O nome “Ténéré” vem da linguagem tuaregue que significa “deserto”. A palavra é usada para se referir à região desértica no centro-sul do Deserto do Saara, no norte da África. Mas o termo adquiriu outro significado para o mundo das duas rodas no Rali Paris-Dakar de 1979, quando o francês Cyril Neveu conquistou a primeira edição da competição off-road mais famosa do planeta, em cima de uma Yamaha XT500. O sucesso nas pistas ajudou a conquistar vários mercados.
A Ténéré XT 600Z foi lançada no Brasil em 1988, onde permaneceu sendo produzida até 1993, ao lado da XTZ 750 Super Ténéré, importada do Japão. Retirada do catálogo da Yamaha no Brasil em 2018, a Ténéré voltará ao país e a pré-venda se iniciará dentro do primeiro trimestre de 2025.
A big trail volta ao Brasil com uma proposta de oferecer resistência e conforto para o uso no dia a dia, agilidade e potência para os desafios nas trilhas e praticidade e confiabilidade para quem busca uma parceira para grandes aventuras. A Ténéré 700 terá duas opções de cores disponível: azul metálico (Icon Blue) e cinza fosco (Tech Kamo).
Construído em aço tubular e com berço duplo, o chassi utilizado na Ténéré 700 se destaca pela resistência, pelo baixo peso e pelas dimensões compactas – 2,37 metros de comprimento, 1,45 metro de altura, 90 centímetros de largura, 1,59 metro de entre-eixos, distância mínima em relação ao solo de 24 centímetros e peso em ordem de marcha de 205 quilos. O design faz o modelo parecer maior do que é.
O conjunto formado pela carenagem, pelo tanque e pelos faróis se destaca também pela funcionalidade. A carenagem superior, assim como os protetores de mão, alivia os efeitos do vento e das intempéries.
Já o guidão de alumínio do tipo Fat Bar, além de oferecer maior resistência à quebras e empenamentos, tem o posicionamento elevado para privilegiar a condução mais relaxada, facilitando a pilotagem em pé, comum no Enduro. O projeto do cockpit prevê ainda a acomodação de dispositivos de navegação adicionais, como GPS ou “road book” de rali.
O painel da Ténéré conta com display de TFT colorido de 5 polegadas, com duas opções de temas para visualização das informações, sendo um com design moderno e dinâmico e outro com uma aparência mais tradicional, que lembra a da era analógica.
Em ambas opções são mostrados o velocímetro, o indicador de marchas, o nível de combustível, o odômetro total e dois parciais, a autonomia estimada, o consumo médio e instantâneo de combustível e os medidores de percurso com contagem regressiva.
O conjunto frontal de iluminação, com o farol múltiplo de quatro projetores de leds com luz de posição, é mais um elemento que evoca o visual das motos de rali. Assim como a lanterna, os piscas são em leds.
A ergonomia reforça o conceito de que a estética é também funcional. Segundo a Yamaha, a triangulação entre os pontos de apoio, composto por guidão, assento e pedaleiras, permitem um posicionamento mais relaxado, reduzindo o cansaço na pilotagem por longos períodos, como em viagens.
O banco é plano, facilitando a movimentação do corpo, seja sentado ou em pé – fundamental nas trilhas. A altura do assento em relação ao solo é de 87,5 centímetros.
O tanque de combustível é estreito, proporcionando melhor encaixe e aderência aos joelhos, promovendo um controle mais preciso em todos os tipos de terreno, seja na condução sentado ou em pé. A capacidade de 16 litros permite uma autonomia potencial de mais de 350 quilômetros.
Batizado pela Yamaha como CP-2, o motor da Ténéré 700 tem tecnologia Crossplane, a mesma utilizada na M1 que disputa a MotoGP, pensada para melhorar o torque e entrega de potência.
É um bicilíndrico em linha de quatro tempos com capacidade de 689 cc, do tipo DOHC (Dual Over Head Camshaft). Seu arrefecimento é a líquido e sua alimentação é feita por sistema de injeção eletrônica. Ele é capaz de desenvolver a potência de 73,4 cavalos a 9 mil rpm, com torque de 6,9 kgfm a 6.500 rpm.
O câmbio, com 6 marchas, tem relações de transmissão projetadas para extrair o melhor do torque em baixa e média velocidades. A transmissão secundária, por corrente, é formada por coroa e pinhão com 46 e 15 dentes, respectivamente.
Toda big trail que se preze necessita de suspensões eficientes e robustas. Na dianteira, a Ténéré 700 é equipada com amortecedores do tipo Up Side Down, com largos tubos de 43 milímetros de diâmetro. Eles são mais resistentes à torção, o que consequentemente garante maior controle na pilotagem, sobretudo no Enduro.
Conta com ajuste hidráulico de retorno e compressão com curso de 210 milímetros. Na traseira, a suspensão é do tipo mono-amortecida, com balança com links. Seu funcionamento é suave, proporcionando uma pilotagem confortável e estável, seja em estradas de terra ou rodovias, pilotando sozinho ou carregando o carona e as bagagens.
Com 200 milímetros de curso da roda, conta com um sistema de ajuste rápido da pré-carga da mola sem necessidade de ferramentas. Tem ainda ajuste da compressão e do retorno hidráulico da suspensão.
A Ténéré 700 é equipada com roda dianteira de 21 polegadas e traseira de 18 polegadas, ambas do tipo raiada com aros reforçados em alumínio da marca japonesa DID. Os pneus Pirelli Scorpion Rally têm medidas são 90/90 - 21 M/C 54V na dianteira e 150/70 R 18 M/C 70V na traseira.
Para ajudar a motocicleta a frear com eficiência e em espaços curtos, o sistema de freios é composto na dianteira por dois discos flutuantes e ventilados do tipo Wave, com diâmetro de 282 milímetros e pinças de duplo pistão da marca Brembo. Na traseira, o sistema conta com um disco do tipo Wave com diâmetro de 245 milímetros e pinça de um pistão.
A Ténéré 700 conta com ABS comutável em três modos. No modo 1, o ABS funciona em ambas as rodas - uma exigência legal em estradas públicas. No modo 2, o ABS é desligado na frente, permanecendo ativo atrás, para maior controle em trilhas ou em pedras soltas. No modo 3, o ABS é totalmente desligado, para deixar o controle da moto totalmente na mão do piloto.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta