM (associação chinesa das montadoras).

A mudança no cenário foi rápida, e o grupo VW demorou a enxergar os sinais que vinham da Ásia. Os números pareciam promissores logo após a pandemia de Covid-19, com receita líquida de 279 bilhões de euros (R$ 1,7 trilhão) registrada em 2022 -um crescimento de 12% em relação a 2021. O lucro operacional atingiu 22,5 bilhões de euros (R$ 136,8 bilhões) naquela época.

Em março de 2023, a fabricante anunciou um investimento global de 180 bilhões de euros (R$ 1,09 trilhão) que seria aplicado até 2027, com foco na China e nos Estados Unidos. O Brasil não foi mencionado na época, mas se tornou parte importante na estratégia de recuperação da empresa.

Enquanto bilhões de euros foram aplicados em carros eletrificados que não têm feito muito sucesso mundo afora, a empresa vem registrando bons números no mercado nacional.

De acordo com dados da Anfavea (associação das montadoras) e da Fenabrave (federação que reúne os revendedores), a Volkswagen comercializou 241,5 mil carros de passeio e comerciais leves no Brasil entre janeiro e agosto, um crescimento de 15,5% em comparação ao mesmo período de 2023.

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