Na contramão de outras lideranças mundiais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) manteve o silêncio sobre a vitória de Joe Biden, declarado presidente eleito dos EUA.
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e do México, Andrés Manuel Lopez Obrador, e o dirigente da China, Xi Jinping, também não parabenizaram Biden, mas ao menos apresentaram suas justificativas.
Nesta segunda-feira (8), o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, falou em nome de Putin e disse que o presidente russo está pronto para trabalhar com qualquer líder dos EUA, mas optou pela cautela antes de parabenizar Biden.
"O presidente Putin disse repetidamente que mostrará respeito por qualquer escolha que o povo americano fizer", disse Peskov. "Vocês podem ver que existem certos procedimentos legais que foram anunciados pelo atual presidente [Donald Trump]. É por isso que as situações são diferentes e, portanto, achamos apropriado esperar por um anúncio oficial."
AMLO, do México, apresentou argumento semelhante. Disse que não pode reconhecer Biden como presidente eleito até que todos os processos judiciais que questionam a apuração da eleição nos EUA sejam terminados.
O mexicano chamou sua postura de "politicamente prudente" e disse ter boas relações tanto com Trump quanto com Biden.
A China, que vive uma espécie de guerra fria 2.0 com os EUA de Trump, também escolheu esperar.
"Percebemos que Biden declarou vitória eleitoral", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, em uma entrevista coletiva nesta segunda. "Entendemos que o resultado da eleição presidencial dos EUA será determinado de acordo com as leis e procedimentos dos EUA."
Das quatro lideranças, apenas a brasileira não disse o que pensa sobre os resultados que indicam que Biden será o novo ocupante da Casa Branca. Bolsonaro, entretanto, deixou claro que sua torcida sempre foi para Trump.
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